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O nervosismo nunca foi um empecilho na vida de Ayana, mas hoje era um dia diferente. Havia acordado cedo, muito mais cedo do que o normal.
Gi e ela chegaram das viagens do exterior há dois dias e a adolescente contava tudo o que fez na companhia da madrinha para o pai de Gerson, pai de Ayana e a irmã de seu falecido marido, Geyse com a única filha, Anna, enquanto Ayana se arrumava para finalmente poder dar a notícia a eles.
Três pequenas caixas estava postas em cima de sua cama, todas da mesma cor vermelha, onde dentro estava escrito "você ganhou um novo membro na família!" junto com o sexo do bebê, o qual ela ainda não sabia e queria ser surpreendida também.
- Ok, vamos lá, Ayana, você já brigou no meio de uma libertadores com aqueles racistas de merda, contar a gravidez para eles não será difícil.
Falando consigo mesma, a mãe de primeira viagem colocou a roupa que ela e Gi compraram na viagem, assim como fez uma maquiagem simples para finalmente poder tirar o peso de esconder a gravidez.
Pegando as caixas, ela se dirigiu a sala, sendo saudada por sorrisos de todos e uma piscadela de seu pai. Nenhum deles olhou para sua barriga, escondida atrás das caixas que carregava.
- Pensei que nunca sairia de lá. - seu pai disse, o tom de sua voz agindo como um calmante natural sobre a filha.
- Perdão pelo atraso. - se desculpou, sorrindo de orelha a orelha. - Estava procurando essas quatro coisinhas aqui. - disse e com a ajuda da afilhada, conseguiu colocá-las sobre a mesa, empilhadas. - São para vocês quatro, um presente antes que saíamos do Brasil mais uma vez e, finalmente, a última.
Marcos, o pai de Gerson, gargalhou, pegando uma das caixas. Os outros dois adultos presentes na sala seguiram seu exemplo e Giovanna ficou de pé em sua frente. A adolescente ainda não tampava seu campo de visão, mas tinha tudo para ser alta.
- Podemos abrir? - Anna, ao lado de Geyse, perguntou.
- Claro.
O momento em que eles finalmente abriram foi um dia mais felizes de sua vida: seu pai a abraçou tão forte que ela achou que havia sido esmagada, Geyse desatou a chorar e a abraçou também, sussurrando em seu ouvido que Anna adoraria ter um garotinho para mimar.
O garotinho de Ayana e Gerson, irmão de Giovanna.
Marcos parecia estar paralisado, ainda segurando o pequeno cartão e a imagem do ultrassom nas mãos, mas após alguns segundos, ele lentamente ergueu os olhos para elas, rapidamente fixando-os sobre seu estômago. Fazia sentido, afinal, o ângulo de visão dele fornecia uma visão bem mais aparente de sua barriga.
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Os setes desejos - Gerson Santos
FanficAyana Saidi prometeu que faria seus desejos serem atendidos. parte três de fetiche.