Route | Toni Kroos

without you

Meu peito doía e minha cabeça girava.

Essa era a sensação que pairava dentro de mim naquele momento. E, ver o ônibus do Madrid estacionado na nossa rua, deixou tudo extremamente pior. Me fez retornar ao doce sabor dos lábios macios de Toni Kroos, não passamos disso ontem a noite, preferimos nos privar da enorme dor que seria sentida hoje. Como se o beijo não doesse o bastante. Sérgio foi o primeiro a levantar os pés ainda de manhã cedo. Ele andava pelo saguão agitado e não era usual do Capitão ficar nervoso pelos corredores. O mais estranho foi quando eu ouvi de James que viu Sérgio andando com Flora uma hora mais cedo, achei revolucionário já que os dois mal respiravam diante a presença um do outro.

Curioso

Não fiz muita coisa desde que me levantei, também falei com a espanhola, que admitiu ter dado um fora em Marco quando ele a levou para o quarto. Asensio poderia ser o sonho de qualquer uma, mas Flor tem um gosto peculiar para homens e ele, definitivamente, não esta no menu. Além disso, eu chorei um pouco sobre os meus lençóis brancos. O dia cinzento, chuvoso e frio me convidou a ficar na cama, mas eu tinha um bando de homens para me despedir.

Exatamente ao meio dia, todos se dirigiram ao mesmo lugar da festa na noite anterior para almoçar. Eu ainda não havia visto Toni, mas só de pensar em trombar com seus olhos azuis pelo saguão, minhas mãos soavam e minha barriga doía. Agradeci ao céus quando entrei sozinha no elevador e saí sã e salva no saguão, até eu ver Flora me olhando daquele jeito sugestivo, como se fosse explodir se não contasse o que precisava, corri em sua direção afim de aliviar logo seja lá o que fosse.

- Que cara é essa? - Eu perguntei assim que ela me puxou.

- Cara nenhuma, cariño. - Ela mordeu os lábios.

- Flora você não sabe mentir, abre o bico. - Flor suspirou tentando conter as palavras que queriam pular de sua boca. - Anda!

- Por Dios, no puedo - Ela começou em espanhol, fiz uma expressão relativa a um grande ponto de interrogação, então ela continuou. - Eu não sei, Vio. É que, Sergio estava muito estranho hoje de manhã...

- Ah ha! Eu sabia! - Cerrei o punho em comemoração. Flora me olhou com raiva, mas eu apenas sorri. - Um passarinho verde me contou que estavam conversando, achei um tanto inovador.

- Es horrible! - Ela conteu o gritou. - Isso nunca vai acontecer, esqueça isso!

- Eu não disse nada, você quem começou o assunto. - Levantei as mãos em rendição.

- Por que não falamos de algo mais interessante? - La estava a Flora de sempre. Ela levantou uma de suas sobrancelhas e encarou as mesas aonde os jogadores almoçavam.

- Porque isso já é interessante pra mim. - Tentei me esquivar porque já sabia aonde ela queria chegar.

- Antônio Kroos. - Droga. Apenas seu nome já me causava arrepios. - Ele não está na mesa...

- Como? - Eu rapidamente ativei algum modo ainda desconhecido do meu cérebro, fazendo meu coração acelerar e meus olhos procurarem os dele no meio da multidão.

- Ele não veio almoçar, deveria estar aqui a uns dez minutos, cariño, oque há de errado? - Ela pousou as mãos sobre meus ombros me dando uma leve chacoalhada. - O que houve ontem, Vio?