Capítulo 26

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Niklaus Mikaelson

Coloco o copo com vodka sobre a mesa, e me apoio contra a poltrona de couro. Fecho meus olhos, eles doem, minha cabeça toda dói. O que não é nem de longe totalmente possível para um vampiro, quem dirá a um híbrido, porém, desde ontem a noite uma maldita dor se instalou em minha cabeça. São apenas sete da manhã, e já estou me abastecendo com álcool, desta vez vodka e não Bourbon. Tudo o que queria era algo pesado o suficiente para me apagar, infelizmente nem isto está funcionando. Vim para a mansão assim que Ange entrou em casa, liguei de madrugada para os Guardiões verificarem ela, e aparentemente tudo estava bem. Ela não ficou gripada, ou com hipotermia, mas também não saiu do quarto. Mas ainda é cedo, tenho certeza que logo terei uma Ange alegre e saltitante por aí.
Tenho tantas coisas em mente, tantos pensamentos avulsos vindo e indo num só segundo, como abas abertas num computador. Me sinto cheio, esgotado, e pela primeira vez em séculos, me sinto um monstro. Fiquei preso em meu próprio corpo enquanto ela falava, minha mente vagou para fora de mim, como se eu fosse um fantasma assistindo pelo lado de fora. Ela estava lá, eu estava lá, mas estava impedido de dizer qualquer palavra. E tudo entrava, e me acertava em cheio. Ela não esperava uma resposta, ela não esperava nem sequer uma confissão de meus sentimentos. E mesmo assim, disse os seus á mim, e isso me deixou reflexivo. Já era a segunda vez que algo como isso acontecia, como na vez em que ela me pediu um beijo e o neguei. Ange não mudou comigo no entanto, continuou sorrindo e me tratando como sempre tratou, como se tudo tivesse sido apenas um sonho meu.
Isso é o que mais dói, a realidade do que vai acontecer, de como vai acontecer. Ela tem plena certeza e consciência de que não posso revelar nada, e eu tenho a certeza de que sempre seremos assim, nós. Não mudaremos por nada, ela não irá me deixar, e talvez essa seja até uma forma de me dizer que está ali, por mim. Nunca tive ninguém, ninguém que lutasse por mim, que insistisse em mim, que fosse tão... tive Elijah e Rebekah é claro, mas não é a mesma coisa. Ange é como uma pluma, ou o oxigênio, vagando ao meu redor, me tocando sempre que pode, e nunca se afastando.
Queria lhe dizer tudo, mas minha mente é uma zona, um abismo profundo e obscuro, e ela é tão... o oposto. Limpa, verdadeiramente um anjo, e não quero trazê-la para meu inferno. Não sei o que fazer com todas essas emoções e esses sentimentos, nunca me senti assim, tão nu. Ela tem tudo de mim e mesmo assim tão pouco, apenas nos beijamos e mesmo assim foi terrível. Ela está certa quanto a isto, o beijo foi tão surpreendente que mal tive tempo de processar o que estava acontecendo, e num piscar de olhos já tinha ido. Foi eletricidade, passou por mim, e sei que ela sentiu, seus olhos se iluminaram com... alguma certeza que ainda não tive. Cada pedaço de mim sentiu a força passar, o choque, a pequena faísca de chamas e raios e eletricidade me consumir.
Minha manhã se estende e parece durar por mais tempo que o necessário, Caroline entra e sai com papeis e documentos de novos acordos que estou fazendo. Cancelo e remarcou reuniões para outro dia, não estou no clima de ver ninguém hoje, e nem amanhã, ou depois de amanhã. Os híbridos estão indo muito bem com o comando da Rebekah, Kol resolveu fazer uma viagem de última hora para NY e Elijah continua com Hayley, e acho que irá continuar por um bom tempo. A mansão está passando por reformas o que significa férias para todos, não há muito o que fazer além de assinar papéis. Preciso me concentrar e deixar minha mente focada em apenas uma coisa, mas hoje estou cheio de tudo, meus pensamentos tem apenas um rumo, ela. Não quero machucá-la, e infelizmente já fiz isto, ao não dizer tudo o que está preso em mim.
Escuto as taboas de madeira do corredor gemerem, passos apressados e resmungos de raiva, e então a porta do meu escritório é escancarada. Hayley aparece e logo atrás vejo meu irmão, me levanto sobressaltado no mesmo instante e ando até eles.
— O que houve? Aconteceu, aconteceu alguma coisa? — Sinto uma pontada em meu estômago que começa a subir por meu peito, Hayley entra na sala e fecha a porta com os pés, deixando Elijah do lado de fora.
— Você é a porra de um imbecil Klaus! — ela vocifera e começa a me empurrar.
Não entendo do que ela está falando, ou por quê está agindo assim. — Não estou entendendo Hayley, o que aconteceu? — pergunto, ela para de me empurrar e me encara, posso afirmar que vi fogo em seus olhos.
— O que aconteceu? — ela repete, com raiva em sua voz. — é sério que vai fazer esse jogo Klaus? — pisco, e sinto meu rosto arder. Ela me deu um tapa, dou alguns passos para trás, e olho incrédulo para Hayley.
— O que? — pergunto confuso.
— Argh! — ela se vira e começa a andar pela sala. — ela ficou naquela chuva por quase dez minutos, e ouvi cada maldita palavra saída dela! — Hayley grita e tudo começa a se encaixar.
Respiro fundo e me acalmo, ela estava lá então, e não só viu sua irmã quase pegar uma hipotermia como ouviu tudo. Todos os sentimentos, todos os acontecimentos entre nós que ela revelou, e não ouviu nada de mim.
— E você não disse porra nenhuma! Você gosta disso Klaus? — ela começa a me seguir em direção a mesa, me sento, ainda olhando para ela. —  O jogo de manipulação e silêncio?
— Não é um jogo para mim, é mais complicado que isso. — apoio meus cotovelos sobre a mesa e suspiro.
— Acha que é complicado pra você? Ô, pobre coitado! — seu tom de voz aumenta ainda mais, e posso sentir seu sarcasmo me pinicando. — Niklaus Mikaelson, o maldito híbrido Original com mais de mil anos na carteira, que não pode revelar o que sente pois é medroso demais!
— Não sou medroso! — me levanto e aperto meus punhos, se acalme, digo a mim, e respiro fundo. — Como eu disse, é mais complicado do que parece, e não quero traze-la pra isso.
— Ela já está “nisso" Klaus, nós a colocamos no maldito momento que engravidei. Não me importo se você gosta ou não dela, — ela caminha até mim. — finalize isto, acabe ou revele tudo, que seja! Ange não merece sofrer e com certeza não deveria fazer isto por você. Mas a conheço, e sei que minha irmã não vai abandoná-lo, nem que você grite com todas as letras que a odeia. — Hayley sorri, e começa a se afastar. — porque ela não te odeia, é apenas isto que é preciso para continuar lutando por algo, e Labonairs não desistem!
Ela se vira, e começa a andar em direção a porta. — Isso não incomoda você? — questiono, afinal de contas ainda sou o pai do bebê que ela carrega.
Hayley da os ombros. — Ela sempre soube o que era melhor para ela, antes mesmo de ter noção de tudo a sua volta.
A porta é fechada com uma batida brusca, pisco e os segundos se tornam minutos, que tornam horas, e continuo parado no meio da sala. Olho o sol se pôr no horizonte, enquanto meu carro passa por cima das pedras de cascalho, que levam até minha casa. Respiro fundo, aperto o volante, e paro. Encosto minha cabeça no banco estofado e aperto meus olhos, fechando-os. Mil anos, mil vidas e várias pessoas em cada uma delas, e nunca me senti assim. Sou milionário, e aos olhos dos outros, tenho tudo que uma pessoa almeja. Dinheiro, imortalidade, tudo o que eu quiser e mais, não á limites pra mim. Apenas um, meu eu interior não quer fazer isto, roubá-la para si.
Estaciono na garagem e logo vejo alguns dos Guardiões se afastando da entrada da casa, me deixando livre para entrar. A casa está silenciosa e escura, não á luz em nenhum lugar. Passo pela sala e ligo o lustre, subo as escadas e ligo cada luz do corredor. Ela não deve ter saído, o que é preocupante. Paro em frente a porta de seu quarto, e bato apenas uma vez. Escuto seus batimentos aumentarem, seus lençóis serem jogados de lado, e ela se ajeitar na cama. E então ela diz;
— Entre.
Giro a maçaneta, e entro no quarto. A vejo deitada na cama, a única iluminação vem do abajur ao seu lado, seus cabelos castanhos avermelhados mais claros do que antes, e sua pela pálida. Me movo em direção a cama, e me sento na beirada do coxão sem sequer pedir permissão, ela fica quieta durante todo o processo.
— Como foi seu dia? — pergunta, pisco e a encaro. Isso definitivamente é inesperado, e ao mesmo tempo não me deixa surpreso.
— Uma merda, e o seu? — ela desvia o olhar, e suspira.
— Uma merda. — balanço a cabeça, ainda de costas para ela, respiro fundo.
— Pensei muito o dia todo, e quero falar tudo sobre o que pensei, agora. — viro-me para trás. — Então por favor, não me interrompa. — ela assente. Viro-me de volta para a parede, não consigo fazer isso enquanto a encaro, sou um covarde, e admito. — Tem sido um turbilhão com mais de mil emoções e sensações, pensamentos e sonhos, desde que nos conhecemos. Tem sido sempre tudo ou nada. — respiro fundo — Estar no mesmo ambiente que você me parece uma honra, respirar o mesmo oxigênio que você, é como pura magia, me deixa... não sei descrever o que é. Você está sempre ao meu redor, como os fragmentos de átomos de componhem o ar estão, é como se tudo fosse sobre nós, até mesmo o mais leve bater de asas de um beija flor. Nascemos pra isto? Eu me pergunto, — um sorriso escapa de meus lábios. — é como se nossas almas estivessem destinadas a nascer no mesmo planeta  e se encontrarem. — paro, engulo o nó em minha garganta, ela permanece calada, como havia pedido. — meu medo, — rio. — é estranho dizer isso em voz alta. Meu medo é de todos os problemas que trarei pra você, todos os inimigos, já vimos um pouco disto na mansão. — lembro de Camille, e de como ela agiu com Ange. Sinto sua mão quente sobre a minha, levanto minha cabeça e a vejo ao meu lado.
Seu toque suave em minhas mãos me tranquilizam, fecho meus olhos e me sinto incrivelmente bem. — Como você consegue me deixar tão leve? — escuto um fungado, e abro meus olhos.
Lágrimas caem de seus olhos, sinto uma dor em meu peito, não era pra isto acontecer. — Ei, — seguro seu rosto entre minhas mãos e limpo seus olhos. — Não quero que chore, nem hoje, nem amanhã, nem depois.
— Klaus...— Ange soluça, puxo-a para mim e nós envolvo num abraço. Seu pequeno corpo contra o meu me causa arrepios, esfrego minha mão contra suas costas num vai e vem, e tento acalmá-la.
— Me desculpe, por isso, por ontem, e por tudo. — seguro-a mais forte a mim, seus soluços começam a sumir. — prometo que não vou mais fazer isto, tudo será por você, até mesmo cada passo que eu der, será por você. — respiro fundo, meus olhos se fecham e seu corpo estremece. Ange passa seus braços ao redor de mim e me aperta, quero sorrir, porquê se isto é tudo o que terei dela, estou feliz.
Ela começa a se afastar de mim, então a solto. Seus olhos brilham devido ao choro, ela me encara por alguns segundos, suas mãos ainda coladas nas minhas.
— Eu achei que você não...— ela começa a chorar novamente, espero dessa vez. — achei que jamais fosse dizer isto. — ela ri.
— Não vou mais esconder nada de você.
— Então, o que... como isso vai ser? — seus dedos acariciam os meus.
— Vai ser eu e você, e só isso que precisamos. Será Klaus e Ange daqui em diante.
Ela sorri, um sorriso enorme e alegre e me sinto muito melhor do que me senti o dia todo. Ela solta minhas mãos e segura meu rosto, seus olhos passeiam por cada linha de meu rosto, memorizando. Escuto seu coração acelerar desenfreadamente, e então, antes que eu pudesse me preparar, seus lábios tocam os meus. É firme e suave, levo minhas mãos até seus quadris e a puxo pro meu colo, ela belisca e chupa meus lábios inferiores me deixando nas nuvens. Aperto minhas mãos em sua pele, sua mão desce de meu rosto e é apoiada em meu peitoral, ela abre a boca me permitindo entrar. Exploro seus lábios, sua boca macia, enquanto aperto seu corpo contra o meu. Ange me devora com os lábios, nossas línguas se encontram e se tocam, uma convulsão de energia me inunda, me sinto cheio com seu sabor. Seguro sua bunda enquanto a deito na cama, nos afastamos por poucos segundos, para que ela consiga se ajeitar debaixo de mim. Seus olhos brilham, e ela logo me puxa para si novamente.
Beijo seus lábios e mordisco, logo estou descendo para seu pescoço. Beijo a pele macia, seu cheiro de jasmim e flores invade meu ar, sinto meu coração retumbando loucamente em meu peito. Traço um caminho de beijos e mordiscadas até o colo de seus seios, Ange segura minha cabeça, com seus dedos entre meus cabelos, enquanto sua outra mão me aperta contra si. Sinto o bico do seu peito duro contra mim, desço em direção a eles, enquanto a encaro. Seguro seu seio esquerdo com minha mão, aperto meus dedos contra ele, e um gemido escapa de seus lábios.
— Klaus...— ela diz, não ainda, mas quase implorando.
Passo meus lábios pelo bico do seu outro seio, puxo o tecido da camisola com os dentes e mordiscando sua pele. Seu toque se intensifica em minha pele e solto um grunhido em resposta. Sinto seu cheiro, e solto seu seio no mesmo instante. Ange sobe a camisola até a barriga, desço minha mão por seu corpo, tocando cada dobra, e então eu sinto.
— Você fica assim quando pensa em mim? — digo, com a voz rouca.
Meu pau dói apertando contra minha calça, passo meu dedos por sua buceta, com cuidado. Ah, está muito molhada, preciso me concentrar.
— S-sim. — ela gagueja.
Deixo um beijo leve em seus lábios. — Você é quem manda agora, tudo o que me pedir será feito, tudo o que quiser será feito. — olho em seus olhos, suas mãos descem por meu corpo e logo encontram os botões da minha calça.
— Eu mando? — Assinto, ela passa sua mão por cima do meu pau, e eu engasgo. — fará tudo o que eu quiser?
Tento me concentrar em concordar, mas minha cueca é puxada para baixo e meu pau é libertado batendo contra sua barriga. Ange toca a cabecinha do meu pau com seu dedo, ele já está melado com o pré gozo, respiro com dificuldade, tento me lembrar do que ela perguntou, mas tudo o que sinto é sua mão suave segurando meu pau.
— Sempre imaginei que você teria o pau grande. — Ela sussurra em meus ouvidos, me deixando completamente louco.
— O que mais você imaginou? — pergunto com dificuldade e ela ri de meu estado, sua mão continua a trabalhar em mim, e encontro forças para tocar sua buceta de novo.
— Ah...— ela geme, aperto meus dedos contra seu clitóris e encaro seu rosto.
— Te fiz uma pergunta. — digo, me sentindo no controle novamente.
— Ah... eu imaginei...— ela engole em seco, giro meus dedos em sua buceta molhada em vai e vem, lentamente, torturando-a, como ela está fazendo comigo. — Você no meio das minhas pernas, com a cabeça... — Aumento o ritmo dos meus dedos em seu clitóris, ela fecha os olhos, fecho os meus também, e respiro fundo.
Estou quase gozando em apenas sentir sua buceta. — Diga!
Sua mão desce por meu pau e ela também aumenta o ritmo, nos sincronizamos enquanto nos tocamos. — Você metia seu pau em mim, enquanto me beijava...
— Arhg...— grunho, e tomo seus lábios para mim.
Começo a empurrar meu pau contra sua mão em vai e vem, enquanto ela me masturba, enfio um dedo dentro de sua buceta, ela geme em meus lábios. Estou perdendo a cabeça, eu sinto.
— Faço qualquer coisa por, faço tudo, por você! — digo entre beijos.
— Por favor Klaus. — ela implora.
— Por favor o que? — pergunto, ainda devorando seus lábios.
— Me coma!
Paro de me mover em sua mão e tiro meu dedo de dentro dela, empurro suas pernas para os lados, deixando-a exposta pra mim, olho no fundo  de seus olhos e ela assente.
— Segure meu pau. — digo e ela obedece. Ela agarra meu pau e me ajeito entre suas pernas, seguro seus quadris com firmeza e ela leva meu pau até sua buceta. — Ah.
— Aw...
Esfrego meu pau contra seu clitóris o mais devagar possível, estou quase gozando e quero que isso seja perfeito para nós dois. Ange leva suas mãos até minha bunda e me puxa para si. — Não aguento mais, por favor.
— Peça de novo. — falo em seu ouvido e sinto seu corpo estremecer.
— Por favor. — enfio meu pau dentro dela e me movo em movimentos lentos para não machucá-la, entro e saio, entro e saio enquanto ela aperta minha bunda. Seguro firme em seus quadris e aumento a velocidade.
Sinto seu hímen se romper, Ange solta um pequeno gemido de dor, — Mais rápido. — ela implora. — eu sei que você quer me fuder desde o dia em que me viu. — ela diz, seus olhos brilham.
Me seguro com mais força e aumento as estocadas, meu pau bombeia dentro dela enquanto seu interior se espande para mim. Fodo-a com força, isso é tudo o que eu queria desde que a vi, ela está certa. Ange em cima da minha mesa de quatro ora mim, Ange deitada naquele tatame de treinamento, completamente nua... e agora a tenho bem aqui.
Desço minha mão até sua buceta e esfrego seu clitóris enquanto meto meu pau em sua buceta, seus gemidos enchem o ar e não consigo escutar mais nada, e sei que estamos fazendo muito barulho, mas não ligo. Só ela me importa, sua boca encontra meu pescoço e ela me mordisca, sinto meu pau se contrair e sua buceta me apertar ainda mais e então gozo dentro dela. Ange geme e sua buceta me aperta enquanto diminuo o ritmo, nossas respirações aceleradas enchem nossos ouvidos. Sua buceta continua se contraindo devido aos orgasmos, seu coração batucando loucamente perto de mim.
— Uau. — ela diz, com dificuldade para respirar. Ela sorri pra mim e meu pau lateja outra vez, me sinto envergonhado e começo a sair de dentro dela.
— Você está bem? — ela concorda, com um sorriso enorme no rosto, me sinto feliz também.
— Obrigada. — ela diz, olho seu corpo suado ainda debaixo de mim, me levanto e subo minha calça.
— Vamos tomar um banho, vem. — digo puxando-a da cama.
— Não sei se consigo. — ela ri.
Pego-a em meus braços e caminho até o banheiro do meu quarto. Deito-a na banheira e ligo na água morna, jogo sais de banho e um sabonete líquido na água. Ange fecha os olhos, e percebo o quão cansada ela está. Passo meus olhos por seu corpo, ela é simplesmente perfeita. Meus olhos congelam sobre as marcas que deixei em sua pele, uma onda de raiva e passa por mim, como pude ser tão descuidado? Agacho-me ao lado da banheira e passo a bucha por suas pernas, barriga, seios, pescoço e buceta. Lavo-a e seco-a e depois a coloco em minha cama. Agora, nossa cama. Me sento na poltrona, preciso tomar um banho, mas me recuso a tirar seu cheiro de mim. Tão serena, tão tranquila e inerte do mundo. Sorrio, nada vai machucá-la, prometo em silêncio, enquanto ela dorme.

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