Capítulo 50

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Olá leitores!
Dessa vez não demorei tanto para atualizar a fic como das outras vezes. O motivo é que eu tinha uma parte deste capítulo já escrito na época que escrevi o capítulo anterior. Mas isso não significa que foi um capítulo fácil de escrever: estando meio bloqueada com essa fic há mais de ano, cada novo capítulo que tenho de escrever é muito trabalhoso e cansativo, o que me faz protelar muito para dar prosseguimento a escrita dela. E por isso que já posso anunciar aqui que a fic finalmente está chegando em seus momentos finais. Talvez reste mais um ou dois capítulos para a história ser finalizada!
Eu até tinha tido algumas ideias leves para continuar mas simplesmente descartei porque essa história já se estendeu por tempo demais e eu preciso findá-la para focar em outros projetos literários. Mas prometo fazer o meu melhor nessa reta final para entregar algo legal á vocês!
Enfim, curtam o capítulo!

~*~

- O que pensa que está fazendo?!
Cruello conhecia muito bem aquela voz e, ao ouvi-la foi como se todo o calor do seu corpo evaporasse. Ele permaneceu estático por alguns segundos, acreditando que ainda não despertara direito. Mas a voz repetira a pergunta e ele reuniu coragem para abrir os olhos.
Não era possível.
Mas ela estava ali. Exatamente como a via na época em que desfilava na Devil's e conduzia a empresa com sua mão de ferro enluvada.
Cruella Devil.
O rapaz se ergueu lentamente, sentando-se no sofá, estático.
- O que foi? – a voz da mulher o fez ter certeza de que não era uma miragem. – Que cara de assustado é essa? Parece que viu um fantasma!
Ele franziu as sobrancelhas.
- O que você está fazendo? – Cruella olhou para a mesa com embalagens vazias de comida e partes de roupa espalhadas no chão. – Que deselegância! Parece que você regrediu aos seus tempos de rebeldia a negar sua linhagem!
Cruello estava se sentindo zonzo e talvez aquilo fosse a consciência de que estava dentro de seu próprio sonho. Já tinha assistido um filme ou lido um livro assim, não se lembrava.
- O que está acontecendo com você, Christian?
Ele esfregou os olhos e olhou para frente, sentindo seu corpo arrepiar. Sim, ela estava mesmo ali. Fez o sinal da cruz mas em seguida recebeu um tapa na mão vindo da piteira que Cruella Devil segurava.
- O que pensa que está fazendo, seu energúmeno?!
- Ai! Me...benzendo...?
- Você é um Devil! Um DEVIL! – Cruella bateu na cabeça dele com a piteira. - Não entende que um DEVIL não fica fazendo sinais cristãos? Isso é blasfêmia com o nome e a linhagem da nossa família! Muitos antepassados nossos foram perseguidos pela Igreja e até mesmo queimados na fogueira ou decapitados na guilhotina!
- Que eu saiba, com base no que a senhora me fez ler sobre a linhagem e história da família Devil, alguns antepassados foram perseguidos por cometerem desacatos e fomentarem revoltas e não por terem o sobrenome Devil...
- Cale-se! Eu não posso ficar perdendo o tempo que ganhei, para ficar te ensinando sobre a história da família Devil! Eu estou aqui por outro motivo!
- Me...assombrar?
- Acha que eu sou um espírito obssessor que veio te assombrar?
Cruello pensou em responder "sim" mas se conteve. Na verdade, toda aquela situação era estranha e não sabia se o arrepio e o frio na barriga que estava tendo era por ver Cruella Devil ou se era porque estava vendo Cruella Devil na forma de um espírito. Se ela em vida já o assustava, em morte então...
- T-tia... – começou, a voz um pouco fina. – O que...o que a senhora está fazendo aqui?
- Óbvio que estou aqui para lhe dar uma bronca E não se faça de desentendido! – ela apontou a piteira ameaçadoramente para ele. – Como você pôde...um Devil, o último da linhagem mais pura da família...se enrabichando por uma mera Radcliffe! Neta daquele estropício do Ronald!
-...acho que é Roger o nome dele...
- Dá no mesmo! Me diga que você só está passando o tempo com essa moça, aproveitando para saciar algum tipo de fetiche e que depois vai voltar a sanidade e se portar como um Devil!
Silêncio. Cruello encarou Cruella, que o encarou de volta.
- Não me diga que...
- T-tia...veja b-bem... – Cruello gesticulou, tentando forçar o típico sorriso. – É preciso que a sen...a senho-ora entenda o contexto que...
- VOCÊ SE APAIXONOU DE VERDADE POR ELA?!
Cruello Devil nunca pensou que uma agressão física vinda de uma entidade sem corpo físico fosse capaz de realmente causar algum dano no corpo físico de alguém. Mas se aquilo fosse real ou não, estava doendo. Cada bordoada, tapa e golpe de piteira desferido por Cruella Devil e que ele tentava inutilmente evitar rolando pelo sofá e protegendo suas partes mais vulneráveis
- Vergonha! Desgraça! Humilhação pra toda sua raça! Ofensa! Atroz! Não será mais um de nós! Um Devil!
- Desculpa tiaaaa! – ele deixou escapar com um choramingo. – Não foi minha intenção, mas aconteceu! Eu não tenho culpa...
- Claro que tem culpa! Droga! – Cruella praguejou, se afastando. – Meu tempo acabou por enquanto. Mas não pense que irei parar de te assombrar! Eu voltarei. Eu voltarei...

The Cruel BeautyOnde histórias criam vida. Descubra agora