Capitulo 5

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Como esta sendo a tarde de Charls com Paul? Me perguntei a tarde inteira. Será que o Paul realmente gosta dela, não estou dizendo que o Joey mentiu nem nada, é que... Eu não quero ver minha melhor amiga sofrer.
Joey, o garoto que eu acho um babaca, desde que o vi pela primeira vez na sexta série quando tínhamos uns doze ou treze anos. Não estou dizendo que ele é uma má pessoa, não sei se é, mais ele é uma pessoa que só fico perto por obrigação, e que insisti em falar comigo.

Joey:

Assistia a um filme com o Jus em nosso sofá enquanto pensava em Beatrice. Estranho né? Eu sei. Sempre odiei essa garota e preferia distância, mais do ano passado para cá ela tem, não sei, ela tem mudado, está ficando linda, e eu venho criando sentimentos por ela desde então. eu gostaria de saber por que, é tão... Não sei estranho?! É definidamente muito estranho. E me fazia essas perguntas quando meu irmão me tirou do desvaneio em que estava:
- Hey. Terra chamando Joey! Você está aí?
- Hã? Estou, oras o que você quer?
- É que você estava meio desligado.
- Ata. Jus posso te fazer uma pergunta?
- Você acabou de fazer - disse ele brincando.
- Não, digo outra pergunta.
- Ta, fala logo.
- Certo tem uma menina na escola, e ela é toda estranha.
- Estranha como?
- Ela é toda grossa, e um pouco antissocial. E eu não sei por que mais estou começando a achar que estou apaixonado por ela.
- E o que você quer saber?
- Eu quero saber por que diabos eu estou apaixonado por uma garota que deve me odiar desde a primeira vez que me viu?!
- Porque - começou ele, e percebi que havia um sorriso nos seus olhos. - O universo é irônico... e quem a gente menos espera será com quem viveremos a nossa vida. Por exemplo, a dois anos atrás jamais pensávamos que moraríamos no mesmo lugar só nós dois, não é mesmo? E olhe só para tudo isso! Nós vivemos em um mundo de jogos, onde a vida manda as regras e nós apenas aceitamos e jogamos.
- E se não quisermos seguir essas malditas regras?!
- Bom... Não tem um querer. Suas escolhas são simples, ou sim, ou... Sim.
- É. Super simples - disse eu ironicamente, que babaca pensei comigo mesmo, ajudou muito.

Beatrice:

- Mãae - gritei eu - Manhe.
- O que você quer? - perguntou ela aparecendo na sala.
- Onde esta aquele filme.
- Que filme Trice?
- Aquele... Como é o nome - disse eu e comecei a pensar - O de terror.
- Ahh sim. Deve estar por aí, é só procurar.
- Não, quer saber, desisti de ver filme - disse eu pegando meu casaco - eu vou na casa da Charls, ela já deve ter chegado a um tempo.
- Chegado da onde? - disse minha mãe, que curiosa.
- Ela saiu com um garoto, nada demais.
- Hum... Então ta bom, mais por favor, não volte muito tarde. - disse ela enquanto eu saia da minha casa e fechava a porta.
Charlie mora a quase vinte minutos da minha casa, e como estou a fim de andar, decidi ir a pé. Estava andando distraída quando de repente alguma coisa bateu em mim, eu pensei que era algum poste mais então essa coisa falou, e eu deduzi que era alguém:
- Aí - disse essa coisa - Você podia olhar por onde anda.
- Por que você não presta atenção nas pessoas a sua frente? - disse eu a ele, e só então percebi quem era.
- Ah é você, oi Trice - disse ele sorrindo, Joey me chama assim desde a nona série quando uma garota idiota disse que eu gostava dele. No final das contas ele acabou me ajudando a desmentir tudo isso, mas... Sendo sincera, não tenho certeza se era tudo mentira - Aonde você está indo?
- Curioso você, fala como se fosse do seu interesse. Mais como eu sei que se eu não falar, tu vai ficar me enchendo, eu vou na casa da Charlie.
- Você tem certeza disso? - por que ele insisti em continuar falando comigo?! Mais que badarosca - tem certeza de que vai aguentar ela falando o tempo inteiro sobre o encontro.
- Se eu aguento falar com você, acho que poderia suportar a Charls.
- Mas que grosseria.
- Joey... Você por favor pode me deixar passar?
- Claro - disse ele, todo simpático - mas com uma condição.
- Ahh qual é! O que você quer? - disse eu, já impaciente.
- Um beijo.
- O que? Sério? Eu não vou te beijar.
- Qual é?! Um beijinho na bochecha. Não custa nada.
- Eu não vou te beijar.
- Só um. Na bochecha. Por favor - disse ele, e fez beiço e uma carinha de bebê chorão.
- Está certo, já que você não me deixara em paz, eu te dou um beijo.
Quando estava a alguns centímetros de seu rosto, ele virou o rosto e eu senti que o que eu beijava era a sua boca, macia e quente. Não acredito nisso.
Saio correndo antes mesmo daquilo se tornar um beijo de verdade, deixando-o para trás. Acabei de dar um ''celinho" em Joey, e o pior, eu gostei.
Eu gostei de um beijo do Joey Rooney, não pode ser. Não acredito. Por que ele quer me beijar? Um dos caras mais populares do colégio quer o meu beijo. Mais que droga!


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