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         Eu olhava a Ludmilla dormi, observava às mudanças em sua pele. Ela ainda respirava com a ajuda dos aparelhos, e mesmo depois de todos aquelas horas no centro cirúrgico, ainda não conseguia assimilar oque estava acontecendo.

        Operar a Ludmilla, foi sem dúvidas o maior desafio da minha vida. Encontrá-la 5 anos depois, me fez temer o pior. Respirei aliviada, e ajeitei meu cabelo, mas a preocupação ainda me assombrava.

— Você conseguiu!
Disse a Letícia se aproximando de mim.

— Ela tem 48 horas para reagir, ainda é cedo para dizer que eu consegui.

— Você saiu do centro cirúrgico, com ela respirando. Isso já e uma vitória, ela ja venceu só de hoje ter sido seu plantão.

— Quero ver ela abrir os olhos, e falar que ta bem. Quero ver seus exames, parcelar da observação, e ai sim, meu coração fica em paz.

— Você conhece ela ne? — Questionou a Letícia.

— Sim — Mantinha meu olhar fixo na Ludmilla — Ela é uma das amigas da minha melhor amiga — Tentei explicar sorrindo — Eu nunca vou me acostumar em ver pessoas do meu convívio precisando de mim, isso me deixa muito nervosa e com ela é diferente, sempre é diferente com ela — Afirmei enquanto a Letícia prestava atenção nas minhas palavras — A enfermaria, como esta? — Perguntei tentando ser o mais profissional possível, Não queria falar da minha vida pessoal, com as pessoas do meu trabalho.

— Continua tudo bem, todos já foram medicados, eu só vim te avisar que a família dela esta na recepção aguardando notícias.

— Ok, eu vou até la.

(...)

       Ajeitei meu jaleco, e o cabelo mais uma vez. Respirei fundo antes de abrir a porta que dava para a sala de espera.

— Bru — Disse a Ju vindo ao meu encontro e me deu um abraço apertado — Eu te liguei quando soube que ela veio para esse hospital.

— Estava na cirurgia, não dava para atender.

— Oi — Disse a Dai, me abraçando em seguida — Foi você que operou ela? Ela ta bem?

— Eu vou responder vocês — Disse olhando a minha volta e continuei — Só não diz que eu conheço ela, ok? Eu vou explicar tudo depois.

— Tudo bem amiga, a gente não fala — Disse a Ju ainda assustada — Você esta bem ?

— Eu tenho que ficar.

— Mais ela ta viva ne? — Questionou a Dai mais uma vez.

— Ela esta viva, esta melhor do que quando chegou aqui — Respondi e ela respirou aliviada — Onde esta a família dela, eu vou explicar tudo, de uma vez para todo mundo, pode ser?

— Eu vou te levar neles amiga, vem.

Andamos até a sala de espera, e quando me viram chegar com a Dai e com a Ju eles levantaram imediatamente.

— Tia Silvana, essa é a Bru — Disse a Dai.

— Dra. Brunna — Corrigiu a Ju — Ela quer falar da Lud.

— Bom dia — Disse com um sorriso fraco.

— Bom dia Doutora , desculpa a aflição mais estamos muito preocupados com ela — Disse uma mulher mais nova e ela lembrava a Ludmilla — Eu sou Luanne, irmã da Ludmilla.

— Prazer Luanne — Respondi retribuindo seu aperto de mão.

— Essa é minha mãe, Silvana e meu padrasto Renato.

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