Eu quero agora,dia 11

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Capítulo 10

Já é de noite quando estou deitado na cama, pensativa.

Duas pessoas estavam perseguindo Castiel? Seria possível que fossem dois. Se fosse, estariam juntos, como cúmplices? Ou não? Algum deles não seria uma ameaça real? Como diferenciar os dois?

A paranoia na minha cabeça me faz deixar o quarto no meio da madrugada. Vou ao quarto do Castiel e colo meu ouvido na porta mas não ouço nada. Suspiro aliviado, afinal eu o tinha evitado durante boa parte do dia, poupando momentos à sós, já que a minha mente ficava constantemente me sabotando sobre não ter problema em me envolver com ele.

Mas eu sei que tem.

Quando passo pela porta da sala de cinema, me amaldiçoo ao ver o dito cujo lá dentro, sentado no sofá.

- Dean! - Ele me saúda antes que eu possa sumir novamente.

Me aproximo em passos lentos e Castiel me estende seu copo com uísque pela metade. Para alguém que tem 30 anos, ele bebe bastante. Sento ao seu lado, e nós dois ficamos em silêncio, encarando a TV de tela plana desligada. Tomo um gole do uísque dele e devolvo o copo.

- Você está com medo? - Castiel pergunta, rompendo o silêncio. Penso, para responder.

- Não. - Eu devolvo, sem olhar para ele. - Embora eu sinta medo, às vezes.

- Quando você sente medo? - Ele dispara, como se precisasse dessa resposta.

- Quando eu não sei o que fazer. - Eu fecho os olhos, me recostando no sofá.

- Então você sabe o que fazer agora?

- Sei. - Eu dou ombros. Mesmo que eu não tenha um plano literalmente traçado, sei o que devo fazer e que passos tomar. - Portanto, não se preocupe demais, esse é o meu trabalho.

- Obrigado.

Eu volto a estabelecer o silêncio entre nós, encarando a parede. Ouço esporadicamente alguns suspiros do cantor ao meu lado.

Encaro o seu perfil que parece ter sido esculpido pelos deuses. Nem distraído aquele desgraçado consegue ser feio.

Eu levanto e saio do cômodo, mas não tardo a ouvir os passos de Castiel atrás de mim. Eu reviro os olhos e continuo andando pelo corredor.

- O que quer? - Eu resmungo.

Castiel segura meu braço e me puxa em sua direção. Meu corpo gira e se choca com o dele. Nos olhos do Texano uma expressão inflamada de luxúria faz um arrepio percorrer minha espinha e apertar o meu ventre.

- Eu quero você,quero ser seu. - Ele diz. Sua mão afrouxa o aperto no meu braço e mesmo podendo ir embora, é tarde demais e eu já estou enfeitiçado por ele. - E quero agora.

Eu não consigo dizer nada, apenas encaro os movimentos de seus lábios e os olhos possessivos que se apoderam dos meus. Engulo seco sentindo seus dedos tocarem minha pele suavemente, ele sobe o toque com lentidão, me dando a chance de recusar, mas eu me sinto persuadido. Pelos seus olhos, seu perfume, sua voz. Eu estou cara a cara com um Deus grego que quer se despir e ser completamente meu.

"Não" é a última palavra que se passa em minha mente agora.

Castiel avança sobre mim, se curvando em minha direção. Seus lábios pescam os meus com euforia. O desejo que explode em nossas boca é tão voraz que implora por mais contato.

Pressiono meu corpo ao dele, ardendo como se eu estivesse com febre. Eu não me importava em queimar, contanto que fosse nu embolada com o corpo dele.

Castiel segura meu rosto com firmeza e eu apoio os braços em seus ombros, minhas mãos desgrenhando seus cachos desesperadamente.

O Guarda Costas (Ganhador do Prêmio Wattys 2022) [Destiel] [CONCLUIDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora