Amor, é ele.

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Steve Harrington

- Vamos nos atrasar, amor, anda logo! - Eddie gritava do quarto, enquanto eu me secava no banheiro.

- Espera um pouco, animadinho. Não é como se nossa futura criança fosse fugir do orfanato. - Digo, rindo, saindo do banheiro e indo na direção do quarto. Eddie estava colocando seu tênis.

- Para mim, é quase isso. - Eddie sorriu e se levantou da cama, já pronto.

- Anda logo, tá? Eu real não quero me atrasar, eu 'tô muito ansioso, estávamos esperando tanto por esse momento. - Meu companheiro da vida sorria alegremente, fazendo meu coração errar batidas.

- Certo, meu amor, prometo que não demorarei. - Dou um selinho nele, me afastando e indo escolher uma roupa.

Depois de pronto, fomos até o carro, onde dirigi até o orfanato.

- Sejam bem-vindos ao Orfanato Poente do Sol. - Apresentou, uma moça de idade.

- Obrigado, com licença. - Disse, entrando com Eddie na grande construção.

- Essa é irmã Lucy, ela vai apresentar as crianças para vocês. - Disse a moça.

- Bom, essas são as crianças.. Miguel, 2 anos. Pedro, 3 anos e meio. Mackenzie, 5 anos e pouquinho. Max, 6 anos. Jane, 5 anos. Mike, 6 anos. Lucas, 7 anos. Priscila, 10 anos. Will, 5 anos. Wendy, 8 anos. E, por fim, mas não menos importante, Dustin, 6 anos. - Disse Lucy, apontando para cada criança.

Quando chegou na última, senti meu coração errar uma batida, enquanto meus olhos brilharam. Parece até que esse é o escolhido; Fofo, semelhante a um anjo, uma criança maravilhosa, e olha que nem troquei uma palavra com o sujeito ainda.

- Eu vou fazer 7 semana que vem, irmã Lucy. - Corrigiu o tal do Dustin, sorrindo com seus dentes adoráveis à mostra. Olhei para Eddie, que olhava encantado para o menininho de cabelo encaracolado à nossa frente.

- Oh, certo, Dustin fará 7 anos em breve. - Sorriu a mulher.

- Eu serei oficialmente uma criança. Vai ser tão divertido completar 7 anos! É meu maior sonho desde que eu tinha..- Ele ergueu seus dedinhos, fingindo fazer contas. - 6 anos. - E por fim, sorriu de novo. Isso arrancou uma risada de mim e de Eddie, que não parava de admirar o garoto com o olhar.

- E do que você gosta, campeão? - Pergunto para ele.

- Hm, gosto de livros, comida, meus amigos, comida, brincar, gatinhos, mais comida.. E.. Metallica. - Disse o garotinho, me surpreendendo na última coisa.

- Amor, é ele. - Eddie disse sorrindo, ainda sem tirar os olhos da criança.

- É ele mesmo. - Sorri para o garotinho.

- Posso ficar com eles, irmã Lucy? Eles parecem ser papais legais. - Dustin disse, me fazendo sorrir de orelha a orelha.

- Claro que pode. - A mulher sorriu.

Dustin, então, nos surpreendeu, correndo em minha direção e pulando em meus braços.

- Oi garotão! Como você é esperto, sabe palavras bem difíceis para a sua idade. - Digo sorrindo, enquanto erguia ele para se sentar em meu ombro.

- Se são difíceis para a minha idade, por quê que eu sei, então? - Ele cruzou os braços, me fazendo rir alto.

- E ainda é atrevido! É nosso filho, amor, tem que ser. - Eddie disse, rindo.

- Você será muito amado e mimado, viu? Isso eu posso te garantir. - Disse para a criança, que me abraçou, logo depois indo para o colo de Eddie, que já estava doido para o pegar.

- Você é perfeito para nós, Dustin. Vai nos fazer muito feliz, eu posso sentir. - Eddie disse.

- Obrigado por me escolherem. - Ele sorri.

Mas e então, ele olhou triste para à sua frente, segui seu olhar e haviam mais 5 crianças, duas delas estavam quase chorando.

- Mas.. Ainda tem uma coisa. - A criança saiu do colo de Eddie.

- O quê, meu menino? - Eddie pergunta, preocupado.

Coloco a mão no ombro de Eds, que me encara e eu faço sinal para ele olhar pra frente.

- Me desculpem, mas não vou sem eles! Nós chegamos praticamente juntos no orfanato, somos muito amigos, não nos separamos por nada. E fizemos uma promessa de que se um dia, um de nós fosse, levasse os outros também. Eu não quero deixar meus amigos, papais. Eles foram os únicos que me protegeram do bullying que eu sofria aqui, eu não quero deixá-los, eles são meus irmãos. - A criança começou a tagarelar com os olhos lacrimejados, enquanto eu e Eddie nos entreolhávamos incrédulos. Dustin é muito inteligente, mas esse não é bem o ponto principal do nosso choque, e sim, a união dessas crianças, a irmandade.

- Tudo bem, tudo bem. Nós levamos vocês. - Digo, sorrindo.

- Sério!? - As crianças gritam, esperançosas.

- Sério, amor!? Mais crianças!? Isso só pode ser um sonho. - Eddie disse, animado.

- Vocês têm sorte de eu e Eddie amarmos crianças. Venham para a nova família de vocês, meus pequenos. - Digo, me abaixando na altura deles, enquanto eles corriam para me abraçar, quase me derrubaram no processo.

- Então, deixa eu ver se eu entendi, a ruivinha é a Maxine..- Digo.
- Max! - Ela corrige.
- Desculpe, Max! A ruivinha é a Max, a morena é a Jane, o tigelinha escuro é o Mike, o tigelinha claro é o Will, o da bandana é o Lucas e o Dustin. Tudo certo? São só vocês mesmo? - Pergunto, sem parar de sorrir, e eles afirmam.

- Ok, então vão arrumar suas coisas. - Eddie grita, agitado.

As crianças sobem as escadas correndo, mas Dustin fica.

- O que foi, meu menino? - Digo para o garoto de boné.

Ele me abraça.

- Também quero um, se não vou ficar com ciúme. - Disse Eddie, fazendo Dustin rir e ir abraçá-lo.

- Obrigado. Eu amo muito vocês, novos papais. - Dustin sorri, e corre escada à cima.

Não posso deixar de mencionar que me emocionei com aquela frase.

The Best Fam; SteddieOnde histórias criam vida. Descubra agora