Epílogo: DESFECHO DEJESADO

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Estamos prestes a entrar para as férias de verão. Vários estudantes já começaram a planejar as suas férias e discutem isso com os seus amigos.

Claro, ainda estamos a nos preparar para o festival que começará logo após o início das férias, mas ainda teremos o resto do mês para aproveitar tudo, então os estudantes não estão insatisfeitos com o rumo das coisas.

Seria diferente se a escola realizasse uma atividade que ocupasse uma grande parte dos dias de férias, mas perder pouco menos de uma semana não parece ser um problema para os alunos.

As outras turmas também têm feito os próprios preparativos, e os representantes têm trocado informações nas suas reuniões, afim de encontrar a melhor forma de tirar bons resultados no festival.

Segundo o Kaoru, não há problemas quanto a mistura de classes no festival e está a ser fácil distribuir tarefas para cada representante.

Falando do Kaoru, ele parece querer falar comigo hoje. Nem sequer imagino o que ele quer dizer.

Mas ele me chamou gentilmente como sempre, talvez seja algo relacionado ao festival. Afinal eu também terei de dar o meu melhor na minha competição, ainda que pareça simples.

Então é normal que o Kaoru, que é alguém que sempre busca os melhores resultados, me dê alguns conselhos sobre isso. Mas esse é apenas o meu julgamento.

Só o Kaoru sabe do que quer falar.

Quanto a mim, bem, eu tomei algumas decisões.

Não há real motivo para agir como se tivesse muitos planos para traçar. Afinal eu só preciso continuar a viver como sempre vivi e aproveitar o que vier pelo caminho.

Eu instruí a Rinna a não entrar em contato comigo sem que eu peça.

Seria mau se os nossos colegas a vissem comigo descuidadamente. Para evitar qualquer tipo de evento futuro, ela não gravou o meu número e eliminou as mensagens que trocamos.

Até mesmo um olhar pode ser suficiente para gente perspicaz nutrir coisas que a princípio não existiam na sua cabeça.

A nossa relação vai continuar a mesma aos olhos de quem quer que seja. A própria Rinna entende a essência disso, então ambos estamos bem com isso.

Um tempo depois as pessoas que se reuniram para conversar com Kaoru se dissiparam e ele ficou livre. Os nossos olhares se encontraram por um momento, mas no mesmo instante ele se virou e saiu da sala.

Eu segui o exemplo e calmamente o segui. Mesmo que algum aluno tenha prestado atenção em mim, o que eu acho pouco provável, ainda é normal um aluno da nossa turma falar com o seu representante.

Eu me encontrei com Kaoru no corredor e ambos combinamos o passo para andar um ao lado do outro.

"Olá."

Ele me saudou com um ânimo leve, como sempre.

"Olá."

"Se eu estiver a te atrapalhar podemos falar outra hora."

"Infelizmente eu não tenho nada marcado, então essa hora é igual a qualquer outra."

"Entendo. Que tal termos uma conversa casual?"

"Casual?"

Ele quer dizer que não há um real motivo para me chamar aqui?

Eu não me incomodo em conversar, mas talvez essa seja uma hora não muito conveniente para ele, não?

"Você não tem uma reunião daqui a pouco?"

"Ah, ainda tenho tempo. E é apenas uma reunião para limar algumas arestas sobre o festival. Tudo o que importa já foi resolvido."

DESTINO (Volume 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora