Capítulo 8Eva
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Ainda estou observando o final da partida dos caras, enquanto espero Thomas retornar da cozinha, onde havia ido para guardar o bolo. Nunca joguei nada parecido antes com o que eles estão jogando, mas pelo que entendi basicamente precisamos arremessar a bolinha e ela tem que cair dentro de um dos copos cheios com água... Então alguém da dupla oponente terá que bebê-lo. Em tese é fácil, basta ter uma boa mira, só não entendi ainda muito bem o porquê de toda vez que um da dupla bebe a água de dentro dos copos; eles fazem uma careta e parecem se animar mais. Talvez arremessar bolinhas seja cansativo e eles estejam com sede. Continuo entretida neles até um dos jogadores resolver retirar sua blusa. Meus olhos só permanecem neles até o segundo em que a blusa deixa de ser sua vestimenta e passa a ser um tecido giratório no ar. Ignoro os elogios e assobios referentes ao cara que havia ficado nu da cintura pra cima e opto por observar meus pés. Quando sei exatamente quantos strass contornam a ponta da minha sapatilha; começo a me questionar se Thomas se esqueceu de mim? E se não era para eu estar um pouco mais animada? Quer dizer, não que eu esteja totalmente e inteiramente entediada, não, apenas percebi que não há uma alma viva ao meu redor que não esteja super alegre, ao ponto de observar o jogo alheio comigo. Todos estão mais para tirar a camisa e balançá-la no ar.
— Perdeu alguma coisa? — mesmo que a música continue extremamente alta, como estava desde que cheguei; consigo diferenciar sua voz com uma facilidade que em certo ponto me assusta um pouco.
— Desculpe? — deixo de encarar meus pés, para focar em Thomas Müller na sua pior ou melhor versão, por estar com o cabelo suado e bagunçado... Pra mim tanto faz, de verdade, ele fica bom nas duas. Muito bom.
— Você estava encarando o chão — apesar do breve sorriso no canto dos seus lábios estar presente; seus olhos no azul intenso começam a estudarem meu rosto, como se me questionassem se eu estava bem, sem de fato precisar pronunciar a pergunta.
— Estava só... Esperando você — dizer essas quatro palavras na minha cabeça soavam mais naturais que agora quando as pronuncio e me controlo para não fazer qualquer tipo de careta, enquanto por outro lado Thomas abre mais o seu sorriso e concorda com a cabeça.
— Trouxe para você — só quando uma das suas mãos estende um copo de plástico vermelho na minha direção que percebo que Thomas havia trazido algo consigo, minha atenção se fixa no copo cheio e mesmo que eu nunca tenha provado; não preciso perguntar se dentro dele havia álcool, porquê definitivamente o que quer que fosse o líquido azul não era suco — Pode beber, sei que você não tá acostumada por isso peguei o mais leve, só para preparar seu estômago para o jogo — internamente questiono como ele sabia que nunca bebi, então olho brevemente para a forma que estou vestida e a forma como ele está vestido para essa festa, e recebo a minha resposta.
— Eu acho melhor não — sempre escutei dos meus pais o que jovens imprudentes fazem sob o efeito de álcool, nenhuma das histórias acabava em um final feliz.
— Confie em mim — Thomas corta o pequeno espaço que havia entre nossos corpos e até tento não dar importância para a mudança no seu tom de voz, em como ele perdeu instantaneamente a graça de antes conforme pronunciava o seu pedido que na verdade soou mais como uma ordem, de qualquer maneira meu corpo por inteiro apenas faz o que ele sempre faz quando Thomas se aproxima; trava e tudo que faço é manter meus olhos nos seus — Abra a boca, Capcake — seu rosto se aproxima do meu e a ponta do seu nariz raspa na minha bochecha, enquanto como uma serpente; sinto sua mão pousar na parte de trás do meu pescoço, começando a subir lentamente logo em seguida até os fios presos da minha nuca, arrepios inéditos percorrem em lugares que nunca senti antes e de repente entendo o cara que havia tirado sua camisa, realmente está calor aqui — Mandei abrir a boca, Capcake — seu aperto antes fraco na minha nuca passa a ser um mais forte e faz com que eu feche meus olhos, sentindo minha garganta seca.
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Talvez Reencontros
RomanceEva Donnavan, poderia dizer que vivia da melhor maneira possível, mas ela estaria mentindo, já que apesar de sempre ter sido criada com a atenção dos pais, apoio e incentivo; ela nunca se arriscou, nunca seguiu seus desejos. Desde sempre Eva seguia...