Greece painting

360 25 36
                                    

Boa noite e boa sexta-feira para todos.
Eu gostaria de pedir para que votem e comente muito, me sinto exausta e desanimada para escrever, e isso porque já não o faço com muita frequência. Espero que gostem.

...................................................................................

Joshua's POV

QUE MERDA! As vezes dá vontade de me jogar no lixo. É incrível como eu consigo estragar tudo. Consegui arruinar o melhor negócio que conseguiria esse ano.
Peguei minha moto e saí dirigindo por ai. Foda-se que são 4 da manhã e sequer sei onde vou, preciso relaxar e não vai ser uma oferecida qualquer que vai me ajudar a fazer isso. 50. 60. 70. 80... 120 quilômetros por hora. O vento esvoaçava meus fios, arreganhava minha jaqueta e batia contra minha pele gélida, me passando liberdade. Não sabia onde ia, só seguia a estrada vazia de uma via qualquer que, aparentemente, não é usada com frequência. Vi uma floresta e pensei "porque não? É calmo e definitivamente deve ser ótimo para relaxar por ali".

Desci e encostei a moto no suporte, logo me enfiando no meio das árvores espessas e me perdendo naquele paraíso de paz. A sensação de liberdade que eu sentia antes não é nada comparada à que sinto agora... Me embrenhava cada vez mais dentro daquele lugar, algo me chamava a não parar por ali, e, sinceramente, eu realmente não o faria já que tudo o que sinto é uma sensação ótima de mistério. Uma aura maravilhosamente excitante sobre o desconhecido.

Escutei um barulho de água caindo, ficando cada vez mais alto assim que me movia impulsivamente para frente. Parecia que algo me puxava. Eu consegui ver de longe, no meio de galhos e folhas, uma poça reluzente de água que não acabava ali. Andei até ela logo encontrando duas cachoeiras. As duas estavam viradas uma para outra e podia ver fumaça saindo de uma delas, o lago era fundo e todo conjunto, o que significava que a água quente e a fria se misturavam no meio da bacia. As árvores cercavam tudo, era possível se ver plantas trepadeiras por todas as rochas que não continham resquícios de água, a lua estava tão forte e parecia iluminar exatamente esse ponto, era quase uma luminária, tão forte mas tão suave.

Pude ouvir uma música calma, aquelas que podem relaxar tudo, até pedras. O lugar onde estava mirada a lua era de onde vinha a música, lá vi a coisa mais linda que já pude observar em toda a minha existência. Era uma mulher. Sua pele retinta reluzia sob luz do luar, como se o holofote fosse apenas para aquela divindade dançando em minha frente. Seu vestido dançava com o vento, mesmo com as pontas molhadas pelo tamanho da peça na água. Ela cantarolava enquanto se movia de olhos fechados, rodopiando e se balançando como se não houvesse nada ao se redor. Eu podia sentir sua paz de espírito só de olhá-la calma e feliz ,genuinamente, assim. Tudo era tão perfeito, parecia um sonho ou uma pintura grega sobre ninfas. É isso! Uma ninfa de Ártemis. Ela estava sempre com a cabeça erguida à Lua, sua iluminação particular, e as estrelas pareciam que estavam fazendo um fundo de tela apenas para ela, contornando seu corpo como a coisa mais sagrada e bela que se podia existir. Seus quadris se moviam em ritmo com a música e o tecido envolvia seu corpo levemente livre para fazer o que quisesse enquanto fazia daquela imagem a mais próxima da perfeição. A fumaça quente e a brisa fresca que as duas cachoeiras traziam fazia aquele átimo parecer desenhado por anos pelos melhores deuses que ela cultuava, como se eles tivesse passado às coisas ali toda a vontade de esperar por ela para se mostrarem a paisagem perfeita que sempre imaginaram. Seu cabelo seguia o curso do vento e vestido, mas não tampava a sua cara de forma alguma. Ela parecia submersa e intocável. Realmente não sabia definir se ela parecia uma filha de deuses, se era uma ninfa ou se era uma musa. Nada nela havia malícia, mas ela era feita com todos as coisas que fariam qualquer pessoa ficar atônita em seu melhor devaneio. Conseguia passar a sensação de mistério, transparência, magia, sexualidade e ingenuidade, o que me fazia querer mergulhar dentro dela, e não só na parte dupla do sentido, queria mergulhar em todos os seus mistérios tão fundo que acharia a resposta para guardar no meu âmago, o mais profundo o possível de forma que só nós dois poderíamos saber.

Riding Without ReinsOnde histórias criam vida. Descubra agora