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— Acorda. 

Meus olhos se abrem com um balde de água fria, literalmente.

Jake está com um pote na mão, onde recentemente havia água, água que agora se encontra em mim e minhas cobertas.

— Você está maluco! — levanto tirando o pote dele o o arremessando na sua cabeça.

—Aí, qual foi — ele responde gritando passando a mão no cabelo.

—Nem doeu, para de ser frouxo seu panaca

— Eu juro por Deus que eu vou te—

—Panquecas na cozinha, parem de brigar ou vou amarrar os dois juntos. — Alec nos interrompe, pondo apenas a cabeça para dentro do quarto.

Jake segue Alec para a cozinha sem mais um pio, e eu estou possessa.

Respiro fundo mordendo minha língua, encontrando a calma que segundo meu colega de trabalho adepto ao budismo, sempre está comigo.

Eu teria que trocar de roupa para trabalhar, mas Jake acabou de fazer essa tarefa se tornar um saco.

Tiro as roupas molhadas e me seco logo em seguida vestindo leggin e moletom, não é minha opção favorita, mas como ele disse, eu vou trabalhar.

Nenhum trabalho na academia é realmente difícil, apenas tomam tempo. O lugar e predominantemente frequentado por homens, meus irmãos associam isso pela academia estar em um lugar ruim da cidade e é difícil mulheres irem lá sozinha. Eu acho que é porque elas já sabem o quão desorganizado aquilo pode ser.

A capacidade dos homens de fazerem bagunça e sujeira é algo que está além da minha compreensão. Uma vez, cheguei a por os pesos no lugar treze vezes, em um dia só.

Chego a cozinha e sento na cadeira lentamente enquanto encaro Jake, ele me encara de volta enquanto Alec deixa as panquecas em um refratário em cima da mesa ao lado do mel e da calda de chocolate.

— Você é uma praga — digo pegando uma panqueca.

— E você é ruim e matemática — pegando no meu ponto fraco, baixo Jake muito baixo.

— Pelo menos minha namorada não me deixou por um cara que gosta de Cinquenta Tons de Cinza e depois disse que eu transava mal—

— OLHA AQUI—

— CHEGA! 

Alec está sentado na ponta da mesa, intercalando o olhar entre nós, coloco o resto da panqueca na minha boca e pego uma nova, pegando a calda de chocolate e derramando por cima. Só percebo que tenho dois panacas e meu pai que agora apareceu ao lado de um deles depois que já estou com metade da panqueca na boca.

— O que foi perdeu o c—

— Olha a boca — meu pai diz enquanto puxa a cadeira.

Assumindo que Alec fez meu café da manhã favorito, acho que estamos bem um com o outro. Não o vi depois de tudo na noite passada.

Acho que a única parte ruim de estar em casa, é a comida. Não gosto de reclamar, mas meus irmãos tem uma comorbidade hereditária que passa de pai para filho, eles são saudáveis fitness.

Meu pai não é tão forte com isso agora, mas meus irmãos tem um ataque se açúcar passar pela porta da frente. Perdi a conta das vezes em que tentei explicar a qualquer um dos panacas que se eu tomar um copo de refrigerante eu não vou morrer, mas é como dizem, É difícil ganhar uma discussão com uma pessoa inteligente, mas é impossível mudar a ideia de uma pessoa estúpida

Tablado | hesOnde histórias criam vida. Descubra agora