Em um piscar de olhos - Clexa

Capítulo 46

[Não revisado]
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-- Eu já te disse que ela só te acompanhou por controle. -- Costia disse, caminhando até seu sofá e se sentando. -- Mulher tem disso: Te dá asas só para ver até onde você pode voar, mas se ela ver que você voou demais ela corta suas penas.

-- Não. A Clarke não! -- Lexa repetiu pela terceira vez, sentindo seus olhos começarem a piscar mais rápido do que o normal, algo que não acontecia por raiva havia muito tempo.

-- Vejo que se estressou. -- Costia disse surpresa, colocando uma almofada em suas pernas. -- Como vai a recuperação, falando nisso? -- Ela perguntou, se inclinando para pegar e acender o beck que deixara sobre a mesa de centro de sua casa.

-- Bem. -- Lexa disse, a olhando receosa. -- Onde estão os livros? -- Perguntou olhando em volta.

-- Primeiro experimente isso. -- Costia disse, puxando a fumaça antes de soltá-la no ar e esticar a mão para Lexa. -- Vai acalmar você como nada.

-- Não, obrigada. -- Lexa disse e Costia riu.

-- Clarke não deixaria, não é? -- Lexa apenas a olhou seriamente sem dizer nada. -- Vamos, prove! Você vai gostar e isso ainda dá um tesão imenso. Você vai querer correr para sua namorada após isso e ela vai amar o resultado, confie em mim.

Lexa olhou para a mão de Costia confusa.

Deveria?

[...]

-- Branquela, você não vai acreditar... -- Monty disse animado assim que viu Clarke chegar em casa. -- Arrumei um serviço na minha área que vai pagar o dobro do que eu deveria ganhar. -- Clarke o olhou e sorriu, vendo o garoto correr e abraçá-la.

-- Parabéns, cabeça de vento. Estou orgulhosa. -- Clarke disse e Monty se separou do abraço, a olhando confuso.

-- O que houve? -- Ele perguntou franzindo o cenho.

-- Nada. -- O olhar dele a fez suspirar. -- Só pensei que passaria o dia com a Lexa. -- Clarke confessou. -- Passei a manhã inteira em uma livraria. Comprei a saga de livros preferida dela e ia fazer uma surpresa, mas ela tinha compromisso. -- Monty suspirou e Clarke sorriu fraco. -- Sou uma mimada, eu sei.

-- Talvez um pouquinho. -- Ele disse rindo.

Clarke soltou um gritinho agudo quando sentiu seu corpo ser levantado por Monty e ser jogado em suas costas.

-- Adoro ser forte. -- Ele disse rindo.

-- Me solta! -- Clarke gritou rindo e ele negou. -- Não. Vamos até a cozinha conversar lá.

-- Te odeio! -- Clarke disse, dando alguns tapas nas costas dele.

-- Não tem tamanho para odiar ninguém. -- Ele zombou.

-- Falou o "pinto pequeno". -- Clarke debochou e Monty caiu na risada.

-- Olha aqui, piveta... mais respeito com ele. Ele tem sentimentos. -- Monty disse, colocando Clarke sobre a bancada e passando os braços ao redor da cintura dela. -- Agora me escute...

-- Não! -- Clarke disse tapando os ouvidos. O olhar sério dele a fez deixar seus ombros caírem e finalmente o ouvir.

-- Ela te ama. Não fez por mal. -- Monty disse e Clarke assentiu.

-- Eu sei. -- Clarke disse sorrindo fraco.

-- Estou orgulhoso de você, sabia? Namorando, formada, sensata, três dias sem levar um tombo. -- Clarke riu e negou com a cabeça.

-- Dois. -- Ela disse e ele a fitou. -- Escorregão no banheiro. -- Ele riu e assentiu.

-- Você sabe que posso ser idiota noventa e oito por cento das vezes, mas eu nunca vou me esquecer o que fez por mim. -- Ele disse. -- Você me colocou aqui dentro sem nem me conhecer direito e ainda não me cobrava o aluguel, tirando do seu bolso, porque sabia que as coisas estavam difíceis para mim.

-- Valeu a pena. Olha só esse emprego que conseguiu. -- Clarke disse e Monty riu. -- Quando você ficar rico pode me devolver com juros.

-- Sei que está brincando para se distrair de sua tristeza. -- Ele disse.

-- Bebe uma cerveja comigo? -- Clarke pediu.

-- Não. Não vou te deixar beber assim, te conheço o suficiente para saber que vai chorar se beber. -- Monty disse e Clarke  suspirou. -- Tenho algo melhor para te distrair.

-- O quê? -- Monty sorriu diabolicamente e Clarke riu, sabendo do que se tratava.

[...]

-- Filha da mãe! -- Monty disse quando Clarke ganhou dele no vídeo-game.

-- Obrigada senhoras e senhores. -- Clarke zombou.

-- Hey, ficou sabendo que o Jasper está ficando com a Niylah desde a semana passada? -- Clarke o olhou surpresa e ele riu.

-- Você está bem com isso? -- Ela perguntou.

-- Sim. Na verdade, eu sempre achei que fosse você que ficaria com ela. -- Monty disse. -- Sabe, pelo que ela sente e tal...

-- Não. Ela é realmente muito bonita e tem um bom coração, mas eu não a vejo com esses olhos. Nunca vi.

-- Ainda mais agora com a Pramheda na área. -- Ele disse e um sorriso terno e genuíno nasceu nos lábios de Clarke.

-- Eu a amo. -- Clarke confessou, corando ao ver a cara que Monty havia feito.

-- Me diz uma novidade. -- Ele disse rindo.

-- Estou procurando um apartamento. -- O garoto arregalou os olhos e a fitou incrédulo.

-- Como?

-- Você pediu para eu te dizer uma novidade. -- Clarke disse rindo.

-- Vai nos abandonar? -- Ele perguntou e Clarke negou com a cabeça.

-- Não, seu bobo. Vocês são doidos, porém são minha família. -- Clarke disse. -- Eu só preciso da minha privacidade, sabe?

-- Tchuneves mais Kennedy? -- Monty perguntou e Clarke deu um tapa em seu braço rindo.

-- Outro nome?

-- Eu e o Jasper aumentamos. Eu falo:  Tchuneves e ele fala: Mais Kennedy, aí eu falo: I loves two you e ele fala: Forever's tonight.

-- Sabe que essas palavras não tem nexo, não é? -- Clarke perguntou rindo e Monty assentiu.

-- Enfim, vou sentir sua falta.

-- Awnn, ele sabe ser fofo. -- Clarke disse rindo, sendo interrompida pelo barulho da campainha. -- Está esperando alguém? -- Ela perguntou.

-- Não. Deve ser o Jasper que esqueceu a chave de novo. -- Monty disse e Clarke assentiu, se levantando e indo até a porta na ponta dos pés, afinal o chão estava frio.

-- Lexa? -- Clarke perguntou ao ver a garota parada do lado de fora, com um sorriso fraco nos lábios.

-- Posso, huh, entrar? -- Lexa perguntou fitando seus próprios pés e Clarke estranhou aquela ação.

-- Claro. Entre! -- Clarke disse, dando espaço para Lexa passar.

-- Me desculpa, Klórk? -- Lexa pediu baixinho, com a voz carregada de dor e Clarke olhou para Monty, quem assistia tudo preocupado.
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Duas palavras tristes de se dizer, mas necessárias: Reta final.