O Preço da Imortalidade

Christopher, Rei do bosque.

CHRISTOPHER

Vontade própria.

Família.

Pessoas destinadas.

Essas são as únicas vezes que Asas se mostram. Mas o que era isso? Qual o significado?

  Eu estava acordado quando uma menina de longos cabelos pretos e pele branca como leite se aproximou. Mas não me movi, aguardei paciente por seus próximos passos. Pelas roupas, com certeza era da realeza. Quando minhas asas se mostraram ao simples toque de seu dedo, meu corpo inteiro se arrepiou e esquentou, foi como uma onda interminável de calor, se espalhando por todos os lugares. Não me movi em nenhum segundo, tentando ainda entender o que estava acontecendo. Assim que Duque a assustou, eu rapidamente escondi minhas asas e me coloquei de pé.

_Suas asas... o que?- ele disse ainda perplexo.

_Você a assustou com essa sua cara feia!- disse irritado.

_Eu? Tinha uma estranha tocando seu corpo! Por que não fez nada? Você consegue captar qualquer movimentação a milhões de metros!

_Eu...

_Você permitiu.

_Eu queria saber suas intenções.

_Suas asas se mostraram para uma mera humana.- Duque completou, porém não dei muita atenção. A chuva começou e pude ouvir os batimentos cardíacos dela aumentarem.

_Vou ir ajudá-la.- disse começando a andar.

_O que?

_O que o que?

_Vai ajudar ela? Sabia que ela é a Princesa Herdeira, certo?

_Percebi pelas vestes Reais de GreenVale.

_Eu falei para conseguir um Tratado de paz, não uma namorada!- ele disse rindo enquanto me acompanhava pelo bosque.

_Duque.

_Sim?

_Eu ainda sou o Rei, não teste minha paciência.

_Certo, certo! Vamos fingir que isso não foi um sinal dos antigos para você!- ele disse rindo e sumindo como sempre. Suspirei e continuei andando. Não precisava de um motivo agora, mas não iria deixar que ela congelasse até a morte.

Dois dias se passaram depois do ocorrido, e Duque me atormentou em cada segundo do meu dia. Fazendo perguntas e deixando mais e mais questionamentos na minha mente.

_Será que ela volta?- ele perguntou enquanto se deitava na grama.

_Duvido muito, provavelmente ficou traumatizada.- disse sem muito ânimo.

_Você acha que ela é sua destinada? Uma mera humana?

_Claro que não!- disse impaciente._Não faria o menor sentido.

_Entendo...- ele disse sorrindo.

E realmente não faria o menor sentido uma humana ser a minha destinada. Impensável!

De qualquer forma ela nunca mais irá voltar aqui.