Bodyguard (MatchaBlossom)

"cerejinha..."

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-  Capítulo 05 (Bônus) -

E amanheceu mais uma vez. A luz da manhã adentrava o quarto do Yakuza através das frestas da cortina. Sakurayashiki ainda estava sonolento, em um conflito interno entre voltar a adormecer e tomar coragem de levantar. Queria permanecer na cama durante mais alguns minutos e aproveitar a preguiça o máximo possível, mas deixou a vontade de dormir de lado no momento em que sentiu uma mão quente e musculosa dedilhar sua cintura e tatear todo o seu abdômen, aproveitando para envolvê-lo em um abraço por trás. 

Cherry sorriu, na mesma medida em que sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Não demorou para que alguns beijos fossem depositados em suas costas, iniciando uma trilha sensual e aconchegante que tomava rumo à seu ombro, pescoço e, finalmente, seus lábios.

Sakurayashiki abriu os olhos pela primeira vez naquele dia e mirou o rosto de Kojiro, poucos centímetros acima do seu.

- Bom dia, cerejinha... - o esverdeado sussurrou. Kaoru sorriu com o apelido e se espreguiçou, dando um grunhido manhoso durante o processo. Ao final, tomou o rosto de seu amado em mãos e o olhou carinhosamente.

- Hm... Bom dia... - ele respondeu com voz de sono antes de ambos se aproximarem para um beijo simples, mas um pouco mais demorado do que o primeiro. Quando se separaram novamente, Kojiro observou o rosado com um sorriso travesso em seu rosto. - O que foi? - Sakurayashiki perguntou, já imaginando o que viria a seguir.

Aquela era a deixa que Nanjo estava esperando. Sem nenhum aviso prévio, agarrou o rosado e inverteu as posições, fazendo com que ambos rolassem pelo colchão. Deram apenas uma volta e meia, mas fora suficiente para que Cherry arregalasse os olhos e acordasse.

Quando o esverdeado ficou por cima novamente, prensou Sakurayashiki contra a cama e lhe deu dezenas de beijinhos e alguns cheiros também.

- Kojiro!! - Kaoru falou em meio as risadas. Nanjo sempre se derretia quando o rosado ria... Era bom quando era início de manhã e os dois podiam passar tempo juntos, fazer bobeira e dizer que se amavam um para o outro sem preocupações.

Já haviam se passado 12 meses desde o incidente na festa de negócios; e a relação dos dois ficava mais forte a cada dia.

Kojiro deixou o cabelo crescer, mas todo o resto permanecia quase igual, com exceção à tatuagem que agora o esverdeado tinha em sua barriga: ramos floridos de cerejeira. A arte lhe decorava o abdômen e escondia a lembrança de um evento trágico, ao mesmo tempo que representava alguém muito mais que especial...

Kaoru saiu da cama apenas para abrir as cortinas e deixar a luz da manhã entrar. Era óbvio que Kojiro se levantaria e iria atrás dele; era quase como se Sakurayashiki já esperasse por isso àquela altura. Cherry sorriu ao ser novamente abraçado por trás, recebendo alguns beijos carinhosos antes que Nanjo afundasse o rosto na curva de seu pescoço. O rosado se aconchegou no abraço e ergueu as mãos a fim de acariciar os cabelos alheios. Sorriu abobalhadamente, como fazia todas as vezes que Kojiro vinha com aqueles abraços.

- O que quer fazer hoje? - o rosado perguntou, mirando o horizonte através da janela. - Temos o dia livre...

- Hmm... - Kojiro começou a pensar em possibilidades. - Nós podemos ir à Hong-Kong, ver as flores de cerejeira que você tanto gosta... - ele sugeriu. - Ou podemos passar o dia na cozinha, e aí eu te preparo um café da manhã especial... - ele falou, deixando que suas mãos percorressem timidamente o peito nu de Sakurayashiki. - Ou podemos ficar aqui e fazer nosso próprio paraíso, só nós dois... - ele sussurrou próximo ao pé do ouvido alheio. Cherry estremeceu.

- Por Deus... Você sabe seduzir um homem...

- Não foi atoa que acabei com você. - o esverdeado se gabou.