Aviso Sério Sobre Essa História

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Há um tempo atrás, durante as férias, conheci um garoto um pouco mais jovem do que eu. Eu encontrei ele pela primeira vez jogando pedrinhas na água do oceano. O dia estava encantador, soprando a brisa forte da Califórnia e a luz do sol trazia calor para minha pele.

-Você sabe que isso não vai pular, né?

-Eu só tenho o mar e pedras. Não tem mais nada para fazer com os dois a não ser testar a sorte.

-Ok, eu acho... Eu sou Madara. Madara Uchiha.

-Eu sou o Itama.

-Seu cabelo é engraçado.

-O seu também.

Ele sempre tinha uma forma ambígua de me responder. Eu já o havia questionado sobre isso, mas ele apenas me respondeu que todo mundo era assim, pelo menos com ele. Contudo era amigável e parecia se importar comigo. Uma vez, apareci com um hematoma no meu braço, que já estava ficando enorme. Eu tampouco me importava com o meu machucado, porque ele parecia até um hematoma de pancada na porta ou algo do mesmo tipo.

-Como conseguiu isso?

-Bom... O meu pai estava sem paciência para querer ouvir alguma coisa minha.

-Como assim?

-Eu posso ser bem tagarela e intenso, e ele estava sem paciência para mim.

-Meu pai é policial, ele poderia ensinar o seu pai a ter paciência.

-Haha! É complicado... A lei faz parecer fácil, mas existe muito além do que apontar o que está errado e esperar que concertem.

-Pode até ser, mas eu acho que devia ser mais simples.

-Ha! Como se você fosse alguém para falar isso!

-Ah, cala boca!

-Hahaha!

Parecia que todo dia eu voltava com uma resposta, mas ele tinha mais de mil delas, e então, me deixava com perguntas. Eu gostava dessa dinâmica, afinal, ele me escutava melhor do que ninguém. Entretanto teve aquele dia que ele me fez uma pergunta, e tudo mudou.

-Madara, vamos fugir juntos?

-Uhn...? O quê?! Como assim?!

-Você já me questionou sobre amor, sobre felicidade, sobre tudo! Vamos fugir de tudo e criar um mundo juntos!

Eu tentei argumentar, eu tentei falar algo sobre, mas ele sempre parecia saber dizer algo para me convencer. Eu lhe perguntei se havia algo de errado com ele ou se tinha algum problema para me falar, porém sempre tinha um jeito dele desviar do assunto.

-Por favor, não me obriga à isso.

-Madara, é o que você quer. Você mesmo está fazendo isso.

No fim, eu concordei.

No final daquele dia, eu havia arrumado o básico e estava saindo de casa à noite, indo à praia como ponto de encontro para simplesmente fugirmos. Quando cheguei, o vi de costas encarando o mar, de pé, observando a lua e as estrelas.

Eu não sabia de nada direito, não sabia nem se o que eu tinha na mochila seria o suficiente para sobreviver

Depois disso, eu não me lembro exatamente dos detalhes. Eu acho que é minha cabeça tentando me proteger, mas no segundo que tomei conta...

Itama estava em minha frente, com um buraco atravessando sua cabeça, com os olhos já completamente paralisados. Meus ouvidos zumbiam alto por uma bala ter sido disparada bem do meu lado. Alguém segurava forte meu ombro, e quando fui quem era.

A Alegria De Viver Com Alguém (HashiMada)Onde histórias criam vida. Descubra agora