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Saímos do carro e o barulho do lado de fora da boate já estava ensurdecedor, Marília jogou a chave de seu carro para um manobrista qualquer e pegou minha mão, o que me fez abrir um sorriso. Um sorriso que logo cessou quando eu percebi que ela só havia feito isso para que eu pudesse entrar numa boa na boate.

- Ela está comigo. - Ela disse à um cara que estava parado na porta, o cara apenas assentiu e saiu da frente para entrarmos, como se respeitasse Marília fortemente, assim que estávamos dentro, Marília soltou minha mão. As garotas estavam vindo logo atrás, enquanto eu estava morrendo de medo daqueles caras estranhos que tinham por ali, fortes e totalmente tatuados, eles me olhavam maliciosamente, enquanto Marília estava distraída olhando para aquelas vadias que dançavam semi nuas.

Segurei o braço de Marília com medo daqueles homens e ela travou o maxilar reprovando minha ação, o soltei rapidamente revirando os olhos. Marília nunca consegue ser uma pessoa agradável por muito tempo.

Marília cumprimentava alguns homens apenas com um gesto feito com a cabeça, já as garotas que vinham logo atrás eram mais despojados, chegam dizendo "eaí, filha da puta" e faziam aquelas comprimentos com as mãos cheios de frescura. Podia ver que Marília estava desconfortável comigo ali.

Enquanto andávamos passando por toda aquela gente e ouvindo aquele som ensurdecedor de acabar com qualquer audição saudável, alas eram abertas, como se Marília fosse Dona ou algo do tipo. E ela era. Podia ver o respeito de todos sobre ela e alguns olhares curiosos sobre mim, pois pelo visto Marília nunca costumava chegar acompanhada com uma garota do lado. Agora eu entendia porque Marília se achava tanto assim, tinha toda essa gente para babar seu ovo, ridículo isso.

- Todos esse homens estranhos e assustador são Canadians? - Perguntei em seu ouvido por causa do barulho.

- A maioria, alguns são apenas amigos.

- Tô com medo. - Falei.

-Ninguém mandou querer vir. - Ela disse indiferente quase dando uma volta de 360° com a cabeça quando uma garota com um vestido quase mostrando os órgãos passou, puxei o meu vestido um pouco mais para baixo com medo que eu estivesse vulgar igual a mesma. E claro, Marília não podia deixar de dar seu showzinho para me irritar, apertou a bunda da garota me deixando puta da vida, ela olhou para trás e deu um sorrisinho do tipo "me come" e ela piscou para ela. Droga, por que ela tinha que fazer isso comigo?

Entrei na primeira multidão que vi, me desfazendo de Marília que nem percebeu de tando que ficava metendo a balaca e mexendo com as garotas, saí batendo perna passando furiosa pelos outros e pisando em alguns pés sem pedir desculpas, tentei me acalmar um pouco e comecei a caminhar como uma pessoa normal, dessa vez pedindo licença para poder passar pelas pessoas que dançavam de um jeito um pouco (totalmente) vulgar, principalmente algumas garotas que rebolavam se roçando naqueles homens nojentos. Tinha gente de todos os níveis, garotos mais largados, homens mais sérios, mulheres totalmente vadias, mas também tinham mulheres que pelo o que eu podia ver se davam o valor. E então, me liguei que eu estava totalmente perdida, não me importei e continuei andando.

- E aí, gatinha? Vem sempre aqui? - Senti uma mão em meu ombro, endureci, mas não parei de caminhar, até sentir uma mão indo até meu braco e me puxando. -mão indo ate meu braço e me puxando.

- Não se faça de difícil, vem cá. - Dei de cara com um homem alto e louro com lindos olhos azuis porém deveria ser bem mais velho. Ele me puxou para perto de seu corpo.

- Qual seu nome? - Ele sussurrou em meu ouvido. Eu estava morrendo de medo.

- Me larga. - Gritei.

- Largar? Por que? - Ele tentou me beijar. O empurrei fortemente conseguindo me soltar e andei perdidamente pela multidão que dançava, perdi a conta de quantas vezes passaram a mão em minha bunda. Talvez aquilo fosse um lema.

Possessive - adaptação MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora