Os Herdeiros da Máfia Tailandesa

Prólogo - Kinn.

Kinn

23 de março de 2014...

As últimas semanas tinham sido realmente difíceis para Kinn, que além de ter que lidar com o repentino regresso de Tawan, ainda precisa lidar com o sumiço de Porsche. Ou seja, a sua vida estava um verdadeiro inferno.

E, além disso, a sua mente vive cheia de perguntas sem respostas. Porém, hoje o seu dia estava indo de mal a pior desde que acordou.

Algumas horas mais cedo...

Eram exatamente 09:00 da manhã, quando o maserati azul de Kinn estacionou no estacionamento do Bangkok Hospital. O chefe da família principal da máfia adentrou apressadamente para dentro do hospital. Estava ali para ver como seu ex-namorado Tawan havia passado a noite.

Ao chegar na porta do quarto onde Tawan estava internado, respirou profundamente antes de entrar no local. Encontrando seu ex-namorado dormindo com os pulsos presos nas grades de proteção da cama.

Ao ver aquela cena, Kinn se aproximou de uma das enfermeiras para perguntar o motivo de Tawan estar com os pulsos amarrados.

— Com licença, senhora. Fui eu quem trouxe o Tawan ao hospital essa madrugada. – Falou adquirindo a atenção da enfermeira. — E gostaria de saber o motivo pelo qual Tawan está com os seus pulsos amarrados? – Questionou visivelmente intrigado.

— Pois não, senhor Theerapanyakul. – A enfermeira olhou para a ficha de Tawan. — O senhor Tawan acabou saindo do quarto essa manhã e encontrou a sala aonde estocamos as medicações. – A enfermeira olhou com compaixão para Tawan. — Algum tempo depois, um dos nossos enfermeiros o encontrou inconsciente e um frasco de misoprostol em uma de suas mãos. E esse medicamento é muito perigoso para alguém no seu estado. – A enfermeira revelou.

— Estado? Do que a senhora está falando? –Kinn estava realmente confuso com tudo aquilo.

— Senhor Theerapanyakul, o medicamento misoprostol é uma substância que foi originalmente criada para o tratamento de úlceras de estômago, pois age bloqueando a produção de ácido gástrico e induzindo a produção de muco, protegendo a parede do estômago. – Kinn escutava atentamente a explicação da enfermeira. — No entanto, também ficou provado que ele é capaz de provocar contração uterina e amolecimento do colo do útero, o que pode ter efeitos muito sérios sobre a gravidez e provocar aborto. – Revelou a enfermeira.

— Me desculpe, mas eu ainda não entendi o que isso tem haver com Tawan. – Ele disse.

— Senhor Theerapanyakul, nós achamos que o seu amigo acabou ingerindo essa medicação para abortar a criança que ele está esperando. – A enfermeira confidenciou.

— Espere um minuto! Bebê? Mas de que bebê você está falando? – Kinn ainda não conseguia acreditar no que a enfermeira dizia. — Está me dizendo que Tawan estava esperando um filho? –Questionou ainda incrédulo.

— Sim, senhor Theerapanyakul.  – Afirmou a enfermeira. — O seu amigo estava entrando na vigésima quinta semana de gestação, que equivale, como sendo o sexto mês de gestação. –Falou.