X. E.V.E.S

• Capítulo 6•

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  Quando Robert viu Eleanor pela primeira vez, teve certeza que não havia felicidade melhor na vida. Sua mulher o abraçou na sala da maternidade e depois beijou a pequena testa da filha.

   Eu te amo, Eleanor, nós te amamos.

   Robert acariciou seu pequeno rosto. Havia conseguido um ótimo emprego no hospital regional da cidade. Tinha uma mulher linda e carinhosa. Eleanor crescia e em Robert crescia uma paixão incondicional, uma vontade de ensinar tudo para a filha , até mesmo sobre medicina, isso seria um orgulho para ele. Era o que ele ansiava. Era tudo lindo e sem medo, até Eleanor completar 11 anos.

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    Certa manhã de domingo, Robert havia convidado seus amigos do trabalho para um churrasco na piscina de sua casa. Era a primeira vez que iria mostrar a casa nova aos seus amigos. Sua filha, Eleanor, ficou muito entusiasmada com a ideia e ficou encarregada de receber na porta os convidados. Atendeu todos que já conhecia, e já estava prestes a trancar a porta, quando de repente avistou um homem se aproximando, ela não conhecia o homem mas ficou observando. O homem olhou para a menina mas ele parou no meio do caminho, ela viu ele pegar seu celular, mas sem tirar os olhos dela. Eleanor ficou com medo e resolveu fechar a porta. Procurou pelo pai , estava no quintal, gritou seu nome e ele gritou de volta:

      - Ninguém mais apareceu?
 
     Eleanor foi até ele. Robert colocava carvão na churrasqueira e parou para encarar a filha.

    - Não, mas tinha um homem esquisito lá fora...

    - Homem esquisito?

    - Sim, ele...

    - Robert, estou um pouco atrasado? - surgiu uma voz masculina no ambiente.

   Robert sorriu e Eleanor olhou para trás. Lá estava o homem que a encarava de forma estranha.

    - Ah, que nada, meu amigo, ainda nem começou.

      Eleanor percerbeu que o homem não olhou para ela , na verdade, aparentava ignorar a existência dela. O homem estendeu a mão para o pai da menina e ele apertou. Robert olhou para Eleanor e se dirigiu ao homem:

      - Creio que você ainda não conhece minha filha, Eleanor...

    O homem a olhou meneando a cabeça em forma de cumprimento e estendeu a mão para ela.

    - É  uma honra conhecer a filha do diretor, encantado.

    Eleanor olhou para o pai, algo a fazia temer, mas ela não agiria com má educação na frente do pai e se o pai conhecia aquele homem, então era ele de confiança. Apertou a mão dele e sorriu. Robert sorriu e falou:

     - Fico feliz que você tenha vindo, mesmo conhecendo a pouco tempo você é um ótimo companheiro de trabalho. Fique a vontade, Edgar.

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