— O que você sabe sobre o teclado? — Justin perguntou, sentado ao meu lado.
Estávamos de frente para seu teclado após ter comido quase a torta inteira de limão que eu havia trazido e conversado por alguns minutos antes que nossa aula de fato começasse. Talvez éramos um pouco irresponsáveis.
— Sei o que é dó, ré, mi, fá, sol, lá, si. — falei, enquanto encarava o teclado a minha frente. — E sei tocar parabéns para você. Mas só a melodia. — ri.
— Ah, é? E como aprendeu? — Justin perguntou, curioso.
— Brincando em apps de piano no celular. — ri novamente, e então fiz uma demonstração.
— Uau! Que talento. — Justin brincou, ironizando, enquanto eu fazia cara de orgulho e me curvava em agradecimento. — Tudo bem. Sabe que teclas são essas? — ele apontou para as teclas pretas, entre as principais que eu havia citado. Fiz que não com a cabeça, enquanto prestava atenção. — Bom, você percebe que elas fazem um som diferente, ou seja, são notas diferentes. — eu prestava atenção em sua explicação. — Elas recebem o mesmo nome das teclas brancas, mas a gente adiciona um sufixo nelas, pode ser “sustenido” ou “bemol”. — fiz careta, demonstrando confusão, e Justin riu.
— Acho que sou uma idiota. — falei.
— Não, vou te explicar. É só o nome delas, assim fica mais fácil de eu te guiar. — ele falou. — Então, quando a tecla preta está a direita de uma tecla branca, adicionamos o sufixo “sustenido”. Se estiver a esquerda, o sufixo é “bemol”.
Eu ainda estava confusa, mas prestava atenção em tudo que Justin me explicava.
— Por exemplo, esse é um dó sustenido. — Justin tocou a tecla preta à direita da nota dó. — Entendeu?
— Ah! Agora sim, entendi. Com o exemplo fica mais fácil. — sorri, animada. — Então, eu posso chamar o dó sustenido de ré bemol? — perguntei, curiosa, e Justin levantou suas sobrancelhas, surpreso.
— Exatamente. Ótima pergunta. Pode ter esses dois nomes, tudo depende do movimento que você faz.
Justin era um ótimo professor. Ele era paciente, mesmo com a minha total ausência de habilidade, e suas explicações eram sempre bem detalhadas, além de suas piadas estúpidas que me tiravam risadas.
— É serio, por quê não investe nisso? — nossa aula havia acabado, e Justin tocava o teclado por diversão.
— É besteira. — ele respondeu, balançando a cabeça. — Além do mais, não sou nenhum cantor impressionante, só sou afinado e gosto de cantar.
— Tá me zoando? — falei, arqueando as sobrancelhas. — Justin, você canta muito bem! — eu dei ênfase no muito, e ele riu.
— Não exagera. Não sou nada demais. — rebateu.
— Bom, sinto muito por você. Porque eu acho você tudo demais. — eu disse, com os braços cruzados enquanto o encarava. — E não vou mais parar de encher o seu saco sobre isso.
Justin parou de tocar o teclado e me olhou, soltando uma risada depois de uns segundos.
— Você não cansa de ser chata? — brincou.
— Eu sou a sua pessoa favorita. — pisquei para ele, debochando.
— Não pisque para mim, Laura. — Justin falou, enquanto desviava o olhar para seu teclado novamente.
— Por quê? — indaguei, curiosa.
Justin me encarou por alguns segundos, e então respondeu:
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Saviour • Justin Bieber
FanfictionJustin se vê amarrado em laços profundos da depressão e, ao se ver desesperançoso do mundo, tenta tirar sua própria vida. De forma impremeditável, Justin não imaginava que seria em seu momento mais frágil que ele conheceria a pessoa responsável por...