Omega in Danger ( Tomarry)

Alfa e Omega

Harry abriu os olhos lentamente, sem vontade de ver as coisas ao redor, seu medo pelo que seus pais fariam quando descobrissem agora tomava conta de todo o seu ser. 

A menos de uma semana ele se lembrava de ter ido passar um feriado bobo na casa dos pais e lá tinha sido agredido, apenas pelo fato de que sua amiga Luna o tinha abraçado, ela era uma alfa, destinada a Hermione, mas isso não impediu que seus pais o agredissem por ele estar com o cheiro da alfa em suas roupas. 

— Onde estou? — Questionou a cerca da luminosidade estranha do quarto, o clima um pouco fria também era bem diferente do clima do seu dormitório. 

— Não precisa saber ainda, mas eu preciso saber o motivo de estar dentro de uma caixa metálica, é uma situação de emergência Harry, podia ter morrido se eu não te encontrasse. — Tom usou seu melhor argumento e sua voz era suave. 

— me sequestrou... meus pais vão me achar e vão me bater de novo... — Murmurou sentindo um bolo se formar em sua garganta, seu corpo estremeceu e logo se encolheu um pouco mais. 

— Calma. — Tom fez aparecer mais um cobertor na cama, abraçou mais forte o mais novo. — Agora tome um remédio pra febre, sabe o que aconteceu no castelo? 

— Hn... Não, eu me lembro de que todos começaram a entrar no cio, depois eu me escondi... — Harry sentiu uma onda de adrenalina passar por seu corpo, um frio incomum na barriga e se encolheu mais ainda, buscando o conforto do corpo do mais velho. 

— Aqui. — Tom mostrou o vidrinho de remédio pra febre. — Abra a boca, o gosto é horrível, mas serão apenas algumas gotas tudo bem? — Sorriu em meio as palavras e somente naquele momento seus olhos cruzaram. 

Os olhos verdes e vivos de Harry agora se prendiam aos olhos vermelhos de Tom, vermelhos como uma pedra de rubi, naquele olhar, ambos sentiram seus alertas em seus corpos, o alfa de Tom rosnou, o ômega de Harry soltou um um ronronado, ambos se reconheciam como destinados, o alfa e o ômega deles agora faziam uma conexão entre eles, fazendo com que ambos soltassem lagrimas solitárias e ao mesmo tempo felizes. 

— Meu destino então se prende a um garoto... — Tom comentou sorrindo, sentindo seu alfa interior rugir em desespero. — Por isso senti seu cheiro, por isso precisei de muita força de vontade para não te marcar ainda dentro do castelo. 

— precisa me levar de volta, meus pais vão me castigar se souberem que achei meu alfa... — Harry despejou mais algumas lagrimas, mas não de felicidade por encontrar seu destinado e sim de medo pelo que seus pais poderiam fazer com ele. 

— Quantos anos tem? — Tom inqueriu serio. 

— dezessete... 

— Bom, agora vamos lá, abra a boca, a febre deu uma acalmada, mas ela vai retornar com força total. — Tom segurou o queixo do mais novo e começou a pingar as gotas em sua boca. 

O sabor era realmente horrível, Harry fez uma careta o que levou Tom a sorrir caridoso pra ele, embora o remédio fosse ruim era necessário. 

— Isso muito bem Harry. — Tom guardou o pequeno frasco, sabia que logo iria ter que fazer ele beber mais algumas gotas. — Agora veja bem, no mundo bruxo temos algumas leis bem severas onde antes dos dezoito anos todos são proibidos de saírem de perto de seus pais, então acredito que vai ter que voltar pra eles. — Tom viu o olhar amedrontado do mais novo, ele sabia que estava fedendo a alfa. 

— Claro... eles vão me bater muito... 

— Não vão, tem outra lei, que diz ser sagrado o encontro dos destinados, sejam eles alfas betas e ômegas e que o menor de idade se torna responsabilidade de seu destinado se o outro for mais velho. — Tom explicou com um sorriso leve nos lábios, viu o menor se encolher em seus braços. 

— Meus pais... eles disseram que me matariam, que preferiam ter o filho morto do que envolvido com um monstro, mas na profecia não dizia que eu encontraria um monstro oportunista e ganancioso, dizia apenas que encontraria meu alfa e seria levado... — Harry olhou novamente ao redor. — Eles tem medo de alguém se apossar da fortuna deles ja que sou o único herdeiro. 

— Não quero a fortuna dos Potter, tenho a minha própria, não sabe quem sou não é mesmo? — tom riu um pouco do rosto confuso de seu ômega. — Íamos ter nosso encontro de um jeito ou de outro, segunda feira eu iria a Hogwarts aplicar os exames do N.I.E.M, me chamo Tom Riddle, o enigma do ministério, captor de bruxos das trevas. 

A boca de Harry se abriu e fechou varias vezes, parecia ter visto um fantasma, poucas pessoas tinham visto o enigma, na verdade esse era o motivo real de ele ter ganhado esse apelido, agora descobria que seu destinado era o homem mais poderoso e temido do mundo bruxo. 

— Você... — Murmurou sentindo uma onda de dor e queimação percorrer seu corpo, a presença do alfa estava ajudando ele a se acalmar, porem ele ainda sim sentia as dores em seu corpo. — Argh... isso dói... 

— Vai passar, sabia que os alfas também entram no cio? — Tom tentou mudar um pouco o rumo da conversa, mas não conseguia desprender seus olhos vermelhos daquele par de esmeraldas cintilantes. 

— Sabia... mas acho que vocês não sofrem como nós... 

— Errado, sofremos na mesma proporção, se não temos o destinado ao nosso lado, ou se não sabemos como manter a calma, podemos ser destrutivos e sair marcando a esmo. 

Tom apertou um pouco mais o jovem em seus braços, deixou seu cheiro ficar ainda mais forte e viu o mais novo puxar o ar com satisfação. 

A verdade era a primeira vez que um alfa acalmava o cio de Harry, não, ele não estava apanhando e sendo obrigado a se esconder dentro de uma caixa metálica, assim como não estava sendo entupido de poção inibidora ou poção que fazia seu cheiro ser de um beta.