Capitulo 8

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Beatrice:

- Beatrice - gritou a minha mãe - por que você esta tão desligada? Está pensando no Joey?
- Que Joey mãe? - disse eu revirando os olhos - Eu não estou pensando em nenhum Joey!
- Então - disse ela enquanto fazia suas coisas - por que esta tão destraida assim?
- Por nada mãe.

- Ahh amor - dizia Charls a Paul, pela sabe-se lá quanta vez.
- Vocês são tão melosos que chega a me enojar. - disse eu enquanto saía de lá - Tchau pra vocês.
- Onde você vai?
- Vou dar uma volta. Até mais tarde.

Joey:

Andava pelo corredor quando passei por uma porta e ouvi um som de música clássica, espera isso é Beethoven? Eu não posso acreditar, deve ser algum professor, improvável que algum aluno escute Beethoven. - pensava comigo mesmo, e como sou uma pessoa curiosa decidi ver o que havia ali. Era uma sala grande e espaçosa, e a única coisa que tinha eram arquibancadas, e... - Não espera, é alguém... Tem alguém, dançando, eu conheço... Eu sei quem é... Mais não pode ser... É ela... É mesmo ela... Aquela é Beatrice. Aquela é "minha" Trice. E ela está dançando, e eu devo assumir que ela dança muito bem, na verdade a melhor que eu vi. - e então decidi entrar. Quem sabe hoje eu não tiro a sorte grande.

Beatrice:

Estava tranquila, dançando (sim eu danço, não faço a menor ideia de desde quando, mais... Minha mãe dizia que eu sempre demonstrei um talento. Um certo dom). Quando do nada alguém pegou em minha cintura. Ele sempre faz isso, o que não sei porque mais me provoca um grande arrepio.
- A quanto tempo está aqui? - pergunto eu.
- Tempo o suficiente para descobrir que você tem talento.
- Não tenho nada. E da para tirar a mão da minha cintura? Obrigada.
- Hey, se acalma aí Trice.
- Já disse para não me chamar assim.
- Okay Beatrice Connor.
- Afinal... O que você quer?
- A principio - começou ele - Tentava fugir um pouco das pessoas.
- Você fugindo das pessoas? Ta - disse eu já cansada disso aqui.
- Fica quieta que eu ainda estou falando - mas que grosseria.
Abri a boca para falar mas fui interrompida pelo lin... babaca do Joey.
- Ouvi o som de música clássica, e como é algo muito bom - tu gosta de música clássica? Hurrum ta bom. - Percebi que o som era daqui e decidi entrar - intrometido você ein - A questão é que, você é boa, na verdade ótima. Mas seus movimentos são simples. Você precisa passar os seus sentimentos pelos seus passos.
- E o que você entende sobre dança - perguntei e revirei os olhos. Já estava
de saco cheio.

Joey:

- O que eu entendo sobre dança? Acho que nada - disse eu enquanto observava a branquela de cabelos pretos e longos e olhos verdes a minha frente. Não intendo como falam que ela é estranha.
- Então por que diabos você esta me falando isso?
- Porque eu percebi que você tem poten... - fui interrompido por uma mal educada antes mesmo de terminar.
- Como você sabe que tenho potencial se é a primeira vez que tu me vê dançar?
- Eu posso te mostrar?
Ela abriu a boca como se fosse falar algo, quando percebeu que minha mão estava estendida, esperando que a sua mão pousa-se sobre a minha. Senti que estava relutante, mais aceitou mesmo assim "afinal o que eu tenho a perder?" deve ter pensado ela.
E então peguei sua mão e a conduzi nos passos de uma dança que não deveria ter fim, uma dança que fazia o mundo a nossa volta deixar de existir, só eu e ela ali, poderíamos fazer qualquer coisa, ser qualquer coisa. E acho que Beatrice sentiu o mesmo porque apenas se firmou em meus braços e deixou-se levar.
E naquele momento senti algo, que até então pensava que apenas garotas sentiam. Um pequeno enjôo. Só meninas sentem isso certo? Mas... Eu estou sentindo, eu posso senti-las. Não sei como nem porque. São elas, pequeninas e agitadas em meu estômago.
Eu.
Um menino.
Estou sentindo.
Não pode ser.
Beatrice Connor fez isso comigo?

Eu senti pequenas borboletas na barriga.


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