Capítulo 13 - Todas as Dores

2.6K 372 216
                                    

Lena Luthor  |  Point of View





No carro, apertava minhas mãos uma contra a outra.

— Por que eles fizeram isso?

— A Emma está com eles e seu pai, mas sabemos que seu pai pode dar a chave da cidade a eles se ela morrer.

— Morrer?

— Desculpa. Eu estou nervosa… – Comecei a chorar, fiquei nervosa, estava tremendo, Ava tentava me acalmar, mas eu só queria chegar logo lá.

— Eles estavam onde?

— Em uma escola disciplinar, saíram ontem e voltaram para nossa, só para fazer as provas.

— Como funciona bem essa escola disciplinar.

Chegamos lá e Regina estava chorando, com as mãos em sua frente, provavelmente rezando.

Meu Deus o que houve?

— Gina…

— Oh Lena… – Foi o que ela falou e me abraçou, foi o suficiente para chorarmos mais.

— Aqueles marginais, bateram nela, ainda bem que as meninas estavam esperando ela… se não nem os pegaríamos.

— Céus… como ela está?

— Fazendo uma ressonância.

— Eles precisam ir presos.

— Seu pai já deu o veredito. Ela começou.

Estava tão preocupada com ela que nem realizei o que ela falou.

— Senhora Mills... – Um médico falou. — Nenhuma lesão gravíssima, graças a Deus. Mas ela está sedada porque vai sentir muitas dores, mas amanhã, se passar o dia bem, a noite, ela poderá ir para casa.

— Graças a Deus.

— Podemos ver ela? – Perguntei.

— Você é da família?

— Ela é namorada dela.

— As duas podem entrar, vocês podem entrar quando ela acordar. Não sei se ela vai acordar agora, a dose de sedativos foi alta.

— No colégio tem câmeras, porque eles se arriscaram tanto? – Eu falei e Regina deu de ombros durante o caminho.

— Acho que eles só queriam se vingar, nem que isso custasse muito. E eles pensaram que Kara estava sozinha, não viram que as meninas a esperavam.

— Meu pai… não acredito que ele deixou isso pra lá.

— Mas Emma não vai deixar. Isso que importa.

Entramos no quarto e a enfermeira estava apontando algo na prancheta. Ela assentiu quando nos viu e saiu. Gina pegou a mão de Kara e começou a chorar. Não precisou de mais nada para eu começar também.

Kara abriu os olhos rapidamente, com eles arregalados ela começou a levantar.

— A Imra… ajudem a Imra… – Ela disse e Gina a segurou pelos ombros.

— Calma, filha. Já passou, Imra está em casa. – Kara olhou para os lados e fez uma careta.

— Que dor dos infernos. – Ela gritou deitando novamente e se virou para parede. — Quero ficar sozinha...

— Não precisa mais ficar sozinha.

— Só me deixem sozinha, por favor.

Regina estava tão confusa quanto eu, mas Kara ficou lá virada pra parede, sem falar nada, só gemendo de dor quando respirava. Saímos do quarto e falamos que ela tinha acordado e o médico estranhou, pois a dose para aliviar a dor dela foi pesada.

Lonely Girl - Adaptação KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora