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Edgar sentou - se no sofá e ligou a televisão. Suspirou e deu mais um gole no seu copo de refrigerante. A voz da jornalista era triste e confiante, ao mesmo tempo, um pouco raivosa.
"...A garota está desaparecida desde a saída da escola. Amigos e professores junto com os familiares foram às ruas em protesto pedindo que o estado tome medidas mais severas para que a criança seja encontrada..."
Edgar suspirou, olhou para a porta de madeira no fim do corredor e sorriu.
NUNCA VAI SER ENCONTRADA
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Sua mãe foi até sua casa na manhã seguinte, era domingo e como de costume ela levava o prato preferido de Edgar. Panquecas de carne moída ao molho.
Ele sentou a mesa e sorriu pra ela.
-Obrigada, mãe.
Edgar percebeu que a mãe colocara o talher de forma torta perto do prato. Suspirou e ajeitou o talher. Ela notou e começou a dizer:
- Ah, Edgar, vc e suas manias.
- Não são manias. - ele rangeu os dentes querendo gritar mas se conteve.
Ela deu de ombros e começou a andar pela casa. Aquilo irritava Edgar mas ele não queria ser mal educado com ela. Já era muita gentileza dela ir até a casa dele, que ele fizera questão de ser bem longe dos pais
despois que conseguira seu emprego fixo no hospital. Sua mãe parou em frente a pia enquanto Edgar comia com atenção no prato quando voltou a olhar a mãe viu que ela estava tentando abrir a porta de madeira.
- Não! Mãe! Sai daí mãe. - gritou ele avançando em direção a mulher.
Ela deu um passo para trás colocando a mão no peito.
- Calma, Edgar, só pensei que você gostaria de uma limpeza aí, já que você sempre mantém ele trancado.
- Não precisa, eu limpo... toda quarta.
Ela deu um passo a frente colocando a mão na maçaneta, a qual logo Edgar retirou com cuidado.
- Eu só quero ajudar, você anda tão ocupado...
-Mas são minhas coisas mãe, eu cuido.
Edgar pegou no braço da mãe gentilmente e a fez sentar -se a mesa depois sentou também. Sorriu e voltou a comer. A mulher olhou pro filho e sorriu de volta.
- Está bem. Coma tudo. - disse ela e continuou olhando pro filho.
-O que foi, mãe?
- Você fica muito sozinho... na terça a Clarice... lembra dela?. - Edgar balançou a cabeça afirmando. Era uma prima do interior. - Pois bem, ela virá me visitar... Eu acho que você poderia dar uma passada lá...
- Você não tá querendo me arranjar mulher, está mãe? - Edgar retrucou.
- Não.
-Eu estou muito ocupado... no trabalho...eu não tenho tempo...
-Ela só vai passar uns dias, e vai trazer a sobrinha dela. Tão linda a garota...
Edgar olhou pra mãe.
- Vou ver se consigo um tempinho...
- Que bom, obrigada. -disse a mulher se levantando e indo até a geladeira.
Edgar deu um sorrisinho imaginando como seria essa tal garota.
- Água ou suco?. - perguntou a mãe mas Edgar só conseguia pensar no que ouvira. Sobrinha.
- Sonhando acordado?. -Edgar sentiu a mão de sua mãe nos seus cabelos o fazendo voltar a realidade. -Água ou suco?
- Refrigerante. - Edgar deu um sorrisnho.
A mulher balançou a cabeça sorrindo.
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X. E.V.E.S
HorrorEdgar é um garoto solitário, portador de TOC( Transtorno Obsessivo Compulsivo). Seu sonho é se tornar cirurgião, mas será que os seus desejos mais obscuros irão deixar de lhe atormentar?