6. We have each other

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     Eu já estava trabalhando insanamente no projeto que eu havia preparado para escrever meu novo livro. Tenho uma equipe que me ajuda nas publicações e gerenciamento, porém, quando o assunto é escrever, sou apenas eu. Eu e minha imaginação.

     Eu escrevia romances fictícios. Já havia escrito outros gêneros, mas nada me fazia mais feliz e realizada do que escrever romances.

     É engraçado como sento aqui e escrevo milhares de histórias lindas de casais enquanto a minha própria vida amorosa é uma verdadeira bagunça.

     Irônico. Mas é a lei da vida.

     Talvez eu escrevesse sobre coisas que eu gostaria de viver.

     Recentemente, eu terminei um livro o qual minha equipe acreditava fielmente em sua repercussão. Eu estava muito feliz com o resultado, mas como todo trabalho, há sempre muito a se fazer.

     Estamos focando muito na divulgação, e hoje, uma das pessoas que trabalham comigo me ligou e disse que havia agendado o evento que preparamos para a pré-venda.

     Eu não era extremamente famoso, mas eu tinha alguns seguidores fiéis e nós planejamos um encontro onde eu estaria lá, conhecendo meus leitores e assinando seus livros.

     Assim, segui minha vida focando nas pendências que eu tinha para resolver, como um dia a dia regular.

     Logo que chegou o dia do evento, me preparei para ir ao local com antecedência. Nós havíamos reservado, naquele dia específico, a biblioteca local da cidade para isso, já que não seria nada muito grande.

     Quando cheguei ao local, haviam alguns leitores que já nos aguardavam em uma fila não muito grande. Cumprimentei a todos e adentrei o local. Vi que havia sido preparado para mim uma mesa e uma cadeira para que eu pudesse me sentar.

     Para minha surpresa, dentre os funcionários da biblioteca que ali estavam na organização do evento, um deles era alguém que eu jamais imaginaria encontrar ali.

     Justin.

     Abri um sorriso ao vê-lo, e vi que ele se surpreendeu com minha presença também. Logo fui em direção a ele e o dei um abraço rápido.

     — Como assim? Então é você a escritora que viria hoje? — ele perguntou.

     — E você trabalha aqui? — coloquei a mão na cintura rebatendo sua pergunta, rindo.

     — É. Esse é meu trabalho. — sorriu. — Eu não me liguei no nome que me disseram. Sei lá, eu achei que existia outras Laura Diaz por aí. — ele brincou. — Não sabia que escrevia.

     — Pois é. É disso que eu vivo. — eu ri.

     — Uau. — ele respondeu. — Talvez eu leia alguma de suas obras.

     — Gosta de ler? — perguntei.

     — É, até que sim.

     — Vou te dar um de meus livros de presente. O que vai fazer depois do evento? — eu perguntei.

     — Arrumar tudo e ir para casa. Eles nos deram o dia de folga hoje. Não vamos abrir.

Saviour • Justin BieberOnde histórias criam vida. Descubra agora