A Second Beginning by Sannikex

Capítulo 3

A Second Beginning

Escrito por Sannikex

Traduzido por MacRusachainn

—Mãe, dá pra você parar de pirar? —James perguntou exasperado enquanto ela ajustava a mesa ligeiramente pela trigésima vez.

Ela correu desde a hora do almoço para deixar tudo pronto. Ela tinha aspirado, espanado e esfregado todo o chão, fez os preparativos para o jantar antes de correr para o chuveiro e depois passou uma grande parte do tempo escolhendo o que vestir.

O vestido azul escuro parecia uma boa escolha, não muito chique, mas com bastante barulho para não parecer algo que você usasse pela casa. Ela jurava que não tinha saído do armário uma vez sequer. Tinha sido uma compra por impulso na última vez que ela foi fazer compras com Hermione, que a empurrou e disse que era lindo com seu cabelo. 

Cabelo esse que Gina tentou domar um pouco para essa noite, escovando-o para trás e prendendo, mas sempre havia alguns pedaços teimosos que se recusavam a ficar no lugar que caía ao redor de seu rosto. Ela raramente se preocupava com maquiagem, mas tinha polvilhado sua pele pálida com um pouco de blush e um pouco de rímel.

Então ela correu para pôr a mesa e terminar os preparativos do jantar. Agora ela estava apenas andando nervosamente, mexendo nas coisas, pegando-as e colocando-as no lugar errado. Ela estava se comportando como se isso fosse um encontro e ela sabia que era ridículo. Ela e Draco eram... amigos hesitantes. No melhor. Ela o conheceu duas vezes desde Hogwarts agora e embora ela pudesse garantir que ele mudou muito, ela ainda estava surpresa com o quão imediata, quão violenta, a atração tinha sido. Será que aquilo sempre esteve lá?

Pensando em seus dias de escola, ela teve que admitir que estava mais do que um pouco atraída pelo garoto que ele tinha sido. Principalmente por causa de sua aparência, que era inegável, lembrou-se ela ao ver como Score era impressionante. Quase como uma borboleta, Draco saiu do casulo de garoto baixinho, pontudo e magro para emergir alto, ágil e com um rosto que parecia algo entre arcanjo e um príncipe cafajeste. Havia algo definitivamente atemporal na elegância da estrutura óssea, nas maçãs do rosto salientes e profundas cavidades de suas bochechas, na forma forte do capuz de seu olho e na linha afiada de sua mandíbula.

Ao recordá-lo, ela tinha certeza de que faria o coração de uma senhora do século XVIII palpitar tão seguramente quanto fazia o de qualquer colegial. Ela se lembrava de ter ficado vagamente irritada com isso, incomodada que alguém tão mesquinho pudesse ter um rosto mais adequado para a capa de um romance ou uma pintura antiga. 

Incomodado que ele fez seu coração gaguejar, puramente de hormônios, é claro. Enfurecido, ele tinha lábios perfeitos, salvos da feminilidade por seu conjunto, e desperdiçados em um rosto que os usava apenas para zombar. Mesmo que tivesse sido um inferno de um escárnio sexy.

Irritado que ele tinha olhos que eram de um tom de cinza incrivelmente escuro para sua pele e porque eles pareciam ter profundidades escondidas atrás deles. As profundezas que qualquer mulher seria tentada a fazer qualquer coisa para entender, para ter o privilégio de conhecer a dor que todos tinham certeza que estaria lá. 

Não havia nada tão eficaz sobre os hormônios femininos da adolescência quanto uma ferida percebida escondida por uma atitude de bad boy. Mas ela conseguiu ignorar tudo isso porque ele tinha sido um pequeno idiota com seus amigos.

Essa defesa pegou fogo quando ela viu o cuidado e o amor que ele tinha por seu filho, pelo lar que ele havia criado para ele, pelo relacionamento fácil que só poderia vir de ele ser um ótimo pai. Gina sabia que sua atração estava escalando alturas desconhecidas em velocidade recorde, mas não conseguia diminuir o ritmo.