Não precisei me esforçar muito para achá-lo. Nate estava indo para a fila do quarto de hóspede quando me viu, ele passou braço pela minha cintura e cortou a fila. Ninguém reclamou, eu era a anfitriã e a maioria dos garotos tinham medo do cara ao meu lado.
– Eu preciso conversar com você – tentei falar mais alto que a música.
Ele apertou os lábios e assentiu – Vamos conversar lá dentro.
Algo estava diferente de alguns minutos atrás.
– Acho que não é o melhor lugar para a gente conversar – fui sutilmente tirar seu braço da minha cintura, mas ele apertou mais.
– Quer dizer que criou uma fucking sala do sexo, e não pretende usar com o seu namorado – seu tom era frio – Não faz sentido, Tally – ele beijou meu rosto.
A porta do quarto se abriu e de lá saiu três caras e uma garota. Sem julgamentos.
Nate me arrastou para dentro, antes deu protestar. Durante sua exploração pelo lugar, eu procurava a forma mais afável para colocar o ponto final.
– Eu transei com a Maddy – ele pegou um chicote e o analisou – Você me perdoa ?
Respirei fundo, não era nada agradável escutar isso e nem entendi o porquê ele estava confessando justo agora.
– Tudo bem – engoli a seco – Olha, Nate-
– Você é tão compreensível – ironizou – Tão perfeita – ele jogou o chicote para longe, me abraçou e afagou meu cabelo – Tão amável... e tão fiel.
Essa conversa não fazia sentido, e algo me dizia para fugir agora. Mas não podia mais adiar acabar com isso.
Sua mão apertou a parte de trás da minha nuca, e me forçou a olhar para ele. A lembrança de seu punho vindo na minha direção semana passada, causou um tremor em todo meu corpo.
– É fiel mesmo ? – perguntou com zombaria – A Thalia Dion, a putinha que faz festa com tema de sadomasoquismo, é mesmo leal ? – ele viu o pânico em meu rosto e se divertiu – A vagabunda – gritou – Que leva um traficante retardado para o quarto dela, é uma namorada confiável ?
Ele tinha visto.
Nate soltou o aperto da minha nuca, e eu corri para a porta, mas ele me impediu, entrando na frente e passando a chave na fechadura.
– A gente só estava conversando – era tecnicamente verdade – Antes de ter qualquer coisa com ele, eu ia terminar com você. Por isso que disse que precisávamos conversar.
Seus olhos estavam gélidos, e a cada passo que dava para perto de mim eu me afastava, até me vê em um beco sem saída.
– Socorro – gritei a plenos pulmões, e ele tampou minha boca com sua mão, tentei chuta-ló mas ele desviou.
– Eu não aceito ser feito de idiota, Thalia – exclamou – Não, não, não – ele me jogou em cima da cama.
– Você é doente – berrei, e escapei da cama – Eu tenho nojo de você, Nate. Nojo. Não sei se você nasceu assim, ou se ficou pertubado com o tempo.
A pancada forte da palma de sua mão acertando meu rosto me derrubou para trás. Tudo foi rápido demais, eu estava no chão e sentia que havia batido minha cabeça em algo. O gosto metálico do sangue invadiu minha boca.
Eu não conseguia mover nada além dos meus olhos, e minha visão estava escurecendo aos poucos. Ele parecia apavorado com o que tinha feito, com o quão longe tinha ido.
Tentei gritar por ajuda, mas não conseguia falar, e era agoniante pra caralho. A última coisa que vi antes de apagar totalmente foi Nate pulando pela janela.
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Perverse Love - Fezco
FanfictionThalia vive um relacionamento tóxico, que parecia ser impossível de se livrar, até conhecer Fezco seu mais novo amigo, disposto a ajudá-la e protege-lá. * Pode conter alguns gatilhos. * A história não é escrita na intenção de romantizar relacionamen...