Aviso de gatilho.
Se for sensível a tortura,multilação e tentativa de suicídio,por favor,pule este capítulo.
...................................................................................Faziam anos...ou talvez dias,ele não sabia.
Eris encarou novamente a parede a sua frente,seus ossos doíam,cada centímetro de seu corpo doía.Maldito Beron
Estava sendo torturado desde que entrou naquela sala desconhecida.Era torturado todos os dias,de todas as formas possíveis.Devia admitir,seu torturador tinha imaginação de sobra.Se perguntava o que havia acontecido.O que Rhysand havia feito,se é que havia feito algo.Estava aqui a muito tempo,em suas contas,mais de cem anos passados.Cem anos vendo todos os dias o rosto horrível de seu pai enquanto ele sentava em uma mesa e tomava seu café da manhã,sempre com um sorriso no rosto,como se estivesse vendo uma peça maravilhosa ao invés da tortura de seu filho.Filho.Essa palavra não parecia mais encaixar se em si.Fazia muito tempo que não se encaixava na verdade.
Saindo de seus desvaneios,ouviu a porta abrir e logo um macho de cabelos ruivos e olhos castanhos que brilhavam em malícia e sadismo olharam em sua direção.Seu torturador,um prisioneiro da Corte Outonal que,no pensamento de todos,estava morto por seus crimes.O assassino que abusava,matava e desmembrava suas vítimas apenas por estar entediado, Wagasd.-Ora ora, o principezinho parece mais enérgico hoje_falou indo até uma mesa gigante onde se encontravam seus instrumentos de tortura.
Eris,permenaceu em silêncio com a cabeça abaixada,aprenderá da forma mais difícil que retrucar,ou até mesmo olhar torto,era imensamente pior.
Cada palavra,cada olhar e cada risada sarcástica,eram devolvidos em forma de gritos e agonia.
A porta abriu de pela segunda vez e quem surgiu desta vez foi Beron,não seu pai,apenas Beron.
O homem vestia uma túnica castanho escuro,chegando perto do preto,com alguns detalhes em dourado e vermelho.
Em geral,sempre o mesmo.O macho olhou em sua direção com um sorriso largo.-Bom dia meu querido filho,como vai?
Eris permenaceu calado.Imovel.
-Bem,creio que não recebeu educação o suficiente para responder a uma saudação.
Nem um pouco parecido comigo,que decepção.Eris queria dizer que até mesmo uma criança possuía mais educação e que devia ser uma dádiva do caldeirão não ser parecido com Beron,mas não podia.Sabia o custo daquelas palavras e não estava disposto a pagar por elas.
-Bem,vejamos se não aprende uma lição por sua falta de educação, como pai, é meu dever orientar e incentivar os bons modos de meu filho.Não concorda, Wagasd?
- Concordo plenamente,meu senhor._seu sorriso era diabólico e seus olhos, sádicos.
E a tortura começou novamente.
...
Quando recobrou a consciência,Eris descobriu ainda estar amarrado a uma cadeira enquanto ouvia a conversa das duas outras pessoas naquela sala.
-Bem,fico surpreso que ele ainda não enlouqueceu._Aquela voz,reconheceria mesmo que estivesse nos confins do mundo.Beron.
-Realmente admirável,estou adorando essa resistência.Sinto mais vontade ainda de quebra lá._Quem falou dessa vez era Wagasd.
-Embora eu deseje que isso continue por muito tempo ainda,não podemos continuar assim.
-Então o que planeja? Mata lo?
-Sim,mas não ainda,está perto demais de minha esposa e ela sentiria o laço quebrando.
-Laço?
-Sim,quando meus filhos eram crianças minha esposa criou um laço que a avisaria de eles estivessem feridos ou algo parecido se sua localização estiver próxima.
-Então como iremos fazer? Irá afasta lá?
-Sim,tenho uma reunião e irei leva lá junto.Deve ser distância o suficiente para que ela não sinta.
Enquanto isso,você irá acabar com ele e sumir com os vestígios.-Sim,mas tenho uma dúvida,se sua esposa sente quando os filhos de ferem,como ela não sentiu nada?
-É por conta desta sala.É uma sala especial.
Mas nesta sala,ninguém pode morrer também,então ele terá que morrer fora daqui.
Continuaram conversando sobre os planos,mas Eris apagou novamente.Estava ferido demais.
Porém,algumas coisas fizeram sentido.Como o fato de sua mãe sempre saber quando se feriam.
E também que iria morrer sem realizar nenhum de seus planos.Estar proximo a morte não era tão assustador assim,não sentia nada em especial sobre isso mesmo.Afinal,era melhor morrer do que permanecer como estava.
Tanto sua mente quanto seu corpo imploravam por descanso.Por paz.
Cem anos sendo preso e torturado.
Cem anos sem saber nada do mundo lá fora,de seu povo ou de sua mãe.
O que mais doeu ao descobrir que iria morrer é o fato de ter planejado tanto,sobre tanta coisa e não poder concretizar nada.Ao mesmo tempo em que suspirava cansado,a porta se abriu e Wagasd entrou.
E o que mais surpreendeu o Vanssera foi que os olhos de seu torturador tinham uma pitada de desapontamento.Como uma criança que,ao brincar com o brinquedo de alguém e gostar muito,teria que pôr um fim e devolver o brinquedo.-Bem,o que você tanto implorou em sua cabeça chegou.E como sou um ótimo torturador,deixarei você mesmo fazer isso.
Mas apenas com uma condição,um acordo.-Acordo?
-Você ira morrer.E eu farei a gentileza de deixar que você mesmo faça o serviço.Ira fazer um acordo comigo que irá por um fim a própria vida.Como não é possível que morra nesta sala,irá prometer também que mesmo que fuja,o que eu acho impossível,nosso acordo ainda irá prevalecer.Até o dia em que seja cumprido.
-Você espera que eu faça um acordo assim? Não sei como não percebi que você era tão idiota ._Eris não conseguiu se segurar,iria morrer de uma forma ou de outra,não importava mais.
O homem sorriu cruelmente e Eris sentiu um arrepio subir pela espinha.
-Bem,creio que você precise de um incentivo.
E com um isso, sentiu garras arranhando sua mente e soltou um xingamento.
Logo,viu imagens.E tardiamente soube do que de tratava.Estava recebendo memórias,cada vítima que o homem a sua frente fez.Cada pessoa.E depois,sua mãe.Viu sua mãe sofrendo tudo aquilo. E sentiu como se seu coração tivesse parado.-Isso é o que irei fazer com sua mãe,exatamente como lhe mostrei,caso não atenda meus pedidos.Acha que é incentivo suficiente?
-Não pode fazer isso, Beron não vai permitir.
Apesar de tudo,ela ainda é a Senhora da Corte.-Bem,Beron prescisa dela viva, contanto que viva,não há nada que impeça._Seu torturador gargalhou.Uma gargalhada macabra, horrenda.
Medo. Era o que Eris sentia.Não podia deixar aquilo acontecer.Tinha de impedir,nem que isso custasse sua vida,vida que logo iria acabar de qualquer jeito.
-Aceito seu trato.
E no mesmo segundo,sentiu sua pele arder.Ficou confuso,não era apenas tratos com pessoas da Corte Noturna que eram marcadas na pele?
-Sou filho de alguém da Corte Noturna,então de alguma forma,isso se aplica a mim.
Agora,chega de conversa,vamos ao que interessa.E logo Eris apagou,acordando em uma floresta na Corte Outonal.Ao seu lado estava Wagasd,lhe oferecendo uma adaga.Ele sabia o propósito da arma.
Pegando-a,ele olhou seu reflexo,acabado.E como se seu corpo já não lhe pertencesse,como se fosse controlado por algo,levou a lâmina ao pulso e fez um corte horizontal fundo.
Como se não bastasse,seu corpo possuído repetiu a ação no outro pulso.
Sentindo a fraqueza e tontura,soube que logo estaria morto.Sentia o sangue pegajoso ao seu redor quando tudo ficou escuro.....................
Oii! Como vocês estão?
Espero que estejam bem.
Estou me sentindo muito triste com esse capítulo,mas aqui está.
Apenas queria dar um recado aos leitores que desejam ver o fim desta história:
Peguem seus lenços,por favor e bebam muita água,pois me conhecendo como conheço,talvez ocorra desitratação.E sim,a autora também poderá se desidratar.É isso,beijos e abraços!