Capítulo 11

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Resolvi que iria voltar dois dias antes para poder descansar melhor antes de voltar ao pique da Faculdade.


Me despedi de todos com muita tristeza, eu realmente havia amado a viagem. Mas eu tinha que voltar. Érica chorou um pouco, pra minha surpresa. Ela não era de chorar. Odiava fazer aquilo. Assim como eu. Ela me fez prometer que eu iria ligar todos os dias, e sempre mandar e-mails longos. Érica é o tipo de pessoa que prefere cartas e e-mails, invés de respostas curtas pelas redes sociais. E Leo disse que me ligaria sempre. Foi meio comovente, a gente se odiava tanto. Mais era um ódio "do bem".


Por fim, demos um abraço coletivo e segui para o aeroporto. Seria uma viagem longa. Salvador à São Paulo. Ai, ai.


(...)


Peguei o primeiro táxi que vi. Eu não estava cansada nem um pouquinho. E só então percebi a roupa que usava: Calça jeans, blusa branca, jaqueta de couro marrom e all star.

Chegando a rua da casa de Vithor, a rua se encontrava lotada. De carros. De todos os tipos. De todas as marcas. Tive que descer na esquina, a rua estava meio "interditada". Paguei.


Cheguei à entrada e estava rolando uma festa. Como não suspeitei antes?


Tinha muitas pessoas da Faculdade que falaram comigo com abraços e beijinhos. Entrei e fui impactada pelo som alto e muitas pessoas bêbadas. Muitas mesmo.


-Gustavo: Karina! Que bom te ver, saudades. - Gustavo veio em minha direção pegando minhas duas malas. Sempre tão cavalheiro.


-Eu: Oi... O que esta acontecendo aqui Gus?


-Gustavo: Uma festa ué. -Ele disse subindo as escadas, certamente levando minhas malas para o meu quarto.


Eu estava meio atordoada. Não estava cogitando que aquilo era uma festa. Eu estava lerda.


Eu o segui mas ele virou bruscamente me impedindo de passar.

-Gustavo: É... Bem...Aproveite! Deixa que eu levo a bagagem.


-Eu: Eu te ajudo... - ele me interrompeu.


-Gustavo: Não! De jeito nenhum.


Eu sabia que estava acontecendo algo. Algo curioso. Mas ele não me falou. E eu sou muito curiosa, então o segui. Abri a porta e me deparei com um ser não identificado dormindo na minha cama.


-Eu: Quem é? - Eu disse indo em direção a criaturinha pequena para cubri-la.


-Gustavo: Ah, era surpresa, sua inxerida! - ele disse rindo - É que o Vithor é primo dela. E como ele queria muito essa festa, ela acabou dormindo, e ele a colocou aqui. O nome dela eu não sei ainda.


-Eu: Mas, que coisa fofa. Ela tem um cabelo magnífico! - Eu disse mexendo em seu cabelo, que, era muito macio por sinal - Vithor não tem jeito!

KarinaWhere stories live. Discover now