— Qual foi a sensação de ouvir da boca da mamãe , que quem te salvou foi a Doutora Linda?
— Doutora Linda? — Questionei a Dai que me olhava curiosa.
— É assim que chamam ela no hospital. A mulher é um espetáculo, fala sério...
— Ela sempre foi, um espetáculo! Só queria me lembra dela pessoalmente. Eu só tenho uma imagem distorcida, não lembro muita coisa - Admiti
— Oque ? você não viu a Bru pessoalmente ainda?
— Não.
— Não foi ela que te acordou com um beijo? Estilo "A bela adormecida"
— Idiota — Rir das gracinhas da Dai — Eu vi tudo embaçado, quando acordei. Ouvi a sua voz e senti ela segurando a minha mão. Eu sabia que era ela, eu tinha certeza...
— To sentindo uma paixão se aflorar ai dentro, to sentindo alguém balançada.
— Foi confuso quando ela foi embora, e agora do nada, ela salva a minha vida. Aquela confusão toda que eu achei que já estava resolvido dentro de mim na verdade, só estava adormecido. Não é estar balançada, e estar confusa com tudo que aconteceu.
— Tem medo de se apaixonar de novo?
— Prefiro continuar assim...
— Assim como? — Interrompeu a Dai — Noiva de uma mulher incapaz de vim no hospital te ver. Você não ta traindo ela por reviver um sentimento Ludmilla.
— Ela não veio nenhum dia, a minha mãe ja falou — Afirmei.
— Quem? A Bru? A Bru veio todos os dias. Enquanto tem outra que ligou uma vez, e foi no dia do acidente. Ela não sabe nem se vc está viva Ludmilla
— Dai, eu ja entendi.
— Que noivado bosta é esse, que nem você lembra dela e nem ela de você?
— Acho que acostumamos com a distância. Sei la... Mais eu esperava ela aqui pelo menos por agora ne
— O mínimo, Ludmilla. Imagina você casada e vendo sua esposa duas vezes no ano... É se você fica doente, entre a vida e a morte? ela nem liga pra você. Isso é maluquice, você quer mais resposta que isso?
— Não, eu ja entendi. E concordo com você
— OQUE?
— Sim... É loucura minha continua com esse noivado.
— Acho que essa pancada na cabeça te fez bem.
Ela me fez gargalhar.
Duas semanas no hospital. Nenhuma alteração no meu quadro clínico, eu me lembrava de toda a minha vida. Minha perna ainda estava imobilizada e eu começaria a fisioterapia em breve. Eu não aguentava mais o hospital, a comida do hospital, o cheiro do hospital.
— Se eu te der alta , você vai continuar se cuidando?
Perguntou o médico me olhando nos olhos.
— Eu vou fazer oque o senhor mandar. Eu só quero a minha casa, minha cama, de lá eu consigo trabalhar melhor, e não vou precisar ter raiva do wi-fi do hospital.
Disse fazendo ele rir.
— Certo. Eu volto daqui a pouco com o resultado dos exames e sua resposta.
— Ta. Mais pensa com carinho, por favor!
Pedi enquanto ele saia do quarto. Era horrível ficar trancada em um quarto de hospital, comendo comida sem sal, e vendo esses canais chatos.
— Oi filha — Ouvi a voz da minha mãe, enquanto a porta se abria.
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SUNSHINE
FanfictionUma médica e uma publicitária, dona da agência mais premiada dos últimos anos. Um passado e uma história de amor.