9

800 90 25
                                    

    

     Chegar na minha casa depois de um dia cansativo, era o meu maior troféu dos últimos anos. Mais chegar na minha casa, com o cheiro da Bru, era a realização da minha vida.

   Nas últimas semana nós aproximamos. O nosso combinado, era de ter a calma e dar o tempo que a gente precisava naquele navio. O tempo que nunca tivemos. É talvez, esse seja o nosso maior medo. Não conseguir ter tempo juntas.

    Sai da agência antes do meu horário. Queria fazer uma surpresa para a Bru. Parei mais afastada da clínica onde ela trabalhava, esperando ela passar por aquela porta. É assim que ela saiu, acelerei o carro e parei ao seu lado.

— Surpresa!
Abaixei o vidro, tirando o óculos escuro e olhando em seus olhos. Ela sorria para mim , e só por ganhar o seu sorriso , eu era a mulher mais feliz do mundo.

— Oque aconteceu?

— Não posso te fazer supresa?

— Pode, mais ainda tenho medo dessas suas surpresas.

Sorri , e pedi para ela entrar no carro.

    Conversamos sobre o nosso dia, e era uma coisa tão simples, que eu só percebi que fazia falta quando comecei a compartilhar o meu dia a dia com a Brunna. Não importava se o dia foi maravilhoso, ou se foi um dia caótico e cansativo. Ela me olhava nos olhos, perguntava detalhes, e sorria quando era algo engraçado. Ela se importava,  aprendeu o máximo que conseguiu sobre o meu trabalho, e toda vez que a gente conversava sobre isso, eu entendia o verdadeiro sentido de se sentir importante.

— Você não me fez essa "Surpresa" apenas para falar de trabalho.

Questionou ela assim que parei em frente ao prédio onde morava.

— Eu vim me despedir na verdade.

— Como assim?

Ela tirou o cinto de segurança, e olhou em meus olhos.

— Eu sei que combinamos de fazer alguma coisa no final de semana. Mais vou precisar ir a São Paulo. Embarco hoje , e volto no domingo.

— São Paulo?

— É, é uma reunião com aquela empresa de Nova York, lembra ?

— É você vai sozinha ? — Questionou a Bru, desviando seu olhar do meu.

— Vou, a Day não vai conseguir me acompanhar e ela é a única que eu confio.

— Entendi.

Ficou um silêncio e ela não conseguia me olhar.

— Bru, eu volto pra você!

Afirmei segurando a sua mão, ela respirou fundo e sorriu, antes de responder

— Eu tô amando estar aqui com você...

— Eu sinto isso — Respondi a interrompendo — É uma viajem de trabalho...

— Para a cidade da sua noiva — Dessa vez ela me interrompeu.

— A Isabelly não tem nada com isso, Bru. É só o meu trabalho.

— Você sempre foge quando o assunto é à Isabelly.

— É oque você precisar saber ?

— Tudo , Ludmilla.

— Que eu me lembre , eu já te contei tudo. Eu fui sincera com você, nunca disse que ela não existia...

— Mais eu também existo. E não vou ficar no meio, sendo só alguém que você mata a saudade quando tá afim.

SUNSHINEOnde histórias criam vida. Descubra agora