Capítulo ONZE - DK & UK

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Cá estou eu, cabulando mais uma aula em um outro dia. Essa é a minha vida, mas as vezes eu acho que os professores preferem que eu fique fora da sala de aula, do que nela, provavelmente, eu deva dar menos trabalho para eles. Quero dizer, qual é, eu sou uma das alunas mais quietas, só não faço as atividades e raramente respondo alguma resposta de forma correta, não é tão difícil assim me ter em sala de aula, mas por alguma razão, os professores simplesmente criaram um clubinho de ódio contra Jennie Kim, que me torna alvo de todo o ódio deles em sala. Não ficaria surpresa se algum dia descobrir que os professores tem um boneco vodu com a minha cara e que diariamente eles descontam a raiva que eu lhes dou em sala.

E, também é por culpa deles que eu prefira cabular aula do que ficar em sala estudando. Muitas das vezes eu não consigo entender a matéria e sempre que eu ergo a mão para pedir ajuda, ou quando quero tirar alguma dúvida, eu sempre serei brutalmente ignorada, ou os professores vão dizer que eu estou apenas atrapalhando a aula como sempre faço. Então, é, se torna mil vezes melhor ficar fora de sala de aula, de qualquer maneira, eu jamais irei aprender alguma coisa nesse lugar.

Agora eu estou nos fundos da escola, região que nenhum aluno costuma frequentar e que, poucas pessoas acham aqui um bom lugar para se ficar, por estarmos mais perto da mata e, se não me engano, essa parte da escola é proibida de vir, mas ninguém se importa que eu estou aqui para me matar, na verdade, as pessoas realmente preferem que eu fique aqui para morrer, pelo menos assim eu paro de atrapalha-los — e bom, depois que eu cheguei na conclusão que me matar não seria a melhor das hipóteses, decidi que transformaria a vida das pessoas num inferno, exatamente da maneira que elas fazem comigo —, mas eu vim tantas vezes para cá que nunca me preocupei de fato com os perigos e nem que eu poderia morrer. Na verdade, nesse canto não tem nada, é apenas atrás dos prédios da escola com um grande caminho de grama até as enormes árvores que levam para a mata densa que circula a cidade, esse é um dos pontos negativos de querer construir uma cidade no meio do mato.

Assim que eu me sentei na grama que, por sorte, não está molhada, peguei meu celular do meu bolso e em seguida, encaixei o fone de ouvido no mesmo, entrando no Spotify para escutar alguma música que apenas me faça fugir um pouco desse mundo em que eu ando vivendo nesses últimos dias.

Desde que eu vi aquela figura estranha entre as árvores perto da quadra, sinto algo estranho em meu peito e sempre sinto a sensação que tem alguém me observando. Tive alguns pesadelos com aquela imagem desconhecida que eu nunca consegui ver direito e em todos, eu sempre acabava sendo perseguida por aquela coisa e quando eu seria pega por ela, acordava num pulo. Provavelmente, seja alguma representação do mal, ou eu apenas estou surtando e esse é o pedido de socorro que a minha mente está mandando para mim. Ou então, tem alguma coisa de errado acontecendo que eu não consigo entender e aquela figura seja a resposta, mas veja bem, eu não vou atrás dela, mesmo que esteja morrendo de curiosidade, eu aprendi com os filmes e não quero ser mais uma personagem burra que morre no final por ter seguido o assassino. Porém, é inegável que essa sensação em meu peito me deixa cada vez mais neurótica comigo mesma. Também, tenho que falar sobre aquele sonho que tive naquela aula de literatura, não achei nenhuma justificativa para e nem nada explicava no Google. Então, adotei para mim que tinha alguma coisa a ver com a aula e eu apenas sonhei com um amor que eu nunca havia visto e nem vivido; talvez tenha sido apenas uma consequência daquilo que eu estou vivendo nesses últimos dias e das coisas malucas que estão acontecendo na cidade. Ok, na real, nada tem justificativa, tudo anda muito estranho e sem explicação alguma, aonde nada faz sentido e todas as explicações que as pessoas andam tendo são coisas sobrenaturais e sim, eu me refiro ao caso de Campbell que ainda não tem nenhuma solução plausível para.

A Vida de JJRKOnde histórias criam vida. Descubra agora