Omega in Danger ( Tomarry)

Harry Potter

Harry estava escondido dentro de uma caixa metálica em seu dormitório, ele se trancou ali quando começou a sentir as reações de seu cio, ele não poderia ser tocado por nenhum alfa, mesmo que seus amigos alfas pudessem ajudar ele a passar pela crise como os outros, ele tinha medo das reações de seus pais. 

Não, ele não podia se deixar ser tocado em hipótese alguma, tudo era uma confusão na cabeça do menino, ele em desespero, com medo de que ele mesmo tentasse sair da caixa metálica, quebrou a própria varinha, para que assim ele não tivesse como fugir. 

Um ato impensável, algo que ele não deveria ter feito, pois se a escola fosse esvaziada, quem iria encontra-lo ali? claro, gemendo de dor e entrando em desespero pelo cio, ele não pensou nisso. 

Sua febre começou a se instalar com certa violência em seu corpo, ele começou a delirar e a deixar a consciência, Harry Potter morreria naquela caixa se não fosse encontrado. 

"Mas quem sabe assim meus pais se orgulhem de mim, eu não deixei ninguém me tocar." — Pensou ao sentir um tremor ainda mais forte em seu corpo, a febre ja estava a quase quarenta e cinco graus. 

Dentro do castelo os comensais começaram a andar em torno dos omegas, seus cheiros fortes faziam a maioria se acalmar, não era o suficiente, mas era algo que causava alivio, Minerva parecia ter ganhado mais fios brancos em seus cabelos devido a preocupação extrema com a qual se encontrava.

Severo lutava inutilmente com os quadros do castelo, algum deles tinha que ter visto Harry, mas não ninguém havia visto o menino, foi quando uma ordem foi dada, o castelo deveria ser esvaziado. 

Tom Riddle o enigma do ministério descobriu qual poção tinha sido usada logo apos uma conversa com sua mãe. 

— Poção antiga, usada em períodos medievais para fazer os omegas obedecerem, alguém tentou capturar um omega e errou na potencialização Tom, eu sei do que estou falando. — Mérope falou um tanto indignada. — Quem fez isso queria fazer um omega sofrer, a poção só perde efeito quando o omega for marcado. 

— Tem uma poção pra reverter isso minha dama? — Tom inqueriu dando um sorriso afetuoso para Mérope, ele podia ser mal humorado na maioria das vezes, mas nunca era com sua mãe, ele a amava a cima de qualquer coisa. 

— Sim, vou trabalhar nela, mas creio que só vai estar pronta pela manhã, vai achar o garoto perdido, eu cuido da poção, eu sei que você é um ótimo caçador meu amado filho. 

Tom com as palavras doces de sua mãe a abraçou e podia sentir os feromonios da beta, ela que sempre esteve ao seu lado quando seu pai veio a falecer, ela que trabalhou duro em meio a pobreza e a miséria para criar seu filho, tinha agora o abraço reconfortante de seu filho. 

Tom não foi visto entrando no castelo, mas ele tinha passe livre, como um fantasma surgiu ao lado de Minerva, seus olhos vermelhos captavam o caos. 

— Minha mãe a dama das trevas está fazendo uma poção para curar os omegas, ela sabe o que fazer, tentem acalmar os omegas até de manhã, outra coisa minha mãe me explicou que a febre só vai passar com remédios trouxas, não adianta entupirem os jovens com poções. 

— Enigma? eu me assustei, mas vou pedir para a professora Twix de estudo dos trouxas conseguir os remédios, obrigada... — Minerva olhou diretamente para os rubis de Tom, seus olhos vermelhos eram uma qualidade unica, denunciava o uso de magia das trevas e também sua redenção. — Parece que foi ontem que eu estava lhe dando aula de transfiguração Tom. 

— Ah, mas eu aprendi direitinho, me orgulho de ter tido os melhores professores de Hogwarts como meus mestres. — Tom sorriu meigo pra ela, pegou sua mão direita e depositou um beijo no nas costas de sua mão. 

Minerva riu sem graça com o cortejo de seu ex aluno, novamente ela lançava o olhar preocupado para os omegas que gemiam de dor. 

Todos tinham o mesmo nível de preocupação, antes que ela pudesse dizer alguma coisa seu aluno ja tinha desaparecido de seu campo de visão. 

Tom tinha agora um objetivo, achar Harry Potter, que em sua percepção deveria estar sendo torturado por algum monstro, mas é claro que ele precisaria rastrear o garoto, para isso seria necessário uma peça de roupa ou até mesmo os lençóis de sua cama. 

O bruxo alfa de olhos vermelhos nunca tinha entrado na casa da grifinoria e até se surpreendeu com a decoração do lugar, de acordo com as informações que tinha o menino ficava em um dormitório isolado dos outros, era o ultimo quarto. 

Não teve a mínima dificuldade de achar o quarto, mas antes de chegar a porta, sentiu o cheiro forte dos feromonios do omega, prendeu a respiração por alguns momentos e com toda a força de vontade que tinha entrou dentro do quarto, a caixa metálica estava ao lado de sua cama, tinha alguns furinhos na lateral para que o jovem respirasse. 

Ao tentar abri-la notou que estava trancada com feitiço, ele não teve dificuldades com isso, apenas abriu a caixa, assim que abriu, viu o garoto totalmente molhado de suor, sua varinha quebrada próximo as suas mãos e agora podia escutar os gemidos e os dentes batendo de frio causado pela febre extrema. 

— Por Merlin... — Murmurou ao ver o pobre omega. — Sentindo seus instintos de alfa, ele carregou o garoto e pretendia leva-lo até Snape.

Mas assim que colocou seu cheiro acima do de Harry fazendo a dor recuar minimamente ele escutou o sussurro sôfrego do mais novo. 

— Me coloca na caixa... por favor... meus pais... eles... eles... vão me bater se souberem que um alfa me tocou... — Ao tentar dar o aviso, lagrimas saíram de seus olhos, como se previsse que o pior estava por vir. 

— Seus pais te batem? — Tom inqueriu serio. 

— O tempo todo... eles não querem que... — Harry não concluiu sua fala e acabou por desmaiar nos braços de Tom. 

O garoto nem ao menos tinha consciência do que estava acontecendo a sua volta, tudo o que ele sabia era que esse era o pior cio que ja tinha vivido em toda a sua existência.