Capítulo 49

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Olá, pessoas que ainda acreditam e acompanham esta história! Quem é vivo sempre aparece, né non? Estou realmente assustada pelo tempo que demorei para atualziar aqui. Foi praticamente um ano! Eu realmente pensei que não conseguiria voltar para ela...não vou ficar aqui pedindo várias desculpas porque eu sou mesmo uma vergonha (sininho atrás de mim e uma voz falando Shame, shame) e estou com um bloqueio imenso nessa história. Mas diante do carinho de leitores, de ver gente favoritando e acompanhando, me deu forças para ir escrevendo, nem que fosse aos poucos.
Porém, desde o começo deste ano, eu decidi, em prol da minha paz mental mesmo, não me cobrar tanto assim nas coisas que preciso fazer. Mesmo assim ando tendo bastante coisa pra fazer. Além do aumento do fluxo de trabalho (dinheirinho sempre bom, né) estou retomando meus cosplays e ensaios, que tinham ficado parados por conta da pandemia. E também procurando me focar mais na produção das minhas histórias originais que sendo projetos de longo prazo e objetivo, me tomam uma maior dedicação. E como o tempo está passando rápido demais quando eu vejo, já passou demais.
Enfim...esse capítulo me deu um trabalho abismal porque ele ficou parado por meses até eu ir retomando a escrita deles aos poucos. Nesse período me veio um pouco de criatividade para alguns rumos nessa história então pode ser que ainda aconteça mais algumas coisinhas até o final.
Boa leitura e obrigada novamente pela paciência e por não desistirem da história!Sou imensamente grata por isso!

~*~

- O que acha de cometermos uma loucura?
Igraine encarou Cruello sem compreender, seu rosto á centímetros do dele.
- Do que está falando?
- Vamos embora daqui. Sumir, sem avisar ninguém. – ele sussurrou, olhando na direção da porta para se certificar que ninguém se aproximava.
- Como assim?!
- Me dê uns cinco dias, para eu acertar tudo. Vou te ligando e informando tudo. É melhor do que mensagens de texto, minimiza chances de rastreio.
- Mas eu não posso..e por que isso agora?
- Para termos um pouco de privacidade! - ele colocou ambas mãos na cintura. – Eu sei qual é o problema no nosso relacionamento. São eles!! Todos eles!
Cruello apontou freneticamente em direção a porta da cozinha, onde podiam ouvir claramente o falatório vindo da sala.
- Ninguém nos dá um momento de paz nesse carralho! – rosnou o rapaz. – Eu sei que sou Devil lindo, rico, estiloso, popular, talentoso e requisitado, mas não sei como é que pude atrair esse tanto de gente egocêntrica!
Igraine só o encarou, aturdida, com tamanha atitude de sonsice egocêntrica do rapaz. Preferiu nem retrucar, vai que era algum tipo de doença...
- Precisamos de um tempo para nós. – Cruello começou a dizer, enquanto andava pra lá e pra cá na pequena cozinha. – Não precisam ser muitos dias, alguns até porque não posso me ausentar muito da Devil's e da vida social que levo...mas posso conseguir alguns dias sim. O problema é com relação ao lugar...um lugar que possamos ficar somente nós, sem interferência de ninguém...
- Cruello...
- Não se preocupe, Igraine. Eu darei um jeito, eu sempre dou um jeito. Só preciso pensar estrategicamente...
Igraine suspirou, indo pegar um copo de água da garrafa sobre o aparador. Mal tinha enchido seu copo, Cruello arrancou a garrafa de suas mãos. Notou que o rapaz olhava demoradamente para o rótulo da garrafa, muito concentrado.
- ...é isso!
- Isso o quê?
- Deixe tudo comigo. – ele tornou a colocar a garrafa sobre o aparador. – Ainda que seja apenas temporário, farei com que possamos ficar livres de todas as pessoas que nos rodeiam! Não fale nada a ninguém, ninguém mesmo! Eu vou planejar tudo e vou te informando.
Igraine notou um estranho brilho surgindo nos olhos azuis do rapaz. Cruello parecia confiante e decidido, mas o fato de não estar entendendo nada a deixou intrigada.
- E não pode...me adiantar o que...tem em mente?
- Não! As paredes tem ouvidos e já muita gente aqui, poderão nos ouvir. – ele se aproximou, sussurrando. – Não fale nada sobre essa conversa que tivemos, a ninguém. Tem que prometer!
Em qualquer outra situação, Igraine acharia aquilo um pouco estranho, mas vindo de Cruello era bem mais estranho. Entretanto, sentia-se tão exausta e irritada, que a possibilidade de se ver livre de todo aquele caos que acontecia na sua vida nos últimos dias por culpa das pessoas que, embora gostasse e amasse, a estavam estressando e cansando demais nos últimos dias, parecia ser uma esperança convidativa.
- Está bem.
Um sorriso surgiu no rosto de Cruello e Igraine viu o quão bonito ele ficava quando sorria também, ainda que o sorriso dele sempre tivesse um resquício de orgulho. Ele então estendeu a mão para a Igraine.
- Aperte minha mão.
- ...por quê?
- Para assim formalizarmos a promessa.
Igraine fez uma careta mas aceitou. Pensou, por um momento, que Cruello a puxaria para si, seguraria sua cabeça com uma das mãos e lhe daria um beijo cheio de paixão e luxúria, como naquelas novelas românticas brasileiras que costumava assistir. Mas em vez disso, ele continuou segurando-a pela mão e a induziu a acompanhá-lo de volta para a sala.
Por um estranho momento, Igraine teve a sensação (e o pensamento) de que o fato de ter apertado a mão de Cruello de uma forma de trato profissional parecia que havia acabado de selar uma espécie de pacto.

"Pacto com um Devil...Irônico."

The Cruel BeautyOnde histórias criam vida. Descubra agora