XXXII: Dona do gatilho.

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暗い//Akane Pov//暗い

Aqui neste lugar novamente, um silêncio desesperador e de esvaziar o cérebro.

Eu gosto.

Esse lugar no meu subconsciente que me permite, durante o sono, me desligar de tudo. É algo que o fato de ter Dream me proporciona.

Até onde sei descobrir esse lugar precisa de tempo, e não é algo que eu possa ensinar Izuku a fazer, ele precisa encontrar por si mesmo. Só aí podemos compartilhar informações sobre... A "casinha" dos nossos amigos fantasmagóricos.

─ Oh! Aqui novamente, senhorita Akane? - Dream pergunta, adentrando no cômodo completamente branco, um branco vazio.

─ Sim, gosto daqui. Meu sono não costuma ser longo, mas aqui faz parecer. - Respondo calmamente.

─ Fico feliz em saber que gosta do meu aposento diário. Chá? - Pergunta em seguida.

Ela serve enquanto eu passo novamente a página daquele livro intrigante que por algum motivo, Dream tem aos montes.

Eu pego uma das xícaras, decoradas minimamente com rosas azuis se destacando no branco do próprio objeto.

─ Oh esse aí Nightmare me emprestou, falando nisso ele vai ficar furioso se eu não devolver a tempo! - Ela diz com um tom divertido e se juntando a mim no único móvel daquele lugar, um sofá de tamanho perfeito, escuro o suficiente pra se destacar no lugar.

Dream não usava suas vestes usuais, vestidos lindos e delicados, sapatinhos que pareciam vir de um filme fantasioso. Estava com pijamas, uma blusa de mangas longas azul e uma calça que parecia grande para ela, da mesma cor.

Seu cabelo preso em um coque bem feito no alto da sua cabeça.

Mas algo me intriga nisso.

─ A cada tempo que se passa, Dream, a acho mais diferente de mim... Fisicamente é claro. - Digo a olhando nos olhos. - O chá está muito bom por sinal.

─ Ah que bom que gostou, bem sobre isso. Eu e Nighty sempre estamos desenvolvendo uma personalidade própria, já que a convivência com humanos nos permite adquirir emoções. No entanto vocês também estão se desenvolvendo a partir do que apresentamos a vocês.

Eu balanço minha cabeça no intuito de faze-la continuar. Isso é deveras interessante.

─ Sermos iguais é nada mais e nada menos que um significado a parte, somos uma parte de vocês e enquanto vão evoluindo, essa parte volta a ser de vocês, uma parte de seu organismo.

─ E o que acontece com você quando essa "transferência" é concluída?

─ Nada! Haha, eu só vou descobrir minha nova forma! Muito ansiosa pela sua emancipação, Senhorita Akane!

Ela diz flutuando em minha frente com um tom um tanto quanto feliz na sua voz.

─ É muito interessante ver uma figura parecida comigo se expressar tão bem... É reconfortante. - Digo encarando o fundo da xícara quase vazia.

─ Bem, se formos comparar com seu passado, essa Akane - ela diz apontando pro reflexo na xícara- está bem evoluída. Tudo é questão de tempo, e você usa esse tempo muito bem!

"𝑴𝒆𝒖 𝒏𝒐𝒎𝒆 é 𝒂 𝑽𝒆𝒓𝒅𝒂𝒅𝒆" - Uma Jornada DiferenteOnde histórias criam vida. Descubra agora