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𓆩ʚ𝐍𝐚𝐫𝐫𝐚𝐝𝐨𝐫𝐚ɞ𓆪
-39 graus. -Remy exclamou ao ver o termômetro. -Vamos ter que abaixar essa sua febre.
-O seu amigo já veio ver o Sirius? -A garota perguntou, observando o mais velho pegar um pano umedecido e colocando em sua testa.
-Sim, ele já medicou o Sirius. -Remy exclamou dando um sorriso tranquilizador a sua filha.
Remy não conseguia entender como a filha conseguia permanecer de forma tão neutra, ontem havia sido o enterro de sua mãe e ela não derramou uma lágrima sequer desde ontem. Ele mesmo estava tentando ser firme, mas estava prestes a cair no choro novamente.
Ele observou o rosto de Morgana, a garota estava com os olhos fechados. Parecia estar dormindo. Remy tentou entender, ele era a pessoa mais inteligente que Tokyo já teve e mesmo assim ele não achou a resposta para a sua pergunta. Morgana tinha apenas sete anos e havia visto sua própria mãe morta,com a garganta cortada. Sua mente não voltaria a ser como antes e sua infância estava estragada, a garota só teria um pouco de paz quando conseguir a sua vingança.
Morgana não parecia traumatizada, bom, Reny notou que ela estava mais chorosa e carente. Fora isso, tudo parecia normal. Foi por esse motivo que ele decidiu deixar a filha ficar com Sirius. Por mais que ela estivesse com a cara de "eu estou bem", ele se preocupou com a mente de Morgana.
Ele ficou sim preocupado ao descobrir que ela havia saído de noite para tomar um ar, porém, ele também sabia que Morgana sempre fazia isso quando estava nervosa. Ele não iria impedir a garota de fazer aquilo, porém, Remy teria que começar a criar novas regras, afinal, ele não queria perder Morgana.
-Pai, aonde a mãe foi? Você acha que ela está em um lugar melhor? -Morgana perguntou, suas bochechas e nariz vermelhos. O pano em sua testa e seus olhos fechados.
-Naomi é temperamental, se ela estiver em algum lugar ruim. Vai infernizar todos até ir para um lugar bom e quando estiver no melhor lugar do universo, vai infernizar o pessoas de lá até eles expulsarem ela. -Remy respondeu, surpreso com aquela pergunta.
-Mamãe sempre amou jardins de margaridas, talvez ela esteja em um enorme jardim. -A garota respondeu, delirando por conta da febre.
-Sim, em um jardim cheio de margaridas.
-Se ela estivesse aqui, como reagiria ao me ver assim por conta de uma aventura durante a noite? -Ela voltou a perguntar, dessa vez abrindo os olhos.
-Gritaria com você, eu iria tentar passar pano pra você e nos dois iríamos ficar com a orelha vermelha e de castigos por duas semanas inteiras. -Remy respondeu, retirando o pano e molhando ele novamente, usando um pequeno balde que estava ao seu lado.
Ele torceu o pano e voltou a colocar na testa de Morgana. A garota permaneceu em silêncio por minutos, esperando a melhora.
-Papai...
-Sim?
-Você também vai morrer e me deixar sozinha? -A garota perguntou com a voz rouca, com os olhos cheios de lágrimas.
-Sim, Morgana. -Remy respondeu com sinceridade. -Tudo que nasce, um dia morre. A imortalidade é apenas uma ilusão triste e sem graça. Somos poeira das estranhas e um dia, voltaremos ao pó.
Morgana sentiu um nó se transformar em sua garganta, segurando o choro. Ela sabia que ele iria responder daquela forma.
-Mas isso só vai acontecer quando você estiver adulta e já tiver uma família formada. Não sou nem louco de deixar você pequena, e quem iria cuidar de você? Os loucos dos seus tios? -Remy respondeu por fim, mesmo querendo chorar, Morgana riu. Aquilo deixou Remy um pouquinho mais feliz. -Espero que você não se case com o Wakasa, ele é velho demais. E nem com o Manjiro, ele é infantil demais. E muito menos com o Keisuke, ele é burro demais. Seu marido tem que ser alguém fantástico, um rapaz bom e que aguente o temperamento seu.
-vou me casar com o Jones então. -Morgana respondeu.
-Não! Deus me livre, odeio o pai daquele garoto. -Remy quase gritou ao escutar aquilo, dessa vez a risada da garota saiu um pouco mais alta. -Prefiro do Manjiro, a família Sano é legal...bom, só a mãe e avô dele. O pai do seu amigo é um filho da pu...
-E se se eu quiser me casar com alguém diferente? -Morgana perguntou.
Remy fez uma careta, tentando entender como o rumo da conversa chegou naquele ponto. Para ele, tudo era brincadeira. Afinal, Remy não deixaria a sua princesinha de casar com qualquer um, teria que ser alguém muito inteligente, muito rico e muito gentil.
-Como por exemplo? -Ele perguntou confuso, todos os amiguinhos que ela possuía havia sido citado anteriormente.
-Tipo uma garota. Igual a Senju, menos a Emma. Ela não gosta de mim. -Morgana perguntou tossindo.
-Hun...bom, ela seria bem melhor do que o Sanzu. Na realidade, aquela garota seria uma opção bem melhor do que o velho, o analfabeto e o infantil. -Remy respondeu dando de ombros enquanto voltava a colocar o termômetro na filha. Ele fez uma breve análise e chegou a uma conclusão que Senju era a melhor opção para a filha.
Senju e Sanzu, dois amigos que ela não conversava a muito tempo. Desde um pequeno acidente que envolvia o Manjiro, Baji, Morgana, Senju, Sanzu e um aviãozinho de brinquedo.
-Eu quero ver o Sanzu, já faz tempo que ele sumiu. -Morgana murmurou. -Eu disse palavras cruéis, quero me desculpar.
-Palavras cruéis?
-Eu chamei ele de careca burro, também falei que um esquilo filhote seria mais inteligente que ele. -Morgana respondeu e Remy segurou uma risada. Ele retirou o termômetro.
-40 graus, porra. Vamos pro hospital. -Remy exclamou já sem saber o que fazer.