Capítulo 6Thomas
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— Cereal com leite ou yorgute? — escuto a pergunta vinda de Nate, enquanto efetuava um cálculo mentalmente.
O fardo de cerveja está num ótimo preço, o que significa que poderíamos levar alguns... Entretanto o litro dela está um pouco mais caro e ainda assim também está em conta, ao julgar o fato que em uma latinha geralmente vem em torno de 350ml do líquido e a garrafa pelo contrário vem 1L. O que preciso saber é se o volume do líquido nas latas que daria o de litros sairá mais em conta, ou será a mesma coisa.
— Com leite e canela — o respondo sem de fato dar muita atenção e volto a empurrar o carrinho lentamente, decidindo olhar os demais preços e opções de cerveja nas prateleiras, antes de fazer a escolha.
— Com canela? Sério? — Gibson, que empurra seu carrinho ao lado do meu franze o nariz, como se cereal com canela fosse a pior comida do universo.
— Não julgue até experimentar — o aviso e o cara permanece mais alguns instantes empurrando o carrinho com a careta.
— Deve ter gosto de gente velha... — Chuck que também empurra seu carrinho com algumas garrafas de energético a nossa frente; resmunga e surpreende nós três, ao ponto de pararmos de empurrar os carrinhos — O que, porra? Por que estão me olhando assim? Gente velha tem cheiro de canela — dentro de instantes ele percebe que não estávamos mais o acompanhando e se vira aproximando suas sobrancelhas.
— Não sei os caras, mas eu estava surpreso pelo fato de você ter falado uma frase sem envolver o "porra" no meio — o respondo com sinceridade e ao meu lado Nate e Gibson pronunciam em uníssono um; "Eu também".
— Vão se foder, porra — Chuck rosna não de uma maneira realmente raivosa, mas sim da sua forma de não ter paciência quando a brincadeira o envolve e se vira, voltando a empurrar seu carrinho.
Continuamos parados e Gibson é o primeiro a rir com o nariz, logo em seguida o acompanho e Nate é o último a soltar algumas risadas, fazendo com que Chuck levante uma mão no ar, nos mostrando o dedo do meio. Outra onda de risadas acontece e é, talvez nós não sejamos tão diferentes assim. Quando Nate começou a brincadeira de fazer perguntas aleatórias para nos conhecermos; à princípio cada uma das respostas fez com que uma divergência surgisse. Entretanto sei que não estava buscando por colegas de fraternidade que fossem 99.9% iguais a mim, não, isso seria chato pra caralho. Na verdade, a única coisa que estava querendo; era que eles soubessem levar essas desavenças da melhor maneira possível... Como na hora que Chuck e Nate descobriram que torcem por times rivais no futebol americano e por mais que eu estivesse esperando eles caírem em um bate boca ofensivo; os dois começaram a provocar um ao outro de uma maneira engraçada pra caramba. Somos parecidos, agimos com propósitos diferentes, mas sabemos que nada se leva pro coração e estarmos aqui, nos provocando e conversando como se fôssemos meros amigos de longa data é a prova disso. A única observação que percebi; é que eles não sabem a hora de parar. Quer dizer, Nate e Chuck ainda estariam lançando suas provocações um ao outro se eu não tivesse me intrometido, mas ainda assim não é nada inaceitável, afinal estamos falando de caras que acabaram de sair do ensino médio...
— Poderíamos comprar aqueles balões fosforescentes para enfeitar a casa, ficaria bem foda — Gibson anuncia de repente, voltando a empurrar seu carrinho e recebe a atenção do restante do grupo.
— Camisinhas fosforescentes também elevariam o nível — Chuck entra na conversa sem seu semblante sério de antes e abre um sorriso sugestivo.
— Os balões ok, mas as camisinhas; nem pensar — nego com a cabeça me escorando no pegamão do carrinho — Isso faria muita sujeira porque quase ninguém as usaria para colocar no pau, fariam palhaçadas e no outro dia teríamos que catar camisinhas sujas de todas as coisas possíveis, sem saber o que é sémen e o que não é — os informo sobre uma situação nem um pouco legal que já aconteceu em uma das festas que eu e os caras que se formaram no começo do ano já passamos e ao meu lado Nate adota uma careta de nojo.
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Talvez Reencontros
RomanceEva Donnavan, poderia dizer que vivia da melhor maneira possível, mas ela estaria mentindo, já que apesar de sempre ter sido criada com a atenção dos pais, apoio e incentivo; ela nunca se arriscou, nunca seguiu seus desejos. Desde sempre Eva seguia...