Lauren foi diagnosticada com TEI (Transtorno Explosivo Intermitente) aos 12 anos, em meio a acessos de raiva e traumas irreparáveis. Desde então, vem lutando diariamente contra todos os traços de seu transtorno para ter uma vida melhor ao lado de su...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
— Você é louca.— Murmurei contra sua boca, tentando regular minha respiração.
— Eu disse que você fica muito bonita quando está irritada. — Ela soltou uma risadinha, apertando ainda mais seus braços contra meu pescoço. Só neste momento notei que era atormentada por um ser menor do que eu.
— Por que você faz isso mesmo sabendo que não me faz bem? — Minha voz saiu meio trêmula.
— Por que essa sou eu. — Camille levanta um pouco o olhar, me fazendo perceber que ela está sendo sincera. — Eu revelo o pior das pessoas, Lauren.
Balanço a cabeça, concordando.
— Eu não sei sobre as outras pessoas, mas você realmente trás o pior de mim. — Digo ainda com a voz baixa, vendo que em seus olhos castanhos havia algo além do que Camille me mostrava. Ela era um livro fechado, trancado a sete chaves. E por mais que tenhamos nos beijado agora, ainda não tinha vontade para querer desvenda-la.
— É por isso que existe isso entre nós. — Ela suspira.
— Isso o quê? — Pergunto, mesmo que não queira saber a resposta.
— Atração. — Camille responde simplesmente. — Você finge que me odeia, mas eu te beijei, e você deixou.
— Eu não deixei, fui forçada. — Finalmente me afastei, fazendo-a me soltar de seu aperto.
E lá estava ela novamente. O sorriso sarcástico delineando seus lábios, o brilho maldoso em suas íris castanhas.
— Não pode enganar a si mesma, Lauren. — Camille saboreou as palavras, me fazendo engolir em seco.
— Só... Me deixe em paz. — Resmunguei uma última vez, com as bochechas coradas e sai correndo, deixando uma Camille debochada parada no meio do corredor vazio.
Ao menos sabia dizer como cheguei em casa, corri tanto que parecia ter me teletransportado até ali. Meu coração parecia querer sair pela boca e mal conseguia respirar. Entrei agitada e mal dei tempo de vovó entender o que estava acontecendo, apenas subi as escadas e bati a porta após entrar no meu quarto. Me joguei na cama e então todos os questionamentos que estava bloqueando até então me invadiram como um todo.
