Livro III da série "Meu primeiro amor".
Não é necessário ler os dois anteriores para entender este.
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Sete anos se passaram e o nosso casal, Anelyn e Nicolas, enfrentam uma luta ferrenha para conseguir gerar um filho. Um filho que carregue o sangue...
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Mesmo depois do mais demorado banho quente, da sopa e do carinho sem igual de Anelyn , não consegui dormir, nem no restante da noite, nem no dia seguinte. O advogado liga nos informando que a polícia já está investigando as imagens das câmeras de segurança e que provavelmente não vão demorar a nos dar esclarecimentos.
Mesmo sabendo da minha inocência, me sinto nervoso. Eu sei que minha inocência significa a culpa de Jordan, e para ser sincero isso não me deixa contente ou satisfeito. Pelo contrário. Imagino o tamanho da decepção que os pais de Anna vão ter e os momentos pelos quais ela própria passou ao ver alguém em quem sempre confiou magoá-la e — segundo minhas desconfianças —, ser culpado por seu estado atual. Alguém que deveria protegê-la.
— Dave? O que acha de comer alguma coisa agora? — Anelyn pergunta, depois de bater na porta do quarto do flat onde estamos hospedados.
— Estou sem fome. — digo a mesma resposta que disse nas outras pelo menos cinco vezes em que ela me perguntou isso.
— Dave, ficar doente não vai te ajudar em nada. — ela argumenta e no momento em que abro minha boca para replicar, Nicolas entra pela porta da frente.
— Se arrumem. O advogado ligou. Precisamos ir até a delegacia. — ele diz, sem rodeios.
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Assim que chegamos na delegacia, nosso advogado se apressa ao nosso encontro. Ele parece ter urgência em nos dizer algo. Algo que acabamos descobrindo de outra maneira.
— Nós queremos nos desculpar. — A mãe de Anna aparece vindo de algum lugar que eu não havia reparado antes. Prestando mais atenção, vejo também seu esposo há alguns metros. Ele está cabisbaixo. — Nós o acusamos, quando na verdade tudo o que você fez foi dar a Anna uma chance de... — ela entala, perdendo por um segundo o controle de todo o esforço que está fazendo para obviamente não cair aos prantos. —, sobreviver.
— E- eu... — gaguejo, sem palavras, completamente surpreso.
— A polícia conseguiu as imagens das câmeras de segurança. Nesta momento, Jordan está depondo, mas as acusações que pesam sobre ele são incontestáveis. — o advogado explica.
