Só mais uma historia de herói

E foi o que passou

Respirei fundo e me acalmei, não importava para onde eu olhasse o acidente que matou Gabriel Agreste e devastou o centro da cidade é a noticia do momento.

Eu estava agora sentada em uma das cadeiras da cozinha de frente para Eda, Raine e King, que largou a escola assim que soube do incidente e ficou preocupado comigo.

- Luz conte tudo do inicio - foi o que Eda disse.

Eu respirei fundo.

'O inicio não é aqui, não é em algumas semanas atrás e nem no dia da picada de aranha, não'.

'Isso começou muito antes de mim'.

'Muito antes do vazamento'.

. . .

Lá pelos anos 1600 os colonos começaram as infames "caça as bruxas", mas algumas dessas bruxas sobreviveram e uma dessas deu origem ao clã Clawthorne, minha família por séculos tiveram que viver, isolados e se mantendo seus poderes escondidos. Esse era o triste destino de todas as criaturas místicas, sobrenaturais e diferentes antes do vazamento, para evitar a morte eles se escondiam.

Até 40 anos atrás, em uma base secreta nos Estados Unidos onde eram mantidos tudo tipo de "ameaça", como as próprias bruxas, aliens, dragões, entre outros e nesse dia eles se rebelaram e ataram com tudo a base causando uma enorme explosão e um vazamento de gás.

Depois desse dia mutações começaram a aparecer, e com o tempo as criaturas e seres não aceitas encontram seu lugar e deram um jeito de viver na sociedade isso inclui minha família.

Mas toda a população nasceu com a mutação isso incluía meus pais, ambos sem mutação meu pai era um bombeiro minha mãe enfermeira e ambos morreram bem na minha frente.

Minha família se afastou da casa Clawthorne por sermos "normais", minha mãe queria que eu crescesse sem como uma garota normal, mas minhas tias e vó sempre nos visitavam e me contavam sobre o lado oculto da família, o que me fez desde pequena desejar manifestar logo minha mutação, principalmente por casa das historias incríveis da tia Eda eu queria ser assim, mas...

- O q-que?? - perguntei sem consegui realmente crer no que ouvi.

- Você não tem nenhum traço se quer de anomalia - disse o medico com cautela. - Ou seja, sem mutação, sem aptidão a magia ou ao oculto - ele respirou e disse: - Você é normal, ainda mais normal que seus pais um espécie raro hoje em dia

Meu sorriso vacilou por um momento e lagrimas começaram a rolar, eu não tinha nada de especial nenhuma chance de manifestar poder, mutação ou se quer aptidão para nada, eu tinha sete anos quando descobri que eu jamais poderia ser como os heróis que eu tanto idolatrava, jamais poderia ser como minha tia. Eu chorei e chorei, meus pais tentavam me consolar dizendo que seria melhor assim que isso me afastaria do perigo, mas eles mesmos estavam em perigo.

Nesse mesmo ano enquanto eles voltavam do trabalho eles foram brutalmente assassinados por um assassino conhecido como "Homem roxo", um serial killer que matava crianças, meus pais viram ele se aproximando de uma criança e tentaram ajudar e como resultado morreram. Meus pais mesmo tão normais quanto eu dedicaram suas vidas a salvar pessoas e foi ai que eu decidi custe o que for eu vou salvar a todos.

Quando fui morar com minha tia também ganhei um irmãozinho King que desde muito novo já manifestava seus poderes como um filho do demônio, e por mais carinhosa que Eda e toda a minha família fosse eu sempre me senti mal por não poder ser como elas por ser tão fraca, e esse sentimento ficou pior quando eu percebi que o dinheiro era um problema.

'Se não posso ser forte no mínimo eu serei rica pra ajudar minha família'. Um pensamento bobo de uma criança que me impulsionou a ser uma mercenária e a estudar muito.

'Se eu não nasci com talento eu iria conquistar meu lugar ao sol na base do ódio'. Era assim que minha mente funcionava há menos de três anos atrás. E então chegou aquele dia, ano passado uma excursão por um laboratório.

Eu não queria ir, mas cada ponto importava se quisesse uma boa media para entrar em uma boa faculdade, ajudar os outros era um sonho morto eu fazia o que podia, mas estava mais focada em mim, me esforçar ao máximo para orgulhar a tia Eda.

Mesmo sem querer eu fui a excursão, como fazia parte do jornal da escola aproveitei para tirar fotos e enquanto batia fotos uma aranha me mordeu, na hora eu só afastei o animal, mas chegando em casa eu comecei a me senti mal, muito mal corri pra cama e ardi em febre a noite toda, meu corpo inteiro ardia e eu alucinava. Mas já na manha seguinte eu estava bem, meu corpo muito mais malhado e corpulento do que antes, mas não o suficiente para ser visível se quando eu estivesse vestida. E minha miopia havia sumido.

A escola foi estranha era como se meus pensamentos estivessem em volume máximo, e meus sentidos também eu via, ouvia e sentia todos a minha volta eu corri para o banheiro e joguei uma água no rosto, tentando me acalmar e enquanto fazia isso Bosha tentou me acertar por trás, mas algo dentro de mim gritou perigo e eu desviei dela, de todos seus ataques e com um único soco a joguei longe. Eu fugi assustada para o mais longe que consegui e me analisando percebi algo nas minhas mãos, elas grudavam com receio eu subi uma parede.

E dei um grande sorriso à aranha era radioativa e eu agora tinha uma mutação, eu finalmente poderia ajudar as pessoas. Eu estava doida para contar a Eda, mas eu me lembrei de meus pais e tantas outras famílias sofreram porque um de seus membros era um herói eu queria ajudar a Eda não prejudicá-la. Então eu não contei. Não contei pra ninguém.

E juntando o útil ao agradável eu ajudava as pessoas e buscava uma maneira disso ser algo lucrativo para ajudar em casa e assim que eu vim mantendo tudo isso desde então.

- Spider-Witcher, é uma persona que eu criei pra saciar um sonho besta de infância ela nunca foi um herói eu não sou um herói, menti para todos e eu sinto muito e sinto mais ainda por ter falhado com tanta gente - disse cabisbaixa. - Durante esse tempo todo eu estive pensando em mim em fazer a minha vontade e esqueci que eu devia estar aqui pela cidade

'Eu sou uma idiota egoísta'

Me desculpei antes de começar a contar tudo para eles, desde da excursão até ontem...

O my boy voce sabe que a coisa tá feia quando tem dois caps seguidos extremamente serios sem nenhuma piadinha. Enfim achei importante separar esse tempinho para dar algumas explicaçoes que eu não dei no inicio da fic.

byee...