Capítulo 02_ Sob os olhos da Excelência.

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Música para trilha sonora do Capítulo:Shaya Zamora_ Cigarrette

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Música para trilha sonora do Capítulo:
Shaya Zamora_ Cigarrette.

O corredor parecia interminável, conforme as costas dos pés de Lyria raspavam contra o chão áspero

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O corredor parecia interminável, conforme as costas dos pés de Lyria raspavam contra o chão áspero. Com os batimentos agitados, ela foi arrastada sem o menor cuidado por dois homens enormes, suas máscaras ocultavam suas feições sob máscaras de ferro, desprovidos de qualquer traço de humanidade. Eles eram os arautos de seu tormento, incumbidos de levá-la diariamente à sala cinza, onde o inferno a aguardava como um demônio faminto.

Naquela noite, a crueldade de Camille Ferros havia sido especialmente brutal, atingindo um novo ápice. As lembranças e as marcas da seção daquele dia se contorciam em sua mente, como vermes venenosos, obrigando-a a reviver a dor num ciclo corrosivo e incessante. A mulher, havia manejado instrumentos de metal aquecido, queimando sua pele e deixando marcas que pareciam gravadas a fogo em sua alma. Cada grito de Lyria era uma sinfonia macabra que alimentava a análise sádica de Camille.

A dor era insuportável, uma maré de agonia que ameaçava afogá-la. Mas Lyria se agarrava a essa dor, transformando-a em um escudo contra as lembranças que a destruíam mais profundamente. A dor física, por mais intensa que fosse, era um alívio comparado ao vazio e à desesperança que ameaçavam habitar o seu coração.

Os brutamontes a jogaram sem cuidado na cela, o corpo de Lyria bateu contra o chão com um baque surdo, a dor explodindo em suas costelas fraturadas e o som da grade se fechando ecoou pelos corredores. Ela ficou imóvel, respirando com dificuldade, seu corpo tremendo e brilhando fracamente pela luz de sua magia contida pelas correntes de contenção Demacianas.

Seus olhos se abriram com dificuldade e finalmente, ela se permitiu chorar. As lágrimas escorriam por seu rosto sujo, misturando-se com o sangue que se acumulava nos ferimentos. Cada movimento era uma agonia, mas ela se encolheu, tentando encontrar em seu próprio calor, algum conforto do frio implacável.

Seus pensamentos eram um turbilhão de dor e confusão e ela sabia que estava bem perto de quebrar. Mas, mesmo em meio a todo o sofrimento, ainda havia uma pequena centelha de esperança. Lyria sabia que precisava lutar, não apenas por si mesma, mas por todos aqueles que esperavam por ela.

Corações de Zaun_ Um Amor Forjado no Caos.Onde histórias criam vida. Descubra agora