Capítulo 12 - Vingança

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Kara Zor-El  |  Point of View





Eu tentei sair da cama, mas Lena me segurou.

— O que está acontecendo aqui? – Ele gritou.

— Nada de errado. – Lena respondeu. A mãe dela apareceu e me sentei na cama.

— Que grito foi esse?

— Nada. Só que papai entrou sem bater.

— Essa marginal estava se esfregando na nossa garotinha. Isso é inadmissível. – Eu queria me defender e dizer que eu estava até controlando a situação, quem se esfregou foi a Lena, mas isso não melhoraria minha situação.

— Por favor, Lionel. De novo não, vamos deixar as meninas em paz e bate na porta antes de entrar. – Lionel sussurrou alguma coisa pra ela.

— Ela não tem mais seis anos, vai beijar na boca e temos que conviver com isso. – Foi o que ela disse e fechou a porta.

— Melhor eu ir embora.

— Fica mais um pouco...

— Não. Está tudo bem, a cueca compressora está me machucando e eu estou com sono.

— Me desculpa por ele.

— Está tudo bem, se eu fosse mãe também seria assim… eu acho. – Falei pegando meu celular da mesinha.

— Já disse para não usar mais. Achei que estivesse sem.

— Se eu estivesse sem, seu pai teria me matado quando visse o estado que tu me deixa. – Ela gargalhou. Me ajoelhei na cama e dei um selinho nela, depois saímos do quarto e falei para Lilian que iria embora. Ela insistiu para me deixar em casa.

— Desculpe, senhora Luthor. Eu não quis desrespeitar vocês, foram beijinhos, mas ele está certo, eu estava sobre ela, mas nada aconteceria.

— Não precisa se desculpar, Kara. Já tivemos a idade de vocês e eu fazia coisas bem piores na minha época. Lionel também por isso ele acha que todos são como nós. Essa idade é intensa, cheia de hormônios, é normal. E eu tenho que dar graças a Deus pela filha que tenho e sei que ela é extremamente consciente dos atos dela. Confio na educação que dei a ela e confio em você também. Lionel vai se acostumar.

— Obrigada, senhora Luthor. Eu vou ser honesta com a senhora…

— Eu já sei. Lena me contou e está tudo bem.

— Obrigada.

— Não me agradeça. Só não a magoe.

— Eu não vou.

Sorri para ela e depois ela me abraçou. Ficamos assim um tempo e sai do carro, acenei quando ela partiu.



Dias depois…



Estava assistindo TV na sala e Gina sentou ao meu lado. Aproveitei o momento para falar sobre minha ideia.

— Tava pensando. Já que aquela casa está no meu nome, a gente podia vender ela e guardar o dinheiro para uma emergência.

— Você pode precisar dela quando for mais velha. É bom ter imoveis.

— Eu queria um carro, se vendêssemos ela, poderíamos comprar e sobraria dinheiro, aí você não faria tantas horas extras.

— Isso tem que ser bem pensado.

— Faz dias que estou pensando nisso, acho que é o certo a se fazer. Aquela casa não me trás lembranças boas e eu moro aqui agora.

Lonely Girl - Adaptação KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora