Livro III da série "Meu primeiro amor".
Não é necessário ler os dois anteriores para entender este.
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Sete anos se passaram e o nosso casal, Anelyn e Nicolas, enfrentam uma luta ferrenha para conseguir gerar um filho. Um filho que carregue o sangue...
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Dave
Finalmente, a noite do baile e, com maior importância para mim, a exibição do videoclipe, que por sinal, está me matando de curiosidade. Não sei por que, mas tenho a sensação de que Emma, Anelyn e Nicolas estão me escondendo alguma coisa além disso, porém, decido deixar que pensem que não estou desconfiado de nada, afinal de contas, não quero estragar sua ilusão de que podem me surpreender de alguma forma.
Termino de colocar o traje social azul marinho que Anelyn e eu escolhemos dois dias atrás e dou uma última olhada no espelho antes de descer as escadas e encontrar Anelyn e Nicolas ansiosos esperando por Emma e eu. Algum tempo depois de mim, Emma desce as escadas exibindo uma produção impecável em um vestido amarelo contrastando com seus cabelos e olhos cor de mel. Depois de muitos elogios, Nicolas nos leva até o colégio e sinto um frio se espalhar repentinamente pela minha barriga assim que piso na porta do salão de entrada.
— Você está ainda mais perfeita. — Zac Einstein diz, chamando minha atenção. Ele segura a mão de Emma e se inclina para beijar o local. Em seguida, se posiciona ao lado dela, estendendo seu braço para que ela segure.
Antes de se afastar, ela me olha e sussurra um "ssshhhh", pedindo segredo. Fico sem reação por pelo menos dois minutos, até eles desaparecerem do meu campo de visão e se misturarem ao aglomerado de pessoas que já é bastante considerável na pista de dança. Faço uma volta completa pelo espaço apenas com os meus olhos, observando as pessoas, e chego a conclusão de que se não fosse pelo clipe eu jamais estaria ali. Ando a passos lentos até a mesa de bebidas e me sirvo um copo de ponche, para tentar disfarçar que não tenho absolutamente nada para fazer ali.
— Você está um grande gostoso nessa roupa. Apesar de eu preferir sem. — a voz inconfundível de Sam sussurra atrás de mim. Próximo ao meu ouvido. Engulo em seco, antes de virar minha cabeça para olhar para ela. Vestida com um uniforme preto e discreto, cabelos presos em um coque e segurando uma bandeja de canapés.
— Tudo bem, Sam? — pergunto, educadamente.
— Vou ficar melhor se você aceitar me encontrar mais tarde. Em uma hora no laboratório do fim do corredor ou no final da festa na minha casa. O que acha? Pra mim, tanto faz.
— Nós não temos mais nada, Sam. Não vai rolar. — digo e saio andando antes de ver a expressão de ódio tomar por completo o rosto da garota. Caminho por entre a multidão, que para de dançar quando o vocalista da banda encerra a música e sede o microfone à diretora da escola.
— Caros alunos e professores — ela começa, com entusiasmo. —, desejo uma excelente noite à todos! Vocês sabem que nesta noite, além de aproveitarmos está excelente banda musical para balançar o esqueleto, temos também mais um objetivo: o concurso de videoclipes! Espero que estejam tão ansiosos quanto eu. — pausa, ao ser interrompida por gritos e aplausos. — Selecionados os melhores vídeos para serem votados hoje e, depois de exibidos, o público em geral poderá votar pelas redes sociais da escola, vocês, alunos aqui presentes, deixarão seu voto em uma das duas cabines que estão nas laterais do palco e, por fim, os professores também darão seus votos. Sem mais delongas, vamos agora assistir os vídeos, começando pelo "Dalila'h", produzido por Alan Daividson e Dalila Morrison do terceiro ano.
