10. Everyone makes mistakes

53 10 1
                                    

     Três semanas.

     Três semanas em que não ouvia falar de Justin. Três semanas em que não falava com Tyler.

     Devo confessar que ao ter aquela conversa com minha mãe, havia criado esperanças de que Justin viria atrás de mim e me pediria desculpas.

     Mas ele não o fez.

     Tyler, que dizia me amar incondicionalmente, já estava em outro relacionamento. Eu o não seguia mais em minhas redes sociais, mas meus amigos inevitavelmente me disseram e, quando vi com meus próprios olhos as declarações e juras de amor eterno entre o novo casal, não pude evitar de rir.

     Ri porque como era possível que em menos de um mês, após um relacionamento de dois anos, você poderia entrar em um relacionamento com alguém e jurar amor eterno quando não havia nem um mês de relacionamento?

     Eu me livrei.

     Estava decepcionada? Sim. Não podia negar. Pensei que o que ele sentia por mim era verdadeiro, mas como se é possível amar alguém e superar em menos de 3 semanas?

     Enfim, não podia fazer nada a não ser viver a minha vida. Meus amigos me diziam que eu deveria sair e conhecer outras pessoas, mas ainda não acho que era o momento certo para isso. Afinal, eram só 3 semanas.

      E sinceramente, parecia uma eternidade.

     Algumas noites eram terríveis. Sentia a falta do meu pai mais do que tudo. Me lembrava das vezes em que desabafei com o Justin sobre essa saudade irreparável e me doía saber que não poderia fazer aquilo novamente.

     Eu estava mais focada no meu trabalho do que nunca. Apesar de todo o momento ruim que eu estava vivendo, as vendas dos meus livros estavam indo muito bem. Ao menos uma parte da minha vida estava me trazendo felicidade.

     Hoje eu havia me reunido com minha equipe por algumas horas para conversar sobre novos projetos e até discutir sobre meu novo livro. Quando acabei minhas horas de trabalho, o vazio existencial havia se instaurado novamente.

     Era sempre assim, e eu já estava até acostumada.

     Meus amigos me ligaram naquela noite e tentaram me convencer a sair com eles para espairecer. Eu não era de beber, gostava de lugares tranquilos e de relaxar, mas depois de muita insistência, eles conseguiram me arrastar para uma boate.

     Estava vestindo uma saia jeans de cintura alta e uma camiseta de manga curta com uma bota de cano curto preta. Stella, Noah, Victor e Mel vieram até a minha casa e nós conseguimos um uber que aceitou levar quatro atrás. Caso isso não acontecesse, nós iríamos divididos em dois carros, mas tivemos sorte. E já que todos nós pretendíamos beber, nenhum se responsabilizou por dirigir.
    
     A música alta incomodou um pouco meus ouvidos de primeira, mas logo me acostumei ao ambiente. Estava escuro, com apenas algumas luzes coloridas, e cheirava a bebida misturado com diversos perfumes.

     — Um coquetel, por favor. — foi a primeira coisa que pedi ao bartender. — De maracujá.

     Eu não era de beber, mas uma das minhas bebidas favoritas era coquetel.

     Curti um pouco com meus amigos, dançando e bebendo com certa moderação, mas pela falta de costume eu rapidamente sentia que já estava ficando bêbada com poucos drinks.

     Acabei ficando com uns dois caras que chegaram em mim. Eu sei, eram só três semanas. Mas eu estava solteira, um pouco bêbada, os caras eram bonitos e era só um beijo. Então eu me deixei levar.

     Eu tinha esquecido do meu celular por aquelas horas. Quando peguei para checar a hora, vi que já eram 2 horas da manhã. A bebida não me deixava sentir a exaustão que eu provavelmente estaria sentindo se estivesse em casa.

Saviour • Justin BieberOnde histórias criam vida. Descubra agora