Part 37

315 46 9
                                    

- A direita se encontra o refeitório que só pode ser usado das seis às sete, o café é servido às oito, almoço as uma e a janta seis e meia, não se atrasar caso ao contrario será uma marca em seu registro. O jardim só pode ser usado das oito às cinco e o toque de recolher é às nove, você dividirá o quarto com outra pessoa, e sem conflitos. Não irei repetir.

Meredith tentava acompanhar o que a diretora do local falava, olhando cada parte da linda e enorme casa rústica na qual passaria seus próximos quatro meses. A mulher abriu a porta fazendo Meredith se deparar com o seu mais novo "quarto", uma parte já ocupada, com alguns pôster na parede, junto a algumas fotos, e do outro lado sua possível cama e o seu possível canto do quarto. A loira silenciosamente caminhou até a parte crua do quarto, colocando a sua mala em cima da cama e olhando pela janela que havia no meio da parede vendo outras pessoas no jardim junto a alguns guardas em pequenas brechas para fuga, aquela era a sua vida agora, e depois? Depois ela pensaria no que fazer.

Enquanto ela desocupava sua mala guardando as suas roupas nas últimas duas gavetas da cômoda, notou a presença de uma menina ali a fazendo encará-la durante um tempo. A garota de cabelos longos e pretos deu um sorriso esticando a mão em forma de cumprimento o que logo Meredith repetiu.

- Prazer, me chamo Dora e pelo o que parece você é a minha nova colega de quarto.

- Me chamo Meredith.

A loira disse com um sorriso no rosto, que foi acompanhado por Dora que se sentou em sua cama observando a garota ainda arrumando as suas coisas. Meredith não se sentiu incomodada com o par de olhos azuis a encarando, até havia gostado da simpatia da sua colega de quarto, leve e até amigável.

- Vai ficar aqui durante quanto tempo?

- Quatro meses.

- Uau, é uma ótima sentença!

- Você acha?

- Claro, se eu não me engano você é a única que tem uma sentença tão baixa. A maioria do pessoal aqui estão de um a seis anos.

- E você?

- Três anos, completo um ano que estou aqui mês que vem - Meredith assentiu compreendendo a fala da garota - Já conheceu a senhora Bailey?

- A diretora?

- Essa mesmo. Não ligue para as regras idiotas dela, e nem para as ameaças. Também não se assuste, durante o tempo você se acostuma com tudo e com todos. Vem, vou te mostrar a casa.

Meredith fechou a sua mala a guardando debaixo da cama antes de seguir Dora pelo o longo corredor, a menina mostrou cada parte da enorme casa inclusive o jardim aonde outras pessoas se encontravam tanto homens quanto mulheres, alguns olhavam torto para Meredith, outros sorriam e acenavam para a loira que respondia com um sorriso meio forçado. Não queria criar laços com ninguém ali, não queria estar ali, mas precisava estar ali para poder ter um futuro melhor, e sem dor.

- Essas são, Beatriz, Anastasia e Laura. Essa é Meredith, a nova transferida.

- Olá, Meredith. É um prazer conhecê-la.

- Igualmente.

A loira se sentou ali assim que Laura a puxou pelo o braço, em uma forma de se enturmar e até mesmo se sentir "em casa." Apenas aquilo fez Meredith ficar parcialmente melhor. No outro lado da cidade, Richard dirigia até o apartamento de Charlotte, junto ao mandado de busca no local e a possível leva da garota, estava seguindo a intuição de um garoto de onze anos e se julgava se aquilo era o mais correto a se fazer.

O homem moreno bateu duas vezes na porta de madeira escura, escutando passos afobados vindo de dentro do cômodo e logo a suspeita abriu a porta com uma expressão vivida e claramente muito bem. Charlotte franziu o cenho assim que viu o delegado e seu comparsa logo atrás.

- Pois não?

- Charlotte King?

- Sou eu mesma, algum problema?

- Somos do distrito quatorze e temos um mandado de busca e apreensão em sua residência.

- Como?

- Poderia nos dar licença por favor?

Charlotte decidiu não interferir e não discutir sobre, apenas abrindo a porta do apartamento e dando passagem para que os dois policiais entrassem. Eles observaram tudo, mas foram interrompidos pela mulher assim que tentaram abrir a porta do quarto de sua mãe.

- Vocês não podem entrar aqui, minha mãe tem imunidade baixa e qualquer contato pode ser perigoso para ela.

- Então porque ela está no seu apartamento e não em um hospital? - o companheiro de Richard disse abrindo a porta e confirmando que realmente havia uma senhora de idade respirando com aparelhos médicos enquanto ouvia o som dos seus batimentos cardíacos por uma máquina típica de um hospital.

Revistaram aquele quarto com cuidado e silêncio, não querendo atrapalhar a mãe da mulher que parecia cansada mesmo dormindo. Realmente não acharam nada no momento que pudesse ser uma prova contra o roubo, mas não se deram por vencido naquele momento. Enquanto Richard chamava Charlotte para um interrogatório não oficial, Alison terminava de vasculhar cada canto daquele apartamento parcialmente pequeno.

- Certo, senhorita King, no que trabalha?

- Sou arquiteta.

- Arquiteta? Uau, um ótima profissão não? Sabe o porque estamos aqui?

- Óbvio que não.

- Certo, a senhorita está sendo acusada de clonagem e roubo de grande porte, e já imagino que você saiba quem te acusou disso, não é?

- Clonagem e roubo? Céus porque eu perderia o meu tempo fazendo isso? E não, não sei quem está me acusando disso - Richard pegou o momento perfeito em que Charlotte tremeu ao relatar aquilo. capturando os movimentos dos olhos da mulher, tendo a quase certeza que ela estava mentindo sobre.

- Addison Montgomery, conhece esse nome?

 - Addison? Minha ex? Sério que ela está me acusando disso? Eu estava com ela no dia que foi roubada, não foi eu.

- É o que cada golpista e culpado fala senhorita, King.

- Senhor Webber, eu encontrei isso - Alison levantou uma caixa meio e claramente suspeita, o delegado apenas assentiu se levantado também e indo conferir a tal caixa, viu alguns recibos de tais fábricas junto a um laptop que parecia parcialmente novo.

- Pode embrulhar, iremos levar conosco. Senhorita King, você vira comigo.

- O que?! Eu não posso deixar a minha mãe aqui sozinha. 

- Não seja por isso, senhorita, irei mandar paramédicos assim eles podem fazer devidos cuidados enquanto a senhorita estará comigo. Não complique mais as coisas, por favor.

Depois de reunir toda a coragem que lhe restava, Lauren tocou o interfone da grande mansão Montgomery, se identificando e a sua passagem logo sendo liberada. Encontrou a sua ex namorada ali junto as suas amigas, mas olhou fixamente para Addison, o que ela tinha que resolver ali era justamente com Addison, ela respirou fundo, antes de encarar todas, que a olhavam surpresa pela presença não esperada.

- Eu... eu preciso contar algo a vocês.

𝙻𝚎𝚝𝚛𝚊𝚜 - 𝐌𝐞𝐝𝐝𝐢𝐬𝐨𝐧Onde histórias criam vida. Descubra agora