Capítulo 16 - Livre

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Kara Zor-El  |  Point of View




Após minha visita ao psicólogo, fui a lanchonete ver a mama e comer algo. O Night Fog era o ponto de encontro de todos da nossa escola, por isso, não importava a hora, veriamos alguém ali.

— Está bem? – Gina chamou minha atenção e eu assenti.

— Como estão as coisas no caso?

— Bom, iniciamos um processo contra ele, todos os pais dos alunos envolvidos.

— Você e quem?

— A escola, a mãe da Imra e da Nia.

— Acha que Lena está bem com isso mesmo?

— Lena está cansada do pai, filha. Ela precisa se impor mais para não surtar, vai ser bom ele perceber que nem tudo é na ponta da faca como ele quer, caso os meninos sejam condenados, o caso dele vai piorar muito.

— Não queria ela sofrendo.

— Ela é forte, Kara. É justa, não se preocupe com isso, só a apoie. – Assenti. — Quer mais frango?

— Sim.

Falei sorrindo e ela trocou minha cesta. Após isso, Andrea e Alex chegaram ali e me arrastaram para a mesa dela, onde eu fiquei exatas duas horas ouvindo besteiras aleatórias.




Lena Luthor  |  Point of View




Minha mãe me contava sobre um garoto que ela conheceu na escola, antes do meu pai, ele era um fofo com ela, mas ela se encantou pela personalidade do meu pai e acabou terminando com ele.

— Olá. – Meu pai chegou e o olhei, estava com o rosto vermelho.

— Aconteceu alguma coisa?

— Na verdade… vai. – Ele sentou na mesinha de centro e segurou nossas mãos, o clima era tenso, minha mãe transmitia o quanto estava apreensiva, mas eu não, sabia que ele tinha feito alguma merda e estava com medo. — Abriram processos contra minha conduta no caso da delinquente…

— MAIS QUE DROGA, EU JÁ CANSEI DE FALAR. KARA! O NOME DELA É KARA E ELA É MINHA NAMORADA. VOCÊ NÃO VAI MAIS FALAR MAL DELA NA MINHA FRENTE.

— Esse é o menor dos meus problemas, pois elas processaram os garotos… e se eles falarem... – Gelei e eu coração errou a batida e senti meu rosto esquentar.

— Falarem o quê, Lionel? – Minha mãe perguntou temerosa.

— Bom… eu dei um incentivo a eles, para darem um susto nela e ela revidar e se meter em encrenca, mas ela não revidou… – Pulei no meu pai, desferi tapas e socos como consegui, eu nem o enxergava, pois eu chorava. Estava com muita raiva, eu gritava enquanto o agredia. — Me perdoa, filha. Era só uma brincadeira.

— Brincadeira? Eu quase a perdi… ela quase se foi por sua causa… e se ela morresse? Tem a mínima noção do mal que causou? Você tem que ir embora, sumir da minha vida e nunca mais aparecer. Você é a pior pessoa que eu conheço, a garota não fez nada, só está tentando viver em paz. Eu… eu odeio você.

— Não fale isso, filha... foi tudo por você.

— Não coloque a culpa das suas decisões em mim.

— Ela está certa. – Minha mãe colocou as mãos sobre meus ombros. — Seus atos, suas responsabilidades. Isso está muito pesado para nós duas, Lionel. Faz tempo que quero te falar isso, mas agora foi a gota d'água que faltava. Vamos chamar o caminhão e levar tudo que é seu daqui, não posso viver com um homem com suas ideias e atitudes. Eu sempre aturei piadinhas e brincadeiras baixas, mas espancar uma garota para provar que você está certo? Nunca vou te perdoar. Procure um psicólogo e vá se tratar. Meus advogados vão te procurar.

Lonely Girl - Adaptação KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora