capítulo 4

1.1K 161 64
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Depois desse episódio, as brigas na casa dos Cabello eram recorrentes

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Depois desse episódio, as brigas na casa dos Cabello eram recorrentes. Como um script pronto, o cenário raramente mudava. Uma música alta surgia estrondosa, quando visto da janela, Camila estava arremessando coisas no marido, pouco tempo se passava antes da música cessar, a porta bater, Camille sair por ela enfurecida, seguida de seu pai e então Camila surgia na varanda.

Durante as três semanas seguintes, evitei espiar pela janela outra vez, para não ser flagrada novamente pela mais velha. Enquanto isso, desviava de toda e qualquer gracinha vinda de Camille no colégio, que parecia realmente ter me escolhido para ter a vida tornada em um inferno.

Depois das semanas ouvindo seus pais brigarem, comecei até a tentar relevar sua rebeldia. Seu lar devia ser um lugar bem desconfortável as vezes, e mesmo que isso não justificasse ela ser uma babaca, eu me permiti ser um pouquinho complacente.

Era por isso que estava fazendo aquilo.

Andando em direção a suas costas, gritando seu nome no corredor. Camille se virou para mim, arqueando as sobrancelhas, sugestiva, talvez se perguntando qual seria a minha vingança depois de todas aquelas semanas. Ela usava uma camiseta do Slipknot e uma calça de moletom, além de possuir uma tatuagem no antebraço que eu não havia reparado antes, ou talvez não estivesse ali.

Arqueei minha mão em frente ao seu corpo quando estava próxima o suficiente, fazendo-a me encarar ainda mais curiosa.

— O que é isso? — Ela olhou da minha mão estendida até o meu rosto.

— Um tratado de paz. — Balancei a cabeça, sugerindo que ela apertasse a minha mão.

— Um tratado de paz? — Ela repetiu minhas palavras.

— Sim, podemos superar nossas diferenças e começar do zero. — Tentei passar tranquilidade, queria faze-la compreender que não precisávamos agir como animais selvagens o tempo todo.

Ela continuou olhando da minha mão até o meu rosto, como se achasse engraçado.

— Olha, docinho, talvez tenha criado expectativas, mas não vai rolar. — Ela falou calmamente, enquanto eu lhe encarava confusa.

OutbreakOnde histórias criam vida. Descubra agora