Após perder a vida em um acidente, Rusone é transportado para um mundo de fantasia, cujo cenário é exatamente igual a um livro que ele leu tempos atrás. Sua alma imortal encontra uma maneira de voltar à vida, reencarnando no corpo de Demetri Queen...
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Tentando sobreviver como serpente.
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Segurei firmemente a cauda de Bjorn, impedindo-o de continuar adentrando o pântano lamacento. Meus olhos expressavam uma mistura de resistência e descrença, e eu não tinha a menor intenção de me aventurar por aquele lugar. O pântano, com sua lama viscosa e ambiente sombrio, era o tipo de local que eu preferiria evitar a todo custo. Minha voz saiu firme, quase birrenta, enquanto eu expressava minha relutância:
─ Bjorn, não há chance de eu querer seguir por aí!
Bjorn parecia imperturbável diante da minha relutância em seguir adiante. Ele revirou os olhos e me cortou, deixando claro que não havia espaço para discussões.
─ Não é tão ruim assim...
Eu tentei argumentar, mas Bjorn não queria ouvir desculpas.
─ Mas...
Ele interrompeu minhas tentativas com firmeza:
─ Sem mas, é aqui e pronto.
Senti-me como uma criança obedecendo a sua mãe quando ela dizia "na volta a gente compra." Eu continuava a segui-lo, observando o ambiente do pântano, que era bastante desconfortável para mim.
─ Nunca estive em um pântano antes, é bem fedido... ─ Comentei, tentando me acostumar com o odor desagradável.
Bjorn não parecia se importar.
─ Eu moro em um pântano. ─ Ele respondeu como se estivesse enfatizando o óbvio.
Já era óbvio para mim, considerando o local onde ele vivia, mas não pude evitar a observação.
─ Já tinha percebido... ─ Respondi em um sussurro, resignando-me à jornada no pântano.
Caminhamos através de um extenso brejo lamacento, onde a lama grudava em nossos calçados e tornava cada passo um desafio. Observando Bjorn à minha frente, ele parecia completamente à vontade naquele ambiente, mas eu, por outro lado, estava me preocupando cada vez mais. Não era de forma alguma o passeio dos meus sonhos, e a sensação de desconforto estava começando a tomar conta de mim. Cada passo que dávamos afundava na lama, tornando nossa jornada ainda mais exaustiva e tediosa.
