Capítulo 10

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Se passaram um mês e eu estava bem. Muito bem. Eu estava me dando bem com tudo e todos. De início fiquei receosa, eu sempre dava um jeito de estragar com tudo. Mas desta vez não. Eu estava indo bem na faculdade para uma garota de 16 anos. Minhas notas estavam excelentes, eu havia feito vários amigos, e eu, Karina Collins e ele, Vithor Diamont, estavam amigos. Ele parou de me beijar, que por um lado era ótimo, eu estava matando qualquer possibilidade de ter sentimento algum por ele. Por outra via, eu sentia falta. É, isso aí mesmo. Mas, por um lado era certo tomar esse rumo.


Estava me sentindo sufocada ultimamente. Eu andei pensando: O quanto eu fui boba de deixar as pessoas entrarem de qualquer jeito na minha vida. Como por exemplo, o Gustavo. Eu gosto muito daquele moleque, fofo, engraçado, etc. Mas, eu me senti horrorizada em apenas dois dias a gente já tava dizendo que se amava! É isso mesmo produção?


E eu só me dei conta da burrada que fiz meses depois! Agora já tava tudo feito. Nós estávamos muito ligados, e a amizade dele é muito importante para mim... Mas eu não podia ser daquele jeito, pois, e se ele não fosse uma pessoa boa? Me causasse algum mau? Eu ia sofrer as conseqüências, caso ele não fosse uma ótima pessoa. Thanks God!

Eu, prometi a mim mesma, que não iria deixar qualquer um entrar na minha vida e fazer o que quiser. Sou uma pessoa sensível, e odeio chorar, odeio sofrer! Como diz algumas pessoas: " Se a gente ama alguém, automaticamente nós damos poder para ela nos ferir." E estas tem toda razão do mundo!


Nas férias de Carnaval ( que foram curtíssimas, por que Faculdade é Faculdade), fui visitar meus parentes por parte de pai. Eles se reuniram, e meu tio Derek nos convidou para na sua casa  de férias na Bahia- Salvador. Foi uma viagem cansativa, porém, muito animada. A companhia dos meus primos e tios, me colocaram super pra cima. Érica, minha prima de 18 anos, que ainda estava no terceiro ano do ensino médio, se tornou minha amigona. A gente era bem próxima, mas, naquelas pequenas férias, andávamos grudadas uma na outra. Até o namorado dela ( Henrique) falou que não gostou muito da idéia de ter que dividi-la comigo. "Ei, pare de ciuminhos! Minha priminha vai voltar para São Paulo em menos de 5  dias, você me tem o ano todo!" ela falou num tom de ironia, e todos riram, inclusive Henrique que alertou que estava brincando.


No total eram 4 primos: Érica, Vanessa de 15 anos, Leonardo de 16 e Ed de 14. Eu odiava o Leo! A gente sempre brigava: pelo brigadeiro, pelo filme, pelo café, pela pipoca, por tudo. Mas esse ano, em vez de odiar meu primo, eu passei a gostar da peste.


A gente começou a se entender e todos diziam: "Hoje vai chover, hein? Milagre o casal encrenca não terem derrubado a casa ainda!" Impossível! Salvador estava mais quente que forno! Meus outros primos eram todos muito divertidos. Minha família deveria montar um circo de tantos palhaços! Eu acho que a gente passou mais tempo em casa, jogando, do que na praia. Inventaram de levar o Xbox e todos estavam viciados, menos meus tios e tias. Eu e Leo disputávamos o tempo todo, e eu descobri que tenho talento em dançar. Arrasei no Just Dance, e o Leo teve que pagar vários micos, e quem gravou tudinho no meu celular? Euzinha aqui!


Minhas tias, vinham com perguntas nada legais para cima de mim: " Kazinha meu amor, ta namorando? Pode confiar nas titias, a gente não conta nada pra ninguém." Primeiro ponto, não sei de onde elas tiraram esse novo apelido nada sociável. Kazinha. Segundo ponto, namorado? Oh Gosh!


Tentei explicar mil vezes que não tava namorando mas elas não acreditavam em mim! Mas fora essa indecência, foram as melhores férias da minha vida! Preciso vê-los mais vezes!



Sooooorry babys! Desculpa mesmo! Ontem eu não estava em casa, mas se der amanhã eu posto! Beijão!

KarinaWhere stories live. Discover now