Capítulo 17

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Fiquei por mais um tempo no hospital. Em constante observação. E recebendo visitas também.

Uma das visitas que mais gostei foi de uma garotinha pequena. Ela se chama Milena. E é adorável. Como pude me esquecer dela? Ela me falou que eu continuo parecida com a princesa Bela, ( eu tive que me esforçar para lembrar que princesa era essa) mas dei uma de Bela Adormecida. Que fofinha!

Outra visita que eu também gostei foi a de um grupo de adolescentes. Eles pareciam felizes ao me ver, e me abraçavam o tempo todo. Deixa eu tentar me lembrar... Acho que seus nomes eram: Sophia, Vinícius, Gustavo e Carla. Acho né. Mas eles foram muito amigáveis, e me peguei desejando de todo coração me lembrar deles...

Mas durante as semanas que eu fiquei em observação, o menino sorridente não apareceu. Até perguntei ao meu pai o que aconteceu com ele, mas ele me enrolou e não disse nada. Estou tão curiosa para saber quem é ele...

Notei também que eu não tenho irmãos. Muito menos uma mãe. Triste isso. Meu pai disse que ela morreu quando eu tinha 10 anos, e quando ele ia me explicar a causa, preferi deixar para lá. Isso devia doer nele, e acho que também doeria em mim. Melhor deixar as coisas no lugar. Acho que tá bom assim.

Depois de sair do hospital, meu pai me disse que nós voltaríamos para casa... Como eu queria me lembrar.


-Pai: Enquanto eu viajava, você ficou na casa do Vithor. - opa! Personagem novo na história? - Mas, como moramos do outro lado da cidade, vamos ter que nos afastar do pessoal que você conheceu, ou... quero dizer... que você reviu no hospital...


-Eu: O senhor me disse que eu estava na Faculdade... E agora?


-Pai: Eu ainda não sei ao certo filha... Acho que vou te levar pra longe daqui... Você passou por tanta coisa.


-Eu: Por incrível que pareça, eu me apeguei com o pessoal que eu revi. Elas são pessoas legais.


-Pai: E foi por causa dessas pessoas que você quase morreu! - ele gritou, mas pareceu arrependido. Sua face era de puro cansaço.


-Eu: Seu Arthur... Quero dizer, pai... Por favor, não me leve para longe. O que eu preciso está aqui. - falei a última frase sem pensar.


-Pai: Tudo bem Ka. Eu só me preocupo... E não quero você com o Vithor.


Mesmo sem saber quem era esse tal Vithor assenti. Acho que esse Vithor causou tanto transtorno! Se for, não quero vê-lo nunca mais!

Mas, e o menino sorridente? Por que nunca mais foi me visitar? Por que não veio se explicar? Essas perguntas... Eu nunca acho respostas!

Entrei no carro e sentei no banco do passageiro, ao lado do meu pai. Olhei para o banco de trás, e me deparei com malas e mais malas.


-Eu: De quem são?


-Pai: Suas. - ele disse rindo.


-Eu: É engraçado eu não me lembrar de nada?


Ele engoliu em seco. E eu tive vontade de pegar as palavras e mete-las na minha boca outra vez.


-Eu: Desculpe. - sussurrei.


-Pai: Não filha, está tudo bem.


Ele arrancou o carro e seguimos o trajeto. Realmente, a gente morava do outro lado da cidade. Demorou pacas para chegar, e eu acabei dormindo. Sabe o medo de dormir, e não acordar mais? Pois bem. Acho que fiquei traumatizada.


Olha ai gente! Sou uma pessoa de palavra não sou? kkkkkkk. Bem, ta aí o capítulo. Eu não revisei direito, então, não liguem para os erros. Beijinhooooos


Com todo amor,


Karina_TheBest




KarinaWhere stories live. Discover now